A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (FEST), está lançando o Curso de Imersão de Anatomia Aplicada à Harmonização Orofacial. Este curso inovador, coordenado pelo Prof. Dr. Bruno Machado de Carvalho do Departamento de Morfologia do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFES, tem como objetivo fornecer aos profissionais de saúde conhecimentos aprofundados sobre as estruturas anatômicas da face, aumentando a segurança e eficácia dos procedimentos de harmonização orofacial. O curso visa proporcionar um entendimento detalhado da anatomia e topografia da face, abordando pele, tela subcutânea, músculos, compartimentos e outras estruturas anatômicas faciais. Esse conhecimento é essencial para garantir resultados mais favoráveis e seguros em procedimentos injetáveis, como o uso de toxina botulínica, além de minimizar possíveis complicações. Há uma crescente demanda entre os profissionais da área de harmonização orofacial por cursos que ofereçam uma formação sólida em anatomia. Muitos desses profissionais se sentem inseguros ao realizar procedimentos faciais devido ao risco de lesionar estruturas anatômicas nobres, o que pode resultar em consequências graves para os pacientes. Este curso atende a essa necessidade, proporcionando uma formação prática e teórica que visa aumentar a confiança e a segurança dos profissionais. O principal resultado esperado é a ampliação do conhecimento em anatomia de cabeça e pescoço, com ênfase na prática em cadáveres humanos. Esse aprendizado visa maximizar a segurança durante os procedimentos injetáveis, respeitando a anatomia das zonas de risco facial. Os indicadores para mensuração incluem a participação e o feedback dos alunos, além da proporção de acesso da população a serviços de qualidade antes e depois da implementação do projeto. As metas do curso incluem o aprofundamento do conhecimento sobre estruturas faciais relevantes para a harmonização orofacial, fazendo com que os profissionais se sintam mais confiantes e seguros ao realizar variados procedimentos. Espera-se um aumento de 70% no número de procedimentos desafiadores realizados e uma redução de 90% nas intercorrências durante sua realização. Os indicadores para quantificação dessas metas incluem a participação e o feedback dos alunos, bem como a razão entre procedimentos ambulatoriais de média e alta complexidade e a população residente. Texto: Vanessa Pianca Projetos 1223/1336
Com o objetivo de fortalecer a preservação e a divulgação do conhecimento científico produzido na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), foi firmado o projeto “Pró-Acervos UFES: preservação, pesquisa e divulgação científica dos acervos científicos da UFES (Grupo 1)”, uma iniciativa da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e a própria UFES. A proposta visa modernizar a infraestrutura dos acervos científicos da UFES, garantindo condições adequadas de preservação, conservação e segurança, além de ampliar o acesso público por meio da digitalização e da integração a plataformas de divulgação científica. As ações do “Pró-Acervos UFES” estão organizadas em cinco metas principais: Ampliação e adequação da infraestrutura física e de armazenamento dos acervos; Modernização e ampliação dos acervos, permitindo a incorporação de novos materiais e registros; Melhoria da segurança dos espaços, com a implantação de sistemas anti-incêndio e outras medidas de proteção; Catalogação, digitalização e virtualização dos acervos, promovendo sua integração a plataformas digitais como GBIF, SiBBr, SpeciesLink e Tainacan, ampliando o acesso público e a divulgação científica; Ampliação das ações de extensão e popularização da ciência, por meio da criação de acervos didáticos, exposições, sites e aplicativos interativos. Sob a coordenação do Prof. Dr. Valdemar Lacerda Junior Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação e subcoordenação do Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt, chefe do Departamento de Morfologia no Centro de Ciências da Saúde da UFES, o projeto representa um passo fundamental para a valorização e democratização do conhecimento produzido pela universidade, permitindo que pesquisadores, estudantes e a sociedade tenham acesso a um acervo científico mais moderno, seguro e acessível. Este projeto também faz parte do Museu Ciências da Vida. A FEST, como parceira executora, reforça seu compromisso com o fortalecimento da ciência e da inovação no Espírito Santo, apoiando projetos que preservam o patrimônio científico e impulsionam o desenvolvimento tecnológico e cultural da região
A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), possui um novo curso de extensão intitulado “Emergências Endodônticas e Traumatismo Dento-Alveolar: Uma Abordagem Contemporânea”. O projeto de extensão, vinculado ao Departamento de Clínica Odontológica do Centro de Ciências da Saúde, é coordenado pelo Prof. Dr. Thiago Farias Rocha Lima e tem como objetivo capacitar estudantes e profissionais da odontologia para lidar com emergências endodônticas e situações de trauma dento-alveolar. O curso será oferecido no formato Hands-on, combinando teoria e prática em um ambiente laboratorial. Através de aulas teóricas e simulações de situações clínicas, os participantes terão a oportunidade de treinar suas habilidades em cenários que reproduzem emergências odontológicas reais, como pulpites, periodontites, abscessos periapicais e traumas dento-alveolares. O treinamento será ministrado por professores experientes do curso de Odontologia da UFES e ocorrerá nas instalações do Instituto de Odontologia da universidade (IOUFES), no campus de Maruipe. Emergências endodônticas, caracterizadas por inflamações no tecido pulpar ou perirradicular, demandam intervenções rápidas e eficazes. Situações como pulpites, periodontites e abscessos periapicais são comuns em ambientes clínicos e exigem um preparo técnico adequado para garantir o alívio da dor e a preservação da saúde bucal dos pacientes. Além disso, o manejo de traumas dento-alveolares, que frequentemente ocorrem em emergências, é crucial para a manutenção dos dentes afetados. Atualmente, muitos profissionais de odontologia relatam falta de preparo para lidar com essas situações em seus consultórios, frequentemente encaminhando os pacientes para outros especialistas. O curso oferecido pela UFES visa preencher essa lacuna, proporcionando o conhecimento e as habilidades necessárias para que os participantes possam atuar de forma segura e eficaz no tratamento de emergências endodônticas e traumas dento-alveolares. Público-Alvo O curso é destinado a alunos do último ano de graduação em Odontologia e a profissionais já formados que buscam aprimorar suas competências clínicas em situações de emergência. A proposta é oferecer um treinamento personalizado, que prepare os participantes para enfrentar com segurança as demandas clínicas que surgem no dia a dia de um consultório ou posto de saúde. Com essa iniciativa, a UFES e a FEST reafirmam seu compromisso com a educação continuada e com a formação de profissionais altamente capacitados, prontos para atender com excelência as necessidades de seus pacientes.
Neste 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, destacamos o compromisso da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), com a promoção e educação em direitos fundamentais por meio do curso de extensão “Educação em Direitos Humanos: construindo a rede de educadoras e educadores em direitos humanos no Espírito Santo”. A data celebra os 76 anos da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) pela Organização das Nações Unidas (ONU). Este documento fundamental estabelece princípios universais de liberdade, justiça e igualdade, sendo um marco na luta contra as desigualdades e a opressão. Em tempos desafiadores, iniciativas como o curso da UFES reforçam a importância de continuar educando e mobilizando a sociedade para construir um mundo mais justo. O curso é uma ação conjunta entre o Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFES e a Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos – Seção Espírito Santo (ReBEDH-ES), com financiamento da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC). Na modalidade a distância (EAD), o curso atende aos pólos de Cachoeiro de Itapemirim, Nova Venécia e Serra. Inicialmente previsto para 200 vagas, a demanda superou as expectativas, levando à ampliação para 300 cursistas. Um diferencial do projeto é a inclusão de 20% das vagas para representantes de movimentos sociais, organizações da sociedade civil e conselhos diversos, além dos profissionais da educação. Conteúdo e Metodologia Com carga horária de 120 horas, o curso aborda temas essenciais como: Gênero, raça e diversidade sexual; Direitos de crianças, adolescentes e jovens; Educação inclusiva e direitos das pessoas com deficiência; O programa adota uma perspectiva intercultural e biopsicossocial, promovendo o diálogo e a sensibilização para questões estruturais que geram preconceito, discriminação e violência. O conteúdo é ministrado por uma equipe interdisciplinar de professores, incluindo Dr. Julio Pompeu (Departamento de Direito), Dra Margareth Attianezi (Departamento de Fonoaudiologia) e Dr Bruno Toledo, com destaque para a coordenação do servidor técnico-administrativo Antonio Lopes. Os participantes, ao longo do curso, desenvolverão projetos de intervenção ou ensino, cujos resultados serão apresentados no Encontro Estadual de Educação em Direitos Humanos, em março de 2025. Segundo Antônio Lopes, este projeto marca a retomada de iniciativas formativas em direitos humanos após anos de interrupção. “Quando houve o impeachment da ex-presidenta Dilma Roussef, aconteceu uma interrupção abrupta da formação em direitos humanos que é crucial para combater o machismo, racismo, LGBTfobia, capacitismo e outras formas de discriminação que ainda persistem em nossa sociedade.” Pontuou A UFES, com apoio da FEST, reafirma seu papel na promoção da cidadania e dos direitos humanos, contribuindo para a formação de agentes transformadores que podem atuar em diversas frentes sociais. Este curso fortalece não apenas a educação, mas também a luta por uma sociedade mais equitativa. Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebramos a educação como ferramenta de transformação e resistência. A UFES e a FEST convidam todos a refletirem sobre a importância de defendermos, praticarmos e difundirmos os direitos humanos em todas as esferas. “Educar para os direitos humanos é educar para a humanidade, formar uma sociedade mais equitativa.” Finalizou Antonio. Texto: Vanessa Pianca Projeto 1247
A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), está desenvolvendo o Programa ATTACH™ Brasil, coordenado pela Profa. Dra. Franciéle Marabotti Costa Leite do Departamento de Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Este projeto visa o desenvolvimento e aumento da função reflexiva do cuidador principal e do apego seguro entre o cuidador e a criança, oferecendo um suporte essencial para famílias em situação de vulnerabilidade social. O principal objetivo do Programa ATTACH™ Brasil é promover a função reflexiva nos cuidadores principais e garantir um apego seguro entre eles e as crianças. A função reflexiva é uma estratégia de elaboração emocional que permite aos pais compreender melhor as necessidades emocionais de seus filhos, favorecendo uma comunicação mais eficaz e um relacionamento assertivo, crucial para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças. Os primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento físico, neurológico e emocional das crianças. As interações saudáveis e os bons relacionamentos estabelecidos na primeira infância têm um impacto significativo na formação dos indivíduos. As famílias desempenham um papel crucial, sendo o primeiro grupo em que a criança tem a oportunidade de aprender, crescer e ter suas necessidades básicas atendidas. Entretanto, famílias em situação de vulnerabilidade enfrentam diversos desafios que podem comprometer o desenvolvimento infantil. A ocorrência de adversidades como violência doméstica, baixa renda, desemprego, abuso de substâncias, separação ou divórcio podem atuar como estressores no contexto familiar, prejudicando o bem-estar e o desenvolvimento das crianças. Pesquisas mostram que adversidades na infância estão associadas a consequências negativas ao longo da vida, incluindo problemas de saúde física e mental, comportamentos de risco e dificuldades no desenvolvimento social e emocional. A teoria do apego, desenvolvida por John Bowlby e aprofundada por Mary Ainsworth, destaca a importância das relações interpessoais na formação da personalidade e no desenvolvimento emocional das crianças. A função reflexiva, quando aplicada à parentalidade, facilita aos pais um melhor entendimento das necessidades emocionais de seus filhos, promovendo um relacionamento saudável e seguro. Em famílias em situação de vulnerabilidade, a função reflexiva e a mentalização são ferramentas essenciais que capacitam os pais a responderem adequadamente às necessidades de seus filhos, reorientando as relações parentais e garantindo a segurança emocional das crianças. Essas estratégias podem desempenhar um papel fundamental na quebra de ciclos de insegurança de apego e na promoção de relacionamentos saudáveis e duradouros. Intervenção ATTACH™ e seus Benefícios O Programa ATTACH™ é uma intervenção que visa otimizar a parentalidade, o desenvolvimento infantil e o comportamento em famílias de alto risco expostas a adversidades. Através do uso da função reflexiva, o programa busca proteger as crianças contra maus-tratos, promovendo mudanças duradouras nas famílias e impactando positivamente as gerações futuras. Estudos demonstram que o ATTACH™ melhora a qualidade da interação entre pais e filhos, contribuindo para um desenvolvimento infantil saudável. Esta intervenção é uma ferramenta poderosa para profissionais de saúde que trabalham com famílias em situação de vulnerabilidade, oferecendo recursos adequados para enfrentar os desafios do relacionamento parental. O Programa ATTACH™ Brasil representa um avanço significativo no apoio a famílias vulneráveis, fortalecendo os laços afetivos e promovendo um desenvolvimento saudável para as crianças. Com a coordenação da Profa. Dra. Franciéle Marabotti Costa Leite e o apoio da FEST, o projeto promete trazer impactos intergeracionais positivos, transformando vidas e garantindo um futuro mais promissor para as novas gerações. Projeto 1207 Texto: Vanessa Pianca
A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e o Hospital Universitário Cassiano Antônio de Morais (HUCAM/Ebersh) estão na vanguarda da pesquisa médica no Brasil com um novo ensaio clínico randomizado em clusters. Este estudo, realizado com o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein, tem como objetivo avaliar uma intervenção de melhoria de qualidade centrada no paciente, utilizando uma plataforma de dados do mundo real para controle de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) em pacientes com doença cardiovascular aterosclerótica estabelecida (ASCVD). Coordenado pelo Prof. Dr. José Geraldo Mill do Departamento de Clínica Médica (DCM) do Centro de Ciências da Saúde (CCS), o estudo avalia se elevação do LDL-C é um fator de risco causal significativo para a ASCVD, uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil. Estudos demonstraram que a redução do LDL-C com o uso de estatinas é uma forma robusta e econômica de reduzir a carga de ASCVD em indivíduos de alto risco. As diretrizes de prevenção cardiovascular no Brasil recomendam fortemente a redução do LDL-C para mitigar os riscos associados à ASCVD. Apesar das evidências robustas sobre os benefícios da redução do LDL-C, existe um hiato considerável na conscientização e tratamento do colesterol no Brasil. Este déficit sublinha a necessidade urgente de projetos que traduzam o conhecimento científico em práticas clínicas eficazes, melhorando assim os resultados de saúde dos pacientes. Este ensaio clínico randomizado em clusters é um estudo pragmático destinado a avaliar o impacto de uma intervenção digitalmente habilitada para a melhoria da qualidade no controle do LDL-C. Ensaios deste tipo são considerados a forma mais rigorosa de pesquisa clínica para testar intervenções educacionais e ativas que visam mudar comportamentos ou práticas clínicas. O principal objetivo do estudo é avaliar se a intervenção proposta pode efetivamente melhorar o controle do LDL-C em pacientes com ASCVD. A intervenção utiliza uma plataforma digital de dados do mundo real, permitindo uma abordagem centrada no paciente e baseada em evidências para a gestão do colesterol. A parceria entre a UFES, HUCAM/Ebserh, FEST e o Hospital Albert Einstein reforça a importância e o alcance deste estudo. A colaboração entre estas instituições permite a combinação de recursos e expertise para enfrentar um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil. Espera-se que os resultados deste ensaio clínico contribuam significativamente para a prática clínica no Brasil, oferecendo uma solução eficaz e baseada em evidências para o controle do LDL-C em pacientes com ASCVD. A implementação bem-sucedida desta intervenção pode levar a uma redução significativa na carga de doenças cardiovasculares no país. Projeto 1053 Text: Vanessa Pianca
Em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), a Pesquisa Nacional de Saúde Mental (PNSM-Brasil) surge como um marco na investigação da saúde mental no país. Sob a coordenação da médica psiquiatra Profa. Dra. Maria Carmen Moldes Viana, do Departamento de Medicina Social e do Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFES, o estudo produzirá informações essenciais sobre a magnitude e características do adoecimento mental, contribuindo para o desenvolvimento de políticas públicas que melhor respondam às demandas da população brasileira. A PNSM-Brasil conta com a colaboração de instituições renomadas como a Universidade de Harvard, que coordena o Consórcio Mundial de Saúde Mental, uma iniciativa da OMS da qual a PNSM-Brasil fará parte, juntamente com outros 30 países. O Departamento de Políticas de Saúde da Escola de Medicina da Universidade de Harvard será responsável pela implementação da versão computadorizada do instrumento de pesquisa na plataforma Blaise, e contribuirá para o controle de qualidade dos dados coletados e a consolidação dos bancos de dados. A Universidade de Michigan contribuirá com o treinamento da equipe para a aplicação do Composite International Diagnostic Interview (CIDI), um instrumento estruturado para a avaliação diagnóstica dos transtornos mentais. A realização do estudo foi uma iniciativa da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, visando realizar a primeira Pesquisa Nacional de Saúde Mental da população brasileira. Com o aumento da morbidade e mortalidade por doenças não transmissíveis, torna-se imperativo entender a epidemiologia dos transtornos mentais para melhor direcionar políticas públicas de promoção da saúde mental e prevenção do adoecimento, além de identificar determinantes sociais e ambientais dos transtornos mentais e lacunas de assistência e tratamento recebido nos serviços de saúde. Objetivo: Investigar a epidemiologia dos transtornos mentais na população brasileira: identificar prevalências, determinantes sociais, uso de serviços de saúde, custos e consequências. Método: Estudo transversal de base populacional com amostra representativa de brasileiros domiciliados, com 15 anos ou mais, usando o CIDI 5.0 aplicado por entrevistadores treinados. Financiamento: Ministério da Saúde. Tipo de Estudo: Inquérito transversal avaliando uma amostra probabilística da população geral brasileira. População-Alvo: Brasileiros de 15 anos ou mais, residentes em unidades domiciliares em todas as regiões. Exclusões: Populações privadas de liberdade, povos originários, quilombolas, população em situação de rua e institucionalizada. A Importância de Estudos Epidemiológicos em Saúde Mental Estudos têm evidenciado elevadas taxas de transtornos mentais em todas as populações, afetando quase um bilhão de pessoas no mundo. Dependendo do tipo e da gravidade, os transtornos mentais podem reduzir a longevidade em até 20 anos e são uma das principais causas de incapacidade global, afetando, particularmente, a população jovem e economicamente ativa. A alta prevalência e o início precoce dos transtornos mentais contribuem significativamente para a carga global de doenças, sem evidências de redução desde os anos 1990. No Brasil, a saúde mental representa uma grande parte da carga de doenças. Transtornos depressivos, de ansiedade e uso de álcool são os mais prevalentes, com impacto significativo em termos de anos de vida ajustados por incapacidade (DALYs) (Disability Adjusted Life Years, ou anos de vida perdidos ajustados por incapacidade). Entre 1990 e 2018, transtornos mentais e por abuso de substâncias foram a terceira maior causa de DALYs no Brasil. Estudos recentes indicam um aumento na prevalência de depressão e ansiedade, no uso de medicamentos psicoativos e na busca por atendimento médico. Desafios e Oportunidades na Saúde Mental Brasileira Apesar da alta prevalência, os transtornos mentais enfrentam desafios como o estigma, a falta de infraestrutura e recursos e a insuficiência de profissionais capacitados. A maioria dos indivíduos em países de baixa e média renda não recebe tratamento adequado. Estudos epidemiológicos prévios, como o São Paulo Megacity, revelaram alta prevalência de transtornos mentais e comorbidades, além do uso insuficiente de serviços e tratamentos inadequados. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa e respeitará rigorosamente a confidencialidade dos dados dos participantes. Serão tomadas medidas para minimizar o desconforto emocional dos participantes durante a coleta de dados. Todas as informações serão armazenadas de forma segura, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Espera-se que a PNSM-Brasil se transforme em um instrumento contínuo de vigilância epidemiológica em saúde mental no país, fornecendo dados valiosos para a formulação de políticas públicas e melhorando a qualidade de vida da população brasileira. A FEST e a UFES estão comprometidas com a promoção da saúde mental no Brasil. A realização da PNSM-Brasil é um passo crucial para compreender melhor os desafios enfrentados pela população e para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e tratamento. Esta pesquisa não apenas coloca o Brasil na vanguarda dos estudos em saúde mental, como também reforça a importância de parcerias internacionais e interinstitucionais na busca por soluções em saúde coletiva. Projeto 1206 Texto: Vanessa Pianca
O Estado do Espírito Santo deu um passo decisivo no campo da pesquisa científica com a construção do Laboratório Multiusuário NB-3 da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Coordenado pelo Prof. Dr. Daniel Claudio de Oliveira Gomes, do Departamento de Patologia do Centro de Ciências da Saúde (CCS), o laboratório é uma conquista estratégica para o avanço da biomedicina na região e tem o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e da Financeira de Estudos e Projetos (Finep). O Laboratório NB-3, já em pleno funcionamento, e é dedicado à vigilância epidemiológica e à caracterização de vírus e patógenos de alto risco biológico, como o SARS-CoV-2, além de outros agentes infecciosos como o HIV, o Mycobacterium tuberculosis, o Zika vírus e o Epstein-Barr vírus. O laboratório permite a manipulação, isolamento e caracterização desses organismos em um ambiente seguro e altamente controlado, de acordo com os padrões internacionais de biossegurança estabelecidos pela OMS e CDC. O principal objetivo do Laboratório NB-3 é fornecer uma infraestrutura de ponta para a manipulação e estudo de agentes biológicos de alto risco, oferecendo suporte direto a pesquisadores da UFES e de outras instituições de pesquisa. O espaço é composto por duas salas principais: uma para cultivo celular e outra para análises fenotípicas, moleculares e funcionais dos patógenos. A sala de cultivo celular está equipada com cabines de proteção biológica NB-2, incubadoras com suporte de CO2, microscópios e freezers para garantir a integridade dos microrganismos manipulados. Já a sala de análises complementares conta com unidades de citometria de fluxo e equipamentos para a caracterização molecular dos patógenos, incluindo um ultra freezer e equipamentos avançados de microscopia. Até recentemente, o Espírito Santo carecia de uma infraestrutura própria de nível NB-3, o que obrigava os pesquisadores a realizarem estudos em laboratórios de outros estados ou no exterior, acarretando altos custos operacionais e atrasos na condução dos projetos. Agora, com a estrutura local no Núcleo de Doenças Infecciosas DI do CCS, a UFES torna-se autossuficiente para a realização de pesquisas complexas com patógenos de alto risco, proporcionando agilidade e maior controle sobre os experimentos. Essa conquista é particularmente relevante em um momento em que 14 projetos diretamente ligados à pesquisa da COVID-19 estão em andamento na UFES, envolvendo estudos que exigem o isolamento e manipulação do vírus SARS-CoV-2. O laboratório NB-3 não só atende a essas demandas, como também amplia as oportunidades de pesquisa sobre outros agentes infecciosos que anteriormente dependiam de parcerias externas. Impacto na Pesquisa e Formação Acadêmica Com o funcionamento do laboratório NB-3, a UFES agora oferece suporte direto a 77 pesquisadores e cerca de 210 alunos de pós-graduação**, integrando pesquisas de alta complexidade a 8 programas de pós-graduação da universidade. A instalação também fortalece os grupos de pesquisa interdisciplinar, possibilitando a criação de novas linhas de investigação científica com potencial para impacto internacional. Entre os projetos já beneficiados pela estrutura estão iniciativas de grande importância, como: Vigilância Epidemiológica e Ambiental de SARS-CoV-2 na Região Metropolitana de Vitória-ES**, coordenado pela Profa. Liliana Cruz Spano; Desenvolvimento de Teste Imunocromatográfico Rápido para Detecção de Anticorpos IgA anti-SARS-CoV-2**, liderado pelo Prof. Marco Cesar Cunegundes; Proteômica do SARS-CoV-2**, com a participação do Prof. Teodiano Freire Bastos Filho e a Johns Hopkins University. Além de promover o avanço científico, o laboratório NB-3 possibilita uma maior integração com a iniciativa privada, criando oportunidades de parcerias para o desenvolvimento de tecnologias e prestação de serviços. Esse novo ambiente também impulsiona a internacionalização dos programas de pesquisa, fortalecendo as colaborações globais já existentes, como os projetos com a Boston University, University College London e Rutger New Jersey Medical School, que agora contam com suporte local para estudos sobre tuberculose e leishmaniose. A entrada em operação do Laboratório Multiusuário NB-3 na UFES representa um marco histórico para a ciência no Espírito Santo. A estrutura traz independência técnico-científica para a realização de pesquisas com patógenos de alto risco biológico, colocando a UFES em posição de destaque no cenário nacional e internacional. Mais do que um avanço para a pesquisa em saúde pública, o laboratório contribui significativamente para a formação de novos cientistas, consolidando o papel da universidade como um centro de excelência em pesquisa biomédica. Com essa nova infraestrutura, a UFES e a FEST se preparam para enfrentarem desafios futuros com mais eficiência e fortalecer seu compromisso com a inovação, a ciência e o desenvolvimento sustentável. Projeto 896 Texto Vanessa Pianca
A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, lançou o projeto de pesquisa “Physio-Sync – Estimulação do Sistema His-Purkinje Versus Estimulação Biventricular na Ressincronização Cardíaca em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Congestiva” apoiado pela Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST). O projeto é liderado pelo Prof. Dr. Fernando Luiz Torres Gomes, do Departamento de Clínica Médica (DCM) do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e financiado pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento. O programa tem como objetivo verificar se a estimulação His-Purkinje é não-inferior à biventricular em desfechos clínicos, avaliados por uma escala ordinal composta por mortalidade, internações por insuficiência cardíaca, uso de furosemida em emergência médica e mudança da fração de ejeção em 12 meses. Além disso, busca-se avaliar se a estimulação His-Purkinje é superior em desfechos de custo-efetividade, fornecendo informações essenciais para a tomada de decisão quanto à incorporação desta tecnologia como uma alternativa de tratamento para a insuficiência cardíaca congestiva. Pacientes com Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) refratária à terapia medicamentosa apresentam elevado risco de morbi-mortalidade e remodelamento reverso do ventrículo esquerdo. Ensaios clínicos randomizados demonstraram o benefício da Terapia de Ressincronização Cardíaca (TRC) nesses pacientes, especialmente naqueles com fração de ejeção reduzida e QRS largo com padrão de bloqueio do ramo esquerdo (BRE). A TRC biventricular, apesar de eficaz, é um procedimento de alto custo para o Sistema Único de Saúde (SUS), e cerca de 30-40% dos pacientes não respondem adequadamente ao tratamento. A insuficiência cardíaca é uma causa frequente de morbidade e mortalidade na população brasileira, presente em 1% dos indivíduos entre 55 e 64 anos e em até 17,4% naqueles com mais de 85 anos. Esta condição está associada a limitações físicas crônicas, hospitalizações e uma sobrevida de apenas 35% em cinco anos. Com o envelhecimento populacional e a evolução do tratamento medicamentoso, espera-se que os casos de insuficiência cardíaca aumentem nas próximas décadas. O projeto Physio-Sync representa uma importante contribuição para a pesquisa e desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas que possam melhorar a qualidade de vida e reduzir os custos associados ao tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. A UFES e a FEST, por meio desta iniciativa, reafirmam seu compromisso com a inovação e o avanço da medicina, beneficiando diretamente a população brasileira. Texto: Vanessa Pianca Projeto 1054
A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia, acaba de lançar um inovador projeto chamado Parque de Aventura do CEFD, vinculado ao Departamento de Ginástica do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD). O projeto é coordenado pela Profa. Dra. Ana Carolina Capellini Rigoni e tem como objetivo principal proporcionar à comunidade uma experiência de lazer segura e de alta qualidade através dos equipamentos do Parque de Aventura. O Parque de Aventura do CEFD visa não apenas oferecer à comunidade oportunidades de lazer, mas também capacitar estudantes de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física para atuar com competência técnica e humana em atividades de aventura. O projeto promove o acesso da comunidade aos espaços e atividades realizadas na universidade, além de educar para e pelo lazer com um enfoque em questões ambientais. As atividades são gratuitas para estudantes de escolas públicas, democratizando o acesso a experiências raras e geralmente inacessíveis sem custo. A proposta do projeto é extremamente relevante tanto para a comunidade interna quanto externa da UFES. Atividades de aventura, geralmente pagas, serão oferecidas gratuitamente, permitindo que pessoas de diferentes origens socioeconômicas possam participar. Este esforço integra extensão e ensino, beneficiando estudantes do CEFD através de uma formação prática e teórica robusta. Para os participantes da comunidade, o projeto oferece uma oportunidade de lazer que fomenta uma forte conexão com a natureza e sensibilização para as questões ambientais contemporâneas. Além disso, o projeto espera capacitar os estudantes do CEFD para o mercado de trabalho nas Práticas de Aventura, incentivando também o desenvolvimento de pesquisas na área. A participação no projeto promete transformar os estudantes em profissionais críticos e reflexivos, prontos para enfrentar os desafios do mercado. O projeto Parque de Aventura do CEFD tem várias metas específicas, incluindo a triplicação do atendimento à população e a formação contínua de professores da rede pública de ensino em práticas de aventura. A longo prazo, espera-se um impacto significativo na relação dos participantes com o meio ambiente e com as práticas de lazer. Outro resultado almejado é a qualificação dos estudantes do CEFD para atuarem de forma competente no mercado de trabalho e o desenvolvimento de pesquisas na área, com dois membros da equipe desenvolvendo seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) sobre o Parque de Aventura. A UFES e a FEST, através desta iniciativa, reafirmam seu compromisso com a inclusão social, a formação de profissionais qualificados e a promoção de um relacionamento saudável e consciente com a natureza. A comunidade e os estudantes têm muito a ganhar com essa nova e empolgante oferta da universidade. Para se inscrever, clique neste link: https://forms.gle/4aiYDokMv5H83mag7 Projeto 1216 Texto Vanessa Pianca