A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), em parceria com a Petrobras, apoia o desenvolvimento do projeto RPDBCS_Com Interação Baseada em IA, coordenado pelo Prof. Dr. Alexandre Loureiro Rodrigues, do Núcleo de Inferência e Algoritmos (NINFA) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O projeto busca avançar no entendimento dos processos de incrustação carbonática em ambientes pressurizados, considerando a presença de CO₂, óleo e variáveis operacionais relevantes para a indústria de petróleo e gás. Desenvolver metodologias inovadoras e realizar testes experimentais para compreender a incrustação carbonática em sistemas pressurizados, incluindo os efeitos de variáveis como temperatura, íons químicos (sulfato e magnésio), e campos magnéticos. Metas Específicas Adaptar reatores pressurizados para testes com emulsões óleo-água. Estudar a formação e estabilidade de emulsões em sistemas pressurizados. Investigar o polimorfismo e comportamento dos cristais de carbonato de cálcio (CaCO₃) na presença de óleo. Quantificar a taxa de incrustação em diferentes condições operacionais, como vazões e regimes de escoamento. Avaliar o impacto de campos magnéticos na mitigação da incrustação em superfícies metálicas. Embora a termodinâmica da precipitação de CaCO₃ seja bem compreendida em condições padrão, informações em cenários de alta pressão e temperatura, com a presença de CO₂ e óleo, são limitadas. Este projeto pretende preencher essa lacuna, com potencial para: Reduzir custos operacionais na extração de petróleo. Desenvolver estratégias eficazes para mitigação da incrustação em poços produtores. Gerar conhecimento aplicável a outros setores industriais. O projeto incorpora avanços obtidos em pesquisas anteriores realizadas pela UFES desde 2012, incluindo modelagem numérica e o uso de protótipos experimentais. As metodologias envolvem: Uso de emulsões óleo-água em sistemas pressurizados para análise de incrustação. Identificação de polimorfos de CaCO₃ (calcita, aragonita e vaterita) e suas interações com fases oleosas. Testes com ímãs permanentes para avaliar o impacto de campos magnéticos na formação de cristais. Resultados Esperados Compreensão científica: Mecanismos de interação entre CaCO₃ e óleo em sistemas complexos. Aplicações práticas: Soluções para mitigação da incrustação em poços petrolíferos. Inovação tecnológica: Desenvolvimento de novos dispositivos e métodos experimentais, como o uso de agitação de alta rotação para controle de emulsões. O acompanhamento será realizado por meio de relatórios técnicos emitidos pelo Laboratório de Métodos Experimentais em Fenômenos de Transporte (LAMEFT/UFES), além de reuniões trimestrais com representantes da Petrobras e da FEST. O RPDBCS_Com Interação Baseada em IA se destaca pela integração de inteligência artificial e ciência experimental para resolver problemas complexos de incrustação carbonática. Os avanços esperados prometem beneficiar não apenas a indústria de petróleo, mas também setores que enfrentam desafios semelhantes em processos de transporte e armazenamento de fluidos. A FEST reafirma seu compromisso com o desenvolvimento científico e tecnológico ao apoiar iniciativas de impacto nacional e internacional como este projeto pioneiro.
A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) em parceria entre a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), lançam o novo projeto que tem como foco a recuperação e atualização de equipamentos de análises e simulação computacional, instalados em laboratórios multiusuários da universidade e utilizados por toda a comunidade científica regional e nacional. O objetivo central da iniciativa é ampliar a capacidade de pesquisa e inovação da UFES, impactando diretamente tanto as ações estratégicas institucionais quanto os projetos desenvolvidos em parceria com o estado do Espírito Santo, sempre alinhados às diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Desenvolvimento Sustentável. Segundo o coordenador do projeto, professor Valdemar Lacerda Junior, da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG/UFES), a atualização tecnológica representa um passo essencial para fortalecer a infraestrutura de ciência e tecnologia: “Investir na recuperação e modernização desses equipamentos é garantir que nossos pesquisadores tenham acesso a ferramentas de ponta, capazes de potencializar descobertas e gerar soluções inovadoras que atendam às demandas da sociedade”, destaca. O projeto conta ainda com a atuação dos subcoordenadores Prof. Dr. Marcos Ribeiro, Profa. Dra. Ana Paula, Profa. Dra. Laura Pinotti, Prof. Dr. Paulo Porto, Prof. Dr. Guilherme Miguel e Prof. Dr. Daniel Ribeiro (coordenador pela Universidade), que juntos irão acompanhar a execução e assegurar que os laboratórios estejam preparados para atender às demandas emergentes de diferentes áreas do conhecimento. Com essa iniciativa, a FEST reafirma seu compromisso em apoiar a produção científica de excelência e o desenvolvimento sustentável, fortalecendo a integração entre a universidade, a comunidade científica e a sociedade.
A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), está conduzindo o projeto AMBES: Caracterização Ambiental da Bacia do Espírito Santo e Porção Norte da Bacia de Campos (Sistema Pelágico e Físico-Química da Água e Sedimentos). Coordenado pelo Prof. Dr. Luiz Fernando Loureiro Fernandes, do Departamento de Oceanografia e Ecologia do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN/UFES), o projeto visa a caracterização biológica e físico-química dessas importantes regiões oceânicas. O projeto AMBES possui uma ampla gama de objetivos, tanto gerais quanto específicos, que se concentram na análise detalhada das massas d’água, sedimentos e comunidades biológicas presentes nas bacias estudadas. Realizar a caracterização biológica das diferentes massas d’água sobre a plataforma e talude continental, além da caracterização físico-química da água do mar e dos sedimentos na Bacia do Espírito Santo e na porção norte da Bacia de Campos. Esses dados fornecerão subsídios para entender a dinâmica regional e a ecologia dos ecossistemas presentes. Caracterizar biologicamente cada massa d’água na região. Analisar físico-quimicamente a água do mar e sedimentos da área de estudo. Avaliar se as massas d’água sobre a plataforma continental apresentam assinaturas biológicas distintas daquelas do talude. Caracterizar as comunidades planctônicas em escala regional. Depositar os organismos triados e identificados em coleções cadastradas no CRIA. Levantar dados de biomassa nas regiões estudadas. Contribuir para a análise das interações entre variáveis físicas, químicas e biológicas. Avaliar variações latitudinais tanto no ambiente nerítico quanto no oceânico, e verificar se essas variações superam as temporais. Elaborar uma lista de parâmetros para subsidiar o Monitoramento Regional das Bacias. Integrar dados de clorofila a fitoplâncton, produtividade primária, temperatura, entre outros, aos dados de sensoriamento remoto. O ambiente pelágico dessas bacias abriga uma grande diversidade biológica, desde bactérias até grandes mamíferos, como baleias. No entanto, a estrutura dessas comunidades e sua interação com o ambiente físico ainda é pouco conhecida, principalmente em regiões oceânicas. As Bacias do Espírito Santo e Campos são de extrema relevância biológica, econômica e social. Elas servem como berçário para uma grande variedade de espécies marinhas, além de serem locais importantes para a nidificação de aves, rotas de baleias e migração de tartarugas. Essas áreas também compreendem locais sensíveis, como os recifes do Banco de Abrolhos, estuários, e os bancos submarinos da Cadeia Vitória-Trindade. Dado o contexto da exploração de petróleo e gás nessas regiões, o projeto busca fornecer informações essenciais para a gestão sustentável dos ecossistemas costeiros e oceânicos, garantindo que as atividades de exploração sejam realizadas com base em dados científicos sólidos. Os resultados esperados do projeto incluem: Disponibilização de dados anteriores da região em formato georreferenciado (SIG). Desenvolvimento de protocolos metodológicos para as análises. Publicação de artigos científicos e um livro consolidando as informações geradas. Integração dos dados no Banco de Dados Costeiros e Oceânicos da Petrobras (BDCO). Publicações científicas sobre o estado da arte do sistema pelágico e da físico-química da água e sedimentos. Contribuição para a elaboração de um modelo ecossistêmico que auxiliará na gestão ambiental das atividades de exploração de petróleo e gás. A compreensão detalhada dos diferentes ambientes da plataforma e talude das bacias estudadas permitirá a diferenciação das massas d’água e suas interações com o ecossistema. Este conhecimento é crucial para a criação de modelos ecossistêmicos que contribuirão para uma gestão ambiental mais eficiente e sustentável das atividades de exploração e produção (E&P) na região. Além disso, o projeto proporcionará um recurso valioso para a indústria de petróleo e gás, assegurando que as operações sejam realizadas de forma a minimizar impactos ambientais e a preservar a biodiversidade dessas áreas de grande importância ecológica. Texto Vanessa Pianca Projeto 563
A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), deu início a um projeto de grande relevância para as comunidades pesqueiras da região: o “Diagnóstico Socioeconômico das Comunidades Pesqueiras da Bacia do Espírito Santo e porção norte da Bacia de Campos”. Sob a coordenação do Prof. Dr. Luiz Fernando Loureiro Fernandes, do Departamento de Oceanografia e Ecologia do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN/UFES), o projeto busca aprofundar o entendimento sobre a realidade dos pescadores e suas atividades econômicas, visando uma integração mais eficaz das atividades pesqueiras com o setor de exploração de óleo e gás. O principal objetivo deste diagnóstico é mapear e compreender a situação socioeconômica das comunidades pesqueiras na área de influência das atividades de perfuração marítima da Petrobras. Com o crescimento das operações de exploração e produção de óleo e gás, tem-se observado impactos significativos na atividade pesqueira, tanto no aspecto ambiental quanto socioeconômico. O estudo pretende fornecer uma visão integrada e abrangente, permitindo que tanto as comunidades locais quanto a indústria ajustem suas estratégias de desenvolvimento de forma sustentável. A crescente presença da Petrobras na exploração de petróleo e gás nas bacias do Espírito Santo e Campos trouxe consigo uma série de impactos sobre as comunidades pesqueiras tradicionais. Estudos de impacto ambiental realizados anteriormente já apontavam para a perda de áreas de pesca, danos a equipamentos de pesca, e até mesmo acidentes náuticos como consequências diretas das atividades petrolíferas. Além disso, transformações sociais e econômicas foram observadas, afetando profundamente o modo de vida das comunidades pesqueiras. No entanto, ainda há uma lacuna significativa no entendimento do grau exato desses impactos. Para atender às exigências de licenciamento ambiental, o IBAMA solicita a elaboração de um Plano de Compensação da Atividade Pesqueira (PCAP), que busca compensar os danos sem, no entanto, determinar um valor financeiro específico, devido à falta de dados quantitativos. Este diagnóstico visa preencher essa lacuna, oferecendo um estudo qualitativo e quantitativo detalhado que poderá, pela primeira vez, fornecer dados precisos sobre os impactos das atividades petrolíferas nas comunidades pesqueiras. O projeto espera alcançar diversos resultados importantes, entre os quais: Disponibilização de dados históricos sobre a região; Criação de protocolos metodológicos para análise e compartilhamento de informações entre as equipes de pesquisa; Organização de um banco de dados especificado pela Petrobras contendo os resultados das análises; Definição de indicadores que permitam acompanhar as mudanças no setor pesqueiro; Publicação de uma obra científica consolidando as informações obtidas sobre as comunidades pesqueiras. Benefícios do Projeto e Aplicação na Indústria O diagnóstico oferecerá à Petrobras e outras partes interessadas subsídios valiosos para avaliar o impacto real de suas atividades nas comunidades pesqueiras. Com essas informações, será possível desenvolver programas e ações que auxiliem as comunidades locais a compreender e se adaptar às mudanças econômicas e sociais em curso, garantindo uma coexistência mais harmoniosa e sustentável entre as atividades pesqueiras e a exploração de petróleo e gás. Este projeto representa um passo significativo na busca por um desenvolvimento que respeite e valorize as tradições e modos de vida das comunidades pesqueiras, ao mesmo tempo em que promove o crescimento econômico da região. A UFES e a FEST, através desta iniciativa, contribuindo de forma sustentável para o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo. Texto Vanessa Pianca Projeto 490
A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), está desenvolvendo o projeto DAI-NEXA, coordenado pelo Prof. Dr. Josimar Ribeiro do Departamento de Química do Centro de Ciências Exatas da UFES. Este projeto ambicioso busca preparar e investigar eletrodos do tipo M/RuO2-SnO2-TiO2-Ta2O5 (M = Ti, Al ou Cu) para aplicação na indústria NEXA. O projeto tem como principal objetivo a preparação e investigação de eletrodos altamente eficientes e duráveis, especificamente desenvolvidos para otimizar processos industriais. Esses eletrodos são essenciais para diversas aplicações na indústria eletroquímica, incluindo a produção de cloro-álcali e gases especiais. Os Ânodos Dimensionalmente Estáveis (ADE®) têm sido um componente crucial para a reação de desprendimento de oxigênio (RDO) há várias décadas. Introduzidos no mercado na metade do século XX, esses eletrodos possuem uma morfologia definida e uma microestrutura porosa, sendo continuamente estudados e aprimorados desde os anos 1960. Na década de 1980, pesquisas conduzidas pelo grupo do professor Comninellis identificaram materiais catalíticos eficientes, como dióxido de titânio (TiO2), dióxido de estanho (SnO2), pentóxido de tântalo (Ta2O5), entre outros, que são adicionados para reduzir custos e estabilizar a estrutura dos eletrodos, além de modular sua atividade catalítica. No Brasil, a empresa De Nora Do Brasil Ltda. comercializa eletrodos com composições tradicionais utilizadas na indústria cloro-álcali e na produção de gases especiais, como 70-TiO2/30-RuO2 e 45-IrO2/55-Ta2O5. Estudos conduzidos por Ribeiro e De Andrade (2004) demonstraram a alta eficiência eletrocatalítica do RuO2 na RDO, especialmente devido à sua excelente condutividade metálica e aos estabilizadores TiO2 e Ta2O5. O TiO2, além de ser mais econômico, contribui para a viabilidade comercial dos eletrodos, enquanto o Ta2O5 proporciona maior atividade eletroquímica, robustez e estabilidade. O Brasil, como principal produtor de tântalo no mundo, com 29,1% da produção global e reservas significativas, tem uma oportunidade única de transformar essa matéria-prima em um produto tecnológico de alto valor agregado. Isso permitiria ao país não apenas consumir, mas também exportar tecnologia avançada, aumentando sua competitividade no mercado global. O projeto DAI-NEXA, liderado pelo Prof. Dr. Josimar Ribeiro, representa um avanço significativo na pesquisa e desenvolvimento de eletrodos para a indústria. Com o apoio da FEST, a UFES está na vanguarda da inovação tecnológica, contribuindo para o fortalecimento da indústria nacional e a criação de soluções mais eficientes e sustentáveis. Acompanhe mais sobre este e outros projetos inovadores no site da FEST. Projeto 928 texto Vanessa Pianca
A terceira edição do Inverno Astrofísico, uma escola-camping científica, aconteceu entre os dias 22 e 31 de julho de 2021 na Fazenda do Centro, em Castelo, Espírito Santo. Sob a coordenação do Prof. Dr. Alan Miguel Velasquez Toribio, do Departamento de Física do Centro de Ciências Exatas da UFES e com o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), o evento manteve a estrutura das edições anteriores, mas destacou-se pela maior participação de pesquisadores de fora do estado do Espírito Santo. A programação contou com quatro minicursos introdutórios e seis minicursos específicos, além de duas palestras especiais ministradas por convidados de diversas instituições do Brasil e do exterior. Além dos minicursos e palestras, o evento também incluiu palestras de divulgação científica e sessões de observação do céu noturno com telescópios, abertas às escolas e à comunidade da região. Essas atividades visavam despertar o interesse pela ciência entre crianças e adolescentes, além de promover a cultura científica entre a população local. O Inverno Astrofísico tem como principal objetivo formar e inspirar alunos de graduação e pós-graduação em física e áreas afins, apresentando um panorama atual das áreas de gravitação, cosmologia e astrofísica. O evento promove um ambiente propício para discussões acadêmicas em um contexto descontraído, facilitando a interação entre palestrantes e alunos. A acomodação dos participantes em um camping na área rural do Espírito Santo não apenas proporciona uma experiência científica inovadora, mas também reduz os custos de participação, tornando o evento acessível a um maior número de estudantes. Este formato único na América Latina contribui significativamente para a formação acadêmica dos participantes, oferecendo uma combinação de cursos teóricos e atividades práticas. A realização do Inverno Astrofísico traz diversos benefícios para o estado do Espírito Santo: Atração de Estudantes: Atrai estudantes de ensino superior interessados em física e astronomia, potencialmente futuros alunos de pós-graduação na UFES. Visibilidade das Instituições Capixabas: Difunde as instituições acadêmicas e científicas do estado, especialmente a UFES, na comunidade científica nacional e internacional. Atualização Científica: Mantém estudantes e pesquisadores atualizados sobre os desenvolvimentos mais relevantes em física e astronomia. Colaborações Científicas: Promove colaborações entre pesquisadores do Espírito Santo e de outras instituições. Contato Direto: Facilita o contato direto entre estudantes e cientistas, estendido