FEST – Fundação Espírito-santense de Tecnologia

914- Projeto contínuo de pesquisa e desenvolvimento & inovação tecnológica na área de infectologia – HUCAM

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em colaboração com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e com o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), está conduzindo um projeto contínuo de Pesquisa e Desenvolvimento & Inovação Tecnológica (P&D+I) na área de infectologia. Este projeto é coordenado pela Profa. Dra. Tânia Queiroz Reuter Motta, do Departamento de Clínica Médica do Centro de Ciência da Saúde (CCS) da UFES. O projeto atual inclui um estudo de fase 2, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, que visa avaliar a segurança e a atividade antiviral do BLD-2660 em pacientes hospitalizados com diagnóstico recente de COVID-19. Este estudo busca comparar os efeitos do BLD-2660 com o padrão de cuidados (SOC) atualmente adotado. O BLD-2660 é um inibidor de molécula pequena sintético e oralmente ativo das calpaínas (CAPN) 1, 2 e 9. Ele é seletivo sobre as catepsinas e outras famílias de proteases, demonstrando boa estabilidade e permeabilidade metabólica, biodisponibilidade oral e baixa inibição do citocromo P450 (CYP). Este medicamento está em desenvolvimento para o tratamento da COVID-19, uma vez que há uma necessidade médica significativa não atendida. A interleucina 6 (IL-6), uma citocina pró-inflamatória, desempenha um papel crucial na tempestade de citocinas, que é um fator significativo nas complicações clínicas e na lesão pulmonar aguda associada à COVID-19. Estudos indicam que níveis séricos elevados de IL-6 em pacientes com COVID-19 são preditivos de insuficiência respiratória e mortalidade. Em modelos pré-clínicos, o BLD-2660 demonstrou reduzir os níveis de IL-6 e atenuar os danos da fibrose pulmonar. Este medicamento também mostrou envolvimento no alvo, inibindo a clivagem de espectrina nas células broncoalveolares, e efeitos anti-fibróticos em modelos de camundongo. Esses resultados sugerem que o BLD-2660 pode reduzir a resposta inflamatória improdutiva à infecção por SARS-CoV-2, potencialmente diminuindo a morbidade e mortalidade associadas à COVID-19.  Desenