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PHYSIO-SYNC – ESTIMULAÇÃO DO SISTEMA HIS-PURKINJE VERSUS ESTIMULAÇÃO BIVENTRICULAR NA RESSINCRONIZAÇÃO CARDÍACA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, lançou o projeto de pesquisa “Physio-Sync – Estimulação do Sistema His-Purkinje Versus Estimulação Biventricular na Ressincronização Cardíaca em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Congestiva” apoiado pela Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST). O projeto é liderado pelo Prof. Dr. Fernando Luiz Torres Gomes, do Departamento de Clínica Médica (DCM) do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e financiado pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento.

O programa tem como objetivo verificar se a estimulação His-Purkinje é não-inferior à biventricular em desfechos clínicos, avaliados por uma escala ordinal composta por mortalidade, internações por insuficiência cardíaca, uso de furosemida em emergência médica e mudança da fração de ejeção em 12 meses. Além disso, busca-se avaliar se a estimulação His-Purkinje é superior em desfechos de custo-efetividade, fornecendo informações essenciais para a tomada de decisão quanto à incorporação desta tecnologia como uma alternativa de tratamento para a insuficiência cardíaca congestiva.

Pacientes com Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) refratária à terapia medicamentosa apresentam elevado risco de morbi-mortalidade e remodelamento reverso do ventrículo esquerdo. Ensaios clínicos randomizados demonstraram o benefício da Terapia de Ressincronização Cardíaca (TRC) nesses pacientes, especialmente naqueles com fração de ejeção reduzida e QRS largo com padrão de bloqueio do ramo esquerdo (BRE). A TRC biventricular, apesar de eficaz, é um procedimento de alto custo para o Sistema Único de Saúde (SUS), e cerca de 30-40% dos pacientes não respondem adequadamente ao tratamento.

A insuficiência cardíaca é uma causa frequente de morbidade e mortalidade na população brasileira, presente em 1% dos indivíduos entre 55 e 64 anos e em até 17,4% naqueles com mais de 85 anos. Esta condição está associada a limitações físicas crônicas, hospitalizações e uma sobrevida de apenas 35% em cinco anos. Com o envelhecimento populacional e a evolução do tratamento medicamentoso, espera-se que os casos de insuficiência cardíaca aumentem nas próximas décadas.

O projeto Physio-Sync representa uma importante contribuição para a pesquisa e desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas que possam melhorar a qualidade de vida e reduzir os custos associados ao tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. A UFES e a FEST, por meio desta iniciativa, reafirmam seu compromisso com a inovação e o avanço da medicina, beneficiando diretamente a população brasileira.

Texto: Vanessa Pianca

Projeto 1054

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