também aos estudantes de ensino fundamental e médio e à comunidade local. Promoção do Estado: Contribui para promover o patrimônio artístico, cultural e natural do Espírito Santo a um público amplo. Histórico de Edições Anteriores Inverno Astrofísico 2018: Realizado de 22 a 29 de julho de 2018, na Fazenda do Centro, com a participação de cerca de 60 estudantes e 11 pesquisadores. Inverno Astrofísico 2019: Realizado de 1 a 8 de agosto de 2019, também na Fazenda do Centro, com a participação de cerca de 70 estudantes e 13 pesquisadores. Inverno Astrofísico 2020: A edição de 2020 foi cancelada devido à pandemia de Covid-19. O Inverno Astrofísico é um evento singular que combina formação acadêmica de alto nível com uma experiência prática e acessível. A FEST e a UFES sabem que o evento contribui para a ciência e a educação no Espírito Santo é inestimável, e sua continuidade promete fortalecer ainda mais a integração entre ciência, educação e comunidade local. Texto: Vanessa Pianca Projeto 881
Em meio aos desafios impostos pelo distanciamento social durante a pandemia, a desigualdade digital emerge como uma questão premente, exacerbando disparidades sociais e comprometendo o desenvolvimento de comunidades. Diante desse cenário, o Projeto de Extensão “Solidariedade Digital”, uma parceria entre a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), surge como uma iniciativa crucial para sensibilizar a comunidade sobre a importância da inclusão digital. Coordenado pelo Prof. Dr. Renato Rodrigues Neto, do Departamento de Oceanografia do Centro de Ciências Humanas e Naturais da UFES, o projeto tem como objetivo principal fortalecer o engajamento e a solidariedade tanto da comunidade universitária quanto da sociedade externa. Isso se dá através da adoção de soluções para a área de educação, especialmente no que tange ao acesso à tecnologia e à internet, visando promover a inclusão e a acessibilidade digital dos estudantes da UFES. A pandemia exacerbou as desigualdades sociais, evidenciando a lacuna digital que afeta diretamente o acesso à educação e oportunidades. Na UFES, 6.789 alunos, pertencentes a famílias com renda per capita de até 1,5 salário mínimo, enfrentam dificuldades significativas de acesso à internet e dispositivos eletrônicos. Esses estudantes dependem, prioritariamente, de recursos digitais para acompanhar suas atividades acadêmicas. Campanha de Doações e Laboratório de Recuperação Para enfrentar esse desafio, o projeto lançou uma campanha de doações de equipamentos de informática e valores em pecúnia direcionados a esses alunos. Tanto pessoas físicas quanto jurídicas são convidadas a contribuir. Além disso, um laboratório no Centro Tecnológico (CT) será estabelecido, envolvendo estudantes, professores e técnicos, com o propósito de recuperar e verificar os computadores seminovos recebidos em doação pela ArcelorMittal ou Vale. A colaboração da FEST fortalece essa iniciativa, ampliando seu alcance e impacto. A exclusão digital reflete e reforça as desigualdades sociais, privando indivíduos de oportunidades educacionais e profissionais. Prover acesso à informação e recursos digitais é não apenas uma necessidade educacional, mas também uma questão de justiça social. O projeto busca conscientizar a comunidade sobre essa realidade e mobilizar esforços para superá-la. Objetivos Específicos Conscientizar sobre as dificuldades enfrentadas pelos estudantes universitários em relação à acessibilidade digital. Promover doações de equipamentos de informática e recursos financeiros para os alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O público-alvo interno são os 6.789 alunos da UFES que vivem na faixa de renda per capita de até 1,5 salário mínimo. Externamente, a campanha visa sensibilizar tanto pessoas físicas quanto jurídicas, incluindo as principais empresas do Espírito Santo, sobre a importância da inclusão digital e social. A solidariedade digital é essencial para construir uma sociedade mais justa e inclusiva. Ao unir esforços e recursos, o Projeto de Extensão “Solidariedade Digital” busca promover uma educação acessível e igualitária, capacitando os estudantes para um futuro digitalmente habilitado e próspero. Texto: Vanessa Pianca Projeto 894
No âmbito da crescente exploração de petróleo nas camadas do pré-sal e pós-sal, um estudo vem sendo conduzido pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) para compreender melhor a influência da acidez na qualidade dos petróleos e das emulsões água-em-óleo durante o processamento primário. O projeto, intitulado “Estudo do Efeito da Acidez na Qualidade dos Petróleos e Emulsões Água-em-Óleo na Etapa do Processamento Primário”, é coordenado pelo Prof. Dr. Eustaquio Vinicius Ribeiro de Castro, do Departamento de Química do Centro de Ciências Exatas e Naturais (CCE) da UFES, e conta com financiamento da Petrobras e apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia. O estudo tem como objetivo principal analisar como a acidez influencia a qualidade dos petróleos e das emulsões água-em-óleo (A/O) durante a fase inicial de processamento. Para alcançar essa meta, a equipe está conduzindo uma série de experimentos e análises laboratoriais focadas nas seguintes propriedades físico-químicas dos petróleos do pré-sal e pós-sal: – Teor de água – Densidade a 20ºC – Gravidade API – Número de Acidez Total (NAT) – Teor de sais e enxofre total – Viscosidade dinâmica e cinemática – Determinação de metais como níquel e vanádio – Teor de saturados, aromáticos, resinas e asfaltenos (SARA) – Tensão superficial A pesquisa envolve a caracterização físico-química detalhada dos petróleos e a realização de testes de envelhecimento sob pressão em atmosferas de gás carbônico e nitrogênio. As emulsões são preparadas com diferentes tipos de sais (neutros, ácidos e básicos) e tratadas com bases inorgânicas e orgânicas para mitigar problemas de acidez. Adicionalmente, o projeto estuda a correlação do número de acidez naftênica total (NAT) em termos de SARA, além de avaliar a influência de diferentes tipos de água (deionizada e salina) na estabilidade das emulsões A/O. Também é analisado o efeito de diversas salinidades, modeladas com cloretos de diferentes metais, na acidez dos petróleos. A formação de emulsões água-em-óleo é uma questão crítica na indústria petrolífera, podendo causar problemas significativos como corrosão e incrustação em equipamentos de refino. Este estudo é particularmente relevante, pois os petróleos do pré-sal, embora geralmente não ácidos, têm apresentado desafios na estabilidade das emulsões e na corrosão durante o processamento primário. Os resultados obtidos até o momento mostram uma desidratação e dessalgação altamente eficientes, superando 97% para diferentes tipos de petróleo. Isso sugere que as técnicas desenvolvidas, incluindo o uso de frequências ultrassônicas para aumentar a coalescência das emulsões, podem ser implementadas para melhorar a qualidade e a eficiência do processamento de petróleo. O projeto também visa a produção de material técnico e científico para publicações em revistas especializadas e participação em eventos nacionais e internacionais. Com esses esforços, a UFES espera não apenas avançar o conhecimento científico na área, mas também contribuir diretamente para a melhoria das práticas industriais no processamento de petróleo. Texto Vanessa Pianca Projeto 834
A Universidade Federal do Espírito Santo – UFES com apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia – FEST, em colaboração com a Empresa Vale, tem como projeto de pesquisa o “Estudo da Reciclagem de Materiais Oriundos da Empresa Vale”. Esta iniciativa pioneira visou explorar e desenvolver técnicas avançadas de recuperação e reciclagem de materiais poliméricos, com foco principal na transformação sustentável de resíduos plásticos, especialmente os provenientes de garrafas e utensílios PET. O projeto, coordenado pelo professor Dr. Eloi Alves da Silva Filho, do Departamento de Química do Centro de Ciências Extas da UFES, teve como objetivo primordial investigar e implementar práticas eficazes de reciclagem de materiais poliméricos, demonstrando sua viabilidade em ambientes operacionais reais e qualificados. A pesquisa envolveu a aplicação prática dessas técnicas em diversos ambientes, incluindo áreas de minério, carvão, calcário e pilhas de estéril, permitindo a avaliação de cor, concentração e eficiência em vias, vagões e pilhas de minério e estéril. Segundo Eloi, O lançamento do supressor sustentável foi realizado oficialmente no dia 30 novembro de 2023. “Este projeto foi um marco na história da universidade, como a primeira patente verde da UFES e da empresa VALE. Avançamos e muito”. Pontuou. Um dos aspectos mais significativos deste projeto foi contribuição direta para o desenvolvimento sustentável. A busca por soluções que evitem o descarte inadequado de garrafas e utensílios feitos com PET é essencial para minimizar o impacto ambiental e promover uma economia circular. Além disso, o estudo se estende a outros materiais plásticos como polipropileno (PP), poliestireno (PE), poliuretano (PU) e outros, explorando seu potencial de transformação em resinas recicláveis. Este esforço conjunto entre a FEST, a UFES e a Vale não apenas buscou soluções técnicas avançadas, mas também ofereceu vantagens econômicas e ambientais significativas. A possibilidade de destinação rentável de resíduos provenientes da Vale e de outras indústrias que utilizam utensílios PET destaca a relevância desse projeto no cenário atual. Além dos impactos positivos na área técnica, econômica e ambiental, o projeto também enfatizou a importância da formação de novos recursos humanos. “A UFES terá um papel fundamental na formação de alunos de graduação e pós-graduação, garantindo a disseminação do conhecimento adquirido e preparando profissionais capacitados para enfrentar os desafios da sustentabilidade e inovação tecnológica.” Finalizou Eloi Esse projeto é um marco não apenas para as entidades envolvidas, mas também para o avanço da pesquisa em reciclagem de materiais no Brasil, demonstrando que a colaboração entre instituições acadêmicas e empresas pode gerar soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios atuais. Para mais informações e atualizações sobre o desenvolvimento deste projeto, veja no link da UFES (https://www.ufes.br/conteudo/primeira-patente-verde-da-ufes-reduz-emissao-de-poeira-e-descarte-de-lixo-no-meio-ambiente e fique atento às publicações no site da Fundação Espírito-santense de Tecnologia. Texto Vanessa Pianca Projeto 816
O Núcleo de Estudos em Redes Definidas por Software (NERDS), um projeto inovador desenvolvido na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), tem conquistado reconhecimento internacional e se destacado por suas contribuições para o campo da computação e redes. O NERDS surgiu como resposta à demanda por inovação nas redes de computadores acadêmicas, que na época eram limitadas em termos de “programabilidade”, inovação e experimentação, num ambiente computacional avançado, com infraestrutura básica, que possibilita o desenvolvimento de aplicativos de redes definidas por software. O NERDS foi estabelecido como uma resposta às limitações técnicas enfrentadas pelas redes de computadores acadêmicas nos anos 2000. Naquela época, as soluções técnicas eram restritas aos grandes fabricantes, dificultando a inovação. O projeto buscou ampliar as capacidades de “programabilidade” por meio da arquitetura Software-Defined Networking (SDN), iniciando suas pesquisas no campus de Goiabeiras da UFES. Reconhecimento Internacional e Premiações Uma das notáveis conquistas do NERDS é seu reconhecimento internacional em excelência de redes de software. O impacto positivo do projeto resultou em diversas publicações científicas, nacionais e internacionais. Além disso, o NERDS recebeu prêmios de destaque de empresas renomadas, incluindo a gigante da tecnologia Google e a líder em hardware, Intel. Em 2021, o NERDS foi contemplado com o Research Scholar Program da Google, na categoria Networking. Esta premiação visa dar continuidade às pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas do NERDS no Doutorado, solidificando a posição do projeto no cenário acadêmico global. Os bolsistas do NERDS compartilham essa categoria com instituições de renome, como a New York University, University of Oxford e Cornell University. Adicionalmente, o programa Intel Connectivity Research Program Grants (Fast Forward Initiative) reconheceu o potencial do NERDS, proporcionando recursos para a obtenção de hardware de última geração. Os switches da Intel agora compõem um laboratório mundial que coloca a Ufes e o Espírito Santo em um contexto único no Brasil, conforme evidenciado pelo Persistent Multi-Resource Infrastructure. O Núcleo de Estudos em Redes Definidas por Software não só superou desafios técnicos, mas também se estabeleceu como uma referência em inovação e pesquisa na área de redes. Com o contínuo apoio da FEST, parcerias internacionais e reconhecimento de grandes empresas de tecnologia, o NERDS está preparado para continuar seu impacto positivo, contribuindo para avanços significativos nas redes definidas por software. Texto: Vanessa Pianca Projeto 663