FEST – Fundação Espírito-santense de Tecnologia

1327- FEST e UFES avançam em pesquisa sobre produção de metanol verde com uso de plasma

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) apoia um novo projeto inovador desenvolvido pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), intitulado “Rota de Produção de Metanol Verde usando a Reforma a Seco via Plasma”. O trabalho integra um Termo de Cooperação com a Petrobras, voltado à realização de testes experimentais que utilizam uma tocha de plasma para promover a reforma a seco do gás natural (GN) com dióxido de carbono (CO₂), processo que busca aumentar a eficiência energética e reduzir impactos ambientais. O principal objetivo é determinar o rendimento na conversão do GN e CO₂ em gás de síntese (H₂ e CO) (base para a produção de metanol verde), e em material carbonoso, quando desejável. A pesquisa pretende contribuir para o desenvolvimento de tecnologias limpas e sustentáveis, alinhadas aos compromissos globais de descarbonização e transição energética. O projeto é coordenado pelo professor Dr. Alfredo Gonçalves Cunha, do Departamento de Física do Centro de Ciências Exatas (CCE) da UFES, e está estruturado em três eixos principais: Desenvolver técnicas de monitoramento em tempo real do comportamento da erosão dos eletrodos da tocha de plasma; Determinar a vida útil dos eletrodos de cobre e zircônio, buscando aumentar o tempo de operação e reduzir custos; Otimizar as condições de operação do reator, com foco na obtenção de um gás de síntese de alta qualidade, rico em hidrogênio (H₂) e monóxido de carbono (CO), minimizando a formação de carbono sólido. Além disso, o projeto contempla a caracterização das amostras sólidas para definir as melhores proporções entre as vazões de GN e CO₂ e as condições operacionais que maximizem o valor agregado ao carbono obtido. Também serão testadas diferentes configurações de ânodo, visando explorar novas aplicações do reator a plasma, e será realizada uma análise de impacto do uso do plasma na rede elétrica, considerando a integração segura e eficiente dessa tecnologia. Para o coordenador do projeto, prof. Dr. Arnaldo Leal Júnior, a iniciativa representa um avanço estratégico para o desenvolvimento de soluções energéticas sustentáveis no país: “Nosso objetivo é contribuir para a criação de rotas tecnológicas que utilizem o gás natural e o CO₂ de forma mais inteligente e menos poluente. O uso do plasma como agente de conversão nos permite alcançar resultados com alta eficiência energética e menor impacto ambiental, aproximando a pesquisa da UFES das demandas reais da indústria e da transição para uma economia de baixo carbono.” Com essa iniciativa, a UFES e a FEST reforçam sua atuação conjunta em projetos estratégicos que unem ciência, inovação e sustentabilidade, contribuindo para o avanço da pesquisa em rotas alternativas de produção de combustíveis limpos e para o fortalecimento da transição energética no Brasil. Projeto: 1327 Texto: Vanessa Pianca

1275- FEST firma nova parceria com a Petrobras para modernizar infraestrutura laboratorial da UFES

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) acaba de firmar um novo termo de cooperação com a Petrobras para a execução do “Projeto de Infraestrutura Laboratorial dos Equipamentos de Caracterização e Reforma de Equipamentos do Laboratório de Plasma Térmico”, coordenado pelo Prof. Dr. Alfredo Gonçalves Cunha, do Departamento de Física do Centro de Ciências Exatas (CCE) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O projeto tem como objetivo melhorar a infraestrutura de caracterização das amostras produzidas nos testes com reforma a seco do metano (CH₄) com plasma de CO₂, por meio da aquisição de equipamentos de última geração, modernização de sistemas laboratoriais e recuperação de estruturas desgastadas pelo tempo. Entre as principais ações previstas estão: Aquisição de novos equipamentos de caracterização dos produtos obtidos nos testes; Recuperação da infraestrutura do Laboratório de Plasma Térmico, garantindo condições adequadas de operação; Preparação para o uso de uma nova fonte de plasma de 400 (±50) kW, ampliando a capacidade experimental do laboratório; Caracterização detalhada das amostras sólidas, com o objetivo de definir parâmetros operacionais que maximizem o valor agregado ao carbono sólido produzido; Instalação de um osciloscópio e de um espectrômetro ótico, permitindo o desenvolvimento de técnicas de monitoramento em tempo real do plasma e da erosão dos eletrodos da tocha. De acordo com o coordenador do projeto, Prof. Alfredo Gonçalves Cunha, essa iniciativa representa um avanço significativo para a pesquisa científica e tecnológica na UFES: “Com essa parceria, teremos condições de aprimorar os experimentos de reforma de metano e ampliar o potencial do laboratório para investigações com plasma de alta potência. Isso fortalece nossa capacidade de gerar conhecimento aplicado e soluções inovadoras em energia e sustentabilidade.” A FEST é responsável pela gestão técnico-administrativa e financeira do projeto, garantindo o suporte necessário para o bom andamento das atividades, desde a aquisição de equipamentos até a execução das etapas de pesquisa. A nova cooperação reforça o compromisso da Fundação com o desenvolvimento científico e tecnológico capixaba: O projeto terá vigência de setembro de 2025 a agosto de 2027, consolidando um importante marco na modernização da infraestrutura laboratorial da UFES e na ampliação das possibilidades de pesquisa com tecnologias de plasma térmico. Projeto: 1275 Texto: Vanessa Pianca

1277- Show de Química um projeto da UFES com apoio da FEST

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) uniram forças para apoiar um dos mais emblemáticos e inspiradores projetos de divulgação científica do país: o Show de Química. Coordenado pelo professor Dr. Honério Coutinho de Jesus, do Departamento de Química do Centro de Ciências Exatas da UFES, o projeto tem como objetivo tornar o ensino da química mais acessível, dinâmico e encantador, despertando o interesse pela ciência em estudantes e professores de todo o Brasil. Criado originalmente em 1992, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o Show de Química foi registrado como projeto de extensão da UFES em 1996 e, desde então, vem levando experiências visuais e interativas a escolas, feiras e eventos científicos. Com mais de 230 apresentações realizadas, o projeto é reconhecido por unir conhecimento, entretenimento e experimentação de forma lúdica e envolvente. Entre os destaques das atividades estão as demonstrações ao vivo, que mostram reações químicas coloridas, luminosas e até explosivas — tudo com segurança e rigor técnico —, além de oficinas de capacitação para professores e o desenvolvimento de kits experimentais com mais de 250 experiências possíveis. O projeto também conta com o Almanaque Show de Química, publicação que reúne experimentos, curiosidades e explicações acessíveis para todos os públicos. Para o professor Honério Coutinho de Jesus, o apoio da FEST representa uma nova fase de crescimento e consolidação do projeto: “A parceria com a FEST fortalece nossa missão de aproximar a universidade da sociedade”. O Show de Química nasceu para despertar o brilho nos olhos dos estudantes e mostrar que a ciência está presente em tudo ao nosso redor. Agora, com o apoio institucional da Fundação, poderemos ampliar o alcance das ações e inspirar ainda mais jovens pelo Espírito Santo e pelo Brasil”, destaca o coordenador. Com o suporte da FEST, o Show de Química ampliará suas ações de extensão e divulgação científica, levando o encantamento da química a novos públicos e contribuindo para a formação de professores e estudantes mais curiosos, críticos e apaixonados pela ciência. A iniciativa reforça o compromisso da UFES e da FEST com o desenvolvimento científico e tecnológico do Espírito Santo, ao investir em projetos que unem educação, inovação e cidadania. Projeto 1277 Texto: Vanessa Pianca

1210 Projeto RPDBCS_COM interação baseada em IA: explorando soluções para Incrustação Carbonática em Sistemas Pressurizados

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), em parceria com a Petrobras, apoia o desenvolvimento do projeto RPDBCS_Com Interação Baseada em IA, coordenado pelo Prof. Dr. Alexandre Loureiro Rodrigues, do Núcleo de Inferência e Algoritmos (NINFA) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O projeto busca avançar no entendimento dos processos de incrustação carbonática em ambientes pressurizados, considerando a presença de CO₂, óleo e variáveis operacionais relevantes para a indústria de petróleo e gás. Desenvolver metodologias inovadoras e realizar testes experimentais para compreender a incrustação carbonática em sistemas pressurizados, incluindo os efeitos de variáveis como temperatura, íons químicos (sulfato e magnésio), e campos magnéticos. Metas Específicas Adaptar reatores pressurizados para testes com emulsões óleo-água. Estudar a formação e estabilidade de emulsões em sistemas pressurizados. Investigar o polimorfismo e comportamento dos cristais de carbonato de cálcio (CaCO₃) na presença de óleo. Quantificar a taxa de incrustação em diferentes condições operacionais, como vazões e regimes de escoamento. Avaliar o impacto de campos magnéticos na mitigação da incrustação em superfícies metálicas. Embora a termodinâmica da precipitação de CaCO₃ seja bem compreendida em condições padrão, informações em cenários de alta pressão e temperatura, com a presença de CO₂ e óleo, são limitadas. Este projeto pretende preencher essa lacuna, com potencial para: Reduzir custos operacionais na extração de petróleo. Desenvolver estratégias eficazes para mitigação da incrustação em poços produtores. Gerar conhecimento aplicável a outros setores industriais. O projeto incorpora avanços obtidos em pesquisas anteriores realizadas pela UFES desde 2012, incluindo modelagem numérica e o uso de protótipos experimentais. As metodologias envolvem: Uso de emulsões óleo-água em sistemas pressurizados para análise de incrustação. Identificação de polimorfos de CaCO₃ (calcita, aragonita e vaterita) e suas interações com fases oleosas. Testes com ímãs permanentes para avaliar o impacto de campos magnéticos na formação de cristais. Resultados Esperados Compreensão científica: Mecanismos de interação entre CaCO₃ e óleo em sistemas complexos. Aplicações práticas: Soluções para mitigação da incrustação em poços petrolíferos. Inovação tecnológica: Desenvolvimento de novos dispositivos e métodos experimentais, como o uso de agitação de alta rotação para controle de emulsões. O acompanhamento será realizado por meio de relatórios técnicos emitidos pelo Laboratório de Métodos Experimentais em Fenômenos de Transporte (LAMEFT/UFES), além de reuniões trimestrais com representantes da Petrobras e da FEST. O RPDBCS_Com Interação Baseada em IA se destaca pela integração de inteligência artificial e ciência experimental para resolver problemas complexos de incrustação carbonática. Os avanços esperados prometem beneficiar não apenas a indústria de petróleo, mas também setores que enfrentam desafios semelhantes em processos de transporte e armazenamento de fluidos. A FEST reafirma seu compromisso com o desenvolvimento científico e tecnológico ao apoiar iniciativas de impacto nacional e internacional como este projeto pioneiro.  

1351 – FEST apoia projeto de recuperação e atualização de equipamentos em laboratórios multiusuários da UFES

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) em parceria entre a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), lançam o novo projeto que tem como foco a recuperação e atualização de equipamentos de análises e simulação computacional, instalados em laboratórios multiusuários da universidade e utilizados por toda a comunidade científica regional e nacional. O objetivo central da iniciativa é ampliar a capacidade de pesquisa e inovação da UFES, impactando diretamente tanto as ações estratégicas institucionais quanto os projetos desenvolvidos em parceria com o estado do Espírito Santo, sempre alinhados às diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Desenvolvimento Sustentável. Segundo o coordenador do projeto, professor Valdemar Lacerda Junior, da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG/UFES), a atualização tecnológica representa um passo essencial para fortalecer a infraestrutura de ciência e tecnologia: “Investir na recuperação e modernização desses equipamentos é garantir que nossos pesquisadores tenham acesso a ferramentas de ponta, capazes de potencializar descobertas e gerar soluções inovadoras que atendam às demandas da sociedade”, destaca. O projeto conta ainda com a atuação dos subcoordenadores Prof. Dr. Marcos Ribeiro, Profa. Dra. Ana Paula, Profa. Dra. Laura Pinotti, Prof. Dr. Paulo Porto, Prof. Dr. Guilherme Miguel e Prof. Dr. Daniel Ribeiro (coordenador pela Universidade), que juntos irão acompanhar a execução e assegurar que os laboratórios estejam preparados para atender às demandas emergentes de diferentes áreas do conhecimento. Com essa iniciativa, a FEST reafirma seu compromisso em apoiar a produção científica de excelência e o desenvolvimento sustentável, fortalecendo a integração entre a universidade, a comunidade científica e a sociedade.

1211 – Projeto Seascape Wind realiza primeira campanha de campo para estudo pioneiro sobre energia eólica offshore no Brasil

O projeto “Estudo da Paisagem Marinha em Parques Eólicos Offshore (Seascape Wind) – Fase I” avança com a conclusão de sua primeira campanha de campo, realizada entre os dias 5 de março e 2 de abril de 2025. Esse projeto que é pioneiro no Brasil,  é coordenada pelo Prof. Dr. Alex Cardoso Bastos do Laboratório de Geociências Marinhas (LaboGeo) do Centro de Ciência Humanas e Naturais (CCHN) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com laboratórios da Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de Brasília (UnB) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Financiado pela Petrobras no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da ANEEL, o Seascape Wind é um projeto inédito no Brasil, voltado à aplicação de novas metodologias e técnicas de análise ambiental e de risco geológico para o planejamento e implantação de Parques Eólicos Offshore (PEOs).  Objetivo e relevância O principal objetivo do projeto é desenvolver metodologias inovadoras para avaliar, de forma integrada, as características físicas, ecológicas e ambientais da paisagem marinha. Esses estudos visam subsidiar o planejamento de empreendimentos de energia eólica offshore no Brasil, uma alternativa de baixa emissão de gases de efeito estufa alinhada à transição energética global. Com o aumento da demanda por licenciamento ambiental de empreendimentos ao longo da costa brasileira, torna-se fundamental realizar análises criteriosas de riscos ambientais, sociais e geotécnicos, garantindo que a instalação e a operação desses parques ocorram de forma segura e sustentável.  Área de estudo A área investigada está localizada na porção norte da Bacia de Campos, entre o Cabo de São Tomé (RJ) e o município de Guarapari (ES), abrangendo parte da plataforma continental brasileira. A primeira campanha de campo foi dividida em duas etapas: Aquisição de dados acústicos do fundo e subfundo marinho, com uso de tecnologias como batimetria multifeixe, backscatter multiespectral e water column, perfilador de subfundo Chirp Meridata, sonar de varredura lateral e sísmica multicanal. Coleta de sedimentos e imagens subaquáticas, utilizando amostrador Van Veen e drop câmeras, para análises sedimentológicas, geoquímicas e da comunidade bentônica.  Próximas etapas O conjunto de dados coletados será agora processado e analisado pelas equipes envolvidas. Os resultados obtidos irão subsidiar a engenharia básica dos empreendimentos, além de contribuir para a prevenção, monitoramento, controle e mitigação de impactos ambientais associados à energia eólica offshore. Segundo os pesquisadores, o Seascape Wind representa um passo fundamental para consolidar a pesquisa aplicada à transição energética no Brasil, fortalecendo a adoção de fontes renováveis de forma ambientalmente responsável.   Texto: Vanessa Pianca Projeto 1211

563 – Projeto AMBES: caracterização ambiental das bacias do Espírito Santo e Campos

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), está conduzindo o projeto AMBES: Caracterização Ambiental da Bacia do Espírito Santo e Porção Norte da Bacia de Campos (Sistema Pelágico e Físico-Química da Água e Sedimentos). Coordenado pelo Prof. Dr. Luiz Fernando Loureiro Fernandes, do Departamento de Oceanografia e Ecologia do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN/UFES), o projeto visa a caracterização biológica e físico-química dessas importantes regiões oceânicas. O projeto AMBES possui uma ampla gama de objetivos, tanto gerais quanto específicos, que se concentram na análise detalhada das massas d’água, sedimentos e comunidades biológicas presentes nas bacias estudadas. Realizar a caracterização biológica das diferentes massas d’água sobre a plataforma e talude continental, além da caracterização físico-química da água do mar e dos sedimentos na Bacia do Espírito Santo e na porção norte da Bacia de Campos. Esses dados fornecerão subsídios para entender a dinâmica regional e a ecologia dos ecossistemas presentes. Caracterizar biologicamente cada massa d’água na região. Analisar físico-quimicamente a água do mar e sedimentos da área de estudo. Avaliar se as massas d’água sobre a plataforma continental apresentam assinaturas biológicas distintas daquelas do talude. Caracterizar as comunidades planctônicas em escala regional. Depositar os organismos triados e identificados em coleções cadastradas no CRIA. Levantar dados de biomassa nas regiões estudadas. Contribuir para a análise das interações entre variáveis físicas, químicas e biológicas. Avaliar variações latitudinais tanto no ambiente nerítico quanto no oceânico, e verificar se essas variações superam as temporais. Elaborar uma lista de parâmetros para subsidiar o Monitoramento Regional das Bacias. Integrar dados de clorofila a fitoplâncton, produtividade primária, temperatura, entre outros, aos dados de sensoriamento remoto. O ambiente pelágico dessas bacias abriga uma grande diversidade biológica, desde bactérias até grandes mamíferos, como baleias. No entanto, a estrutura dessas comunidades e sua interação com o ambiente físico ainda é pouco conhecida, principalmente em regiões oceânicas. As Bacias do Espírito Santo e Campos são de extrema relevância biológica, econômica e social. Elas servem como berçário para uma grande variedade de espécies marinhas, além de serem locais importantes para a nidificação de aves, rotas de baleias e migração de tartarugas. Essas áreas também compreendem locais sensíveis, como os recifes do Banco de Abrolhos, estuários, e os bancos submarinos da Cadeia Vitória-Trindade. Dado o contexto da exploração de petróleo e gás nessas regiões, o projeto busca fornecer informações essenciais para a gestão sustentável dos ecossistemas costeiros e oceânicos, garantindo que as atividades de exploração sejam realizadas com base em dados científicos sólidos. Os resultados esperados do projeto incluem: Disponibilização de dados anteriores da região em formato georreferenciado (SIG). Desenvolvimento de protocolos metodológicos para as análises. Publicação de artigos científicos e um livro consolidando as informações geradas. Integração dos dados no Banco de Dados Costeiros e Oceânicos da Petrobras (BDCO). Publicações científicas sobre o estado da arte do sistema pelágico e da físico-química da água e sedimentos. Contribuição para a elaboração de um modelo ecossistêmico que auxiliará na gestão ambiental das atividades de exploração de petróleo e gás. A compreensão detalhada dos diferentes ambientes da plataforma e talude das bacias estudadas permitirá a diferenciação das massas d’água e suas interações com o ecossistema. Este conhecimento é crucial para a criação de modelos ecossistêmicos que contribuirão para uma gestão ambiental mais eficiente e sustentável das atividades de exploração e produção (E&P) na região. Além disso, o projeto proporcionará um recurso valioso para a indústria de petróleo e gás, assegurando que as operações sejam realizadas de forma a minimizar impactos ambientais e a preservar a biodiversidade dessas áreas de grande importância ecológica.   Texto Vanessa Pianca Projeto 563

490 – UFES E FEST realizam diagnóstico socioeconômico das comunidades pesqueiras nas bacias do Espírito Santo e Campos

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), deu início a um projeto de grande relevância para as comunidades pesqueiras da região: o “Diagnóstico Socioeconômico das Comunidades Pesqueiras da Bacia do Espírito Santo e porção norte da Bacia de Campos”. Sob a coordenação do Prof. Dr. Luiz Fernando Loureiro Fernandes, do Departamento de Oceanografia e Ecologia do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN/UFES), o projeto busca aprofundar o entendimento sobre a realidade dos pescadores e suas atividades econômicas, visando uma integração mais eficaz das atividades pesqueiras com o setor de exploração de óleo e gás. O principal objetivo deste diagnóstico é mapear e compreender a situação socioeconômica das comunidades pesqueiras na área de influência das atividades de perfuração marítima da Petrobras. Com o crescimento das operações de exploração e produção de óleo e gás, tem-se observado impactos significativos na atividade pesqueira, tanto no aspecto ambiental quanto socioeconômico. O estudo pretende fornecer uma visão integrada e abrangente, permitindo que tanto as comunidades locais quanto a indústria ajustem suas estratégias de desenvolvimento de forma sustentável. A crescente presença da Petrobras na exploração de petróleo e gás nas bacias do Espírito Santo e Campos trouxe consigo uma série de impactos sobre as comunidades pesqueiras tradicionais. Estudos de impacto ambiental realizados anteriormente já apontavam para a perda de áreas de pesca, danos a equipamentos de pesca, e até mesmo acidentes náuticos como consequências diretas das atividades petrolíferas. Além disso, transformações sociais e econômicas foram observadas, afetando profundamente o modo de vida das comunidades pesqueiras. No entanto, ainda há uma lacuna significativa no entendimento do grau exato desses impactos. Para atender às exigências de licenciamento ambiental, o IBAMA solicita a elaboração de um Plano de Compensação da Atividade Pesqueira (PCAP), que busca compensar os danos sem, no entanto, determinar um valor financeiro específico, devido à falta de dados quantitativos. Este diagnóstico visa preencher essa lacuna, oferecendo um estudo qualitativo e quantitativo detalhado que poderá, pela primeira vez, fornecer dados precisos sobre os impactos das atividades petrolíferas nas comunidades pesqueiras. O projeto espera alcançar diversos resultados importantes, entre os quais: Disponibilização de dados históricos sobre a região; Criação de protocolos metodológicos para análise e compartilhamento de informações entre as equipes de pesquisa; Organização de um banco de dados especificado pela Petrobras contendo os resultados das análises; Definição de indicadores que permitam acompanhar as mudanças no setor pesqueiro; Publicação de uma obra científica consolidando as informações obtidas sobre as comunidades pesqueiras.  Benefícios do Projeto e Aplicação na Indústria O diagnóstico oferecerá à Petrobras e outras partes interessadas subsídios valiosos para avaliar o impacto real de suas atividades nas comunidades pesqueiras. Com essas informações, será possível desenvolver programas e ações que auxiliem as comunidades locais a compreender e se adaptar às mudanças econômicas e sociais em curso, garantindo uma coexistência mais harmoniosa e sustentável entre as atividades pesqueiras e a exploração de petróleo e gás. Este projeto representa um passo significativo na busca por um desenvolvimento que respeite e valorize as tradições e modos de vida das comunidades pesqueiras, ao mesmo tempo em que promove o crescimento econômico da região. A UFES e a FEST, através desta iniciativa, contribuindo de forma sustentável para o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo. Texto Vanessa Pianca Projeto 490

928 – Projeto DAI-NEXA: Avanço Tecnológico em Eletrodos para a Indústria com Apoio da FEST e UFES

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), está desenvolvendo o projeto DAI-NEXA, coordenado pelo Prof. Dr. Josimar Ribeiro do Departamento de Química do Centro de Ciências Exatas da UFES. Este projeto ambicioso busca preparar e investigar eletrodos do tipo M/RuO2-SnO2-TiO2-Ta2O5 (M = Ti, Al ou Cu) para aplicação na indústria NEXA. O projeto tem como principal objetivo a preparação e investigação de eletrodos altamente eficientes e duráveis, especificamente desenvolvidos para otimizar processos industriais. Esses eletrodos são essenciais para diversas aplicações na indústria eletroquímica, incluindo a produção de cloro-álcali e gases especiais. Os Ânodos Dimensionalmente Estáveis (ADE®) têm sido um componente crucial para a reação de desprendimento de oxigênio (RDO) há várias décadas. Introduzidos no mercado na metade do século XX, esses eletrodos possuem uma morfologia definida e uma microestrutura porosa, sendo continuamente estudados e aprimorados desde os anos 1960. Na década de 1980, pesquisas conduzidas pelo grupo do professor Comninellis identificaram materiais catalíticos eficientes, como dióxido de titânio (TiO2), dióxido de estanho (SnO2), pentóxido de tântalo (Ta2O5), entre outros, que são adicionados para reduzir custos e estabilizar a estrutura dos eletrodos, além de modular sua atividade catalítica. No Brasil, a empresa De Nora Do Brasil Ltda. comercializa eletrodos com composições tradicionais utilizadas na indústria cloro-álcali e na produção de gases especiais, como 70-TiO2/30-RuO2 e 45-IrO2/55-Ta2O5. Estudos conduzidos por Ribeiro e De Andrade (2004) demonstraram a alta eficiência eletrocatalítica do RuO2 na RDO, especialmente devido à sua excelente condutividade metálica e aos estabilizadores TiO2 e Ta2O5. O TiO2, além de ser mais econômico, contribui para a viabilidade comercial dos eletrodos, enquanto o Ta2O5 proporciona maior atividade eletroquímica, robustez e estabilidade. O Brasil, como principal produtor de tântalo no mundo, com 29,1% da produção global e reservas significativas, tem uma oportunidade única de transformar essa matéria-prima em um produto tecnológico de alto valor agregado. Isso permitiria ao país não apenas consumir, mas também exportar tecnologia avançada, aumentando sua competitividade no mercado global. O projeto DAI-NEXA, liderado pelo Prof. Dr. Josimar Ribeiro, representa um avanço significativo na pesquisa e desenvolvimento de eletrodos para a indústria. Com o apoio da FEST, a UFES está na vanguarda da inovação tecnológica, contribuindo para o fortalecimento da indústria nacional e a criação de soluções mais eficientes e sustentáveis. Acompanhe mais sobre este e outros projetos inovadores no site da FEST. Projeto 928 texto Vanessa Pianca

881- A terceira Edição do Inverno Astrofísico

A terceira edição do Inverno Astrofísico, uma escola-camping científica, aconteceu entre os dias 22 e 31 de julho de 2021 na Fazenda do Centro, em Castelo, Espírito Santo. Sob a coordenação do Prof. Dr. Alan Miguel Velasquez Toribio, do Departamento de Física do Centro de Ciências Exatas da UFES e com o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), o evento manteve a estrutura das edições anteriores, mas destacou-se pela maior participação de pesquisadores de fora do estado do Espírito Santo. A programação contou com quatro minicursos introdutórios e seis minicursos específicos, além de duas palestras especiais ministradas por convidados de diversas instituições do Brasil e do exterior. Além dos minicursos e palestras, o evento também incluiu palestras de divulgação científica e sessões de observação do céu noturno com telescópios, abertas às escolas e à comunidade da região. Essas atividades visavam despertar o interesse pela ciência entre crianças e adolescentes, além de promover a cultura científica entre a população local. O Inverno Astrofísico tem como principal objetivo formar e inspirar alunos de graduação e pós-graduação em física e áreas afins, apresentando um panorama atual das áreas de gravitação, cosmologia e astrofísica. O evento promove um ambiente propício para discussões acadêmicas em um contexto descontraído, facilitando a interação entre palestrantes e alunos. A acomodação dos participantes em um camping na área rural do Espírito Santo não apenas proporciona uma experiência científica inovadora, mas também reduz os custos de participação, tornando o evento acessível a um maior número de estudantes. Este formato único na América Latina contribui significativamente para a formação acadêmica dos participantes, oferecendo uma combinação de cursos teóricos e atividades práticas. A realização do Inverno Astrofísico traz diversos benefícios para o estado do Espírito Santo: Atração de Estudantes: Atrai estudantes de ensino superior interessados em física e astronomia, potencialmente futuros alunos de pós-graduação na UFES. Visibilidade das Instituições Capixabas: Difunde as instituições acadêmicas e científicas do estado, especialmente a UFES, na comunidade científica nacional e internacional. Atualização Científica: Mantém estudantes e pesquisadores atualizados sobre os desenvolvimentos mais relevantes em física e astronomia. Colaborações Científicas: Promove colaborações entre pesquisadores do Espírito Santo e de outras instituições. Contato Direto: Facilita o contato direto entre estudantes e cientistas, estendido também aos estudantes de ensino fundamental e médio e à comunidade local. Promoção do Estado: Contribui para promover o patrimônio artístico, cultural e natural do Espírito Santo a um público amplo.  Histórico de Edições Anteriores Inverno Astrofísico 2018: Realizado de 22 a 29 de julho de 2018, na Fazenda do Centro, com a participação de cerca de 60 estudantes e 11 pesquisadores. Inverno Astrofísico 2019: Realizado de 1 a 8 de agosto de 2019, também na Fazenda do Centro, com a participação de cerca de 70 estudantes e 13 pesquisadores. Inverno Astrofísico 2020: A edição de 2020 foi cancelada devido à pandemia de Covid-19. O Inverno Astrofísico é um evento singular que combina formação acadêmica de alto nível com uma experiência prática e acessível. A FEST e a UFES sabem que o evento contribui para a ciência e a educação no Espírito Santo é inestimável, e sua continuidade promete fortalecer ainda mais a integração entre ciência, educação e comunidade local. Texto: Vanessa Pianca Projeto 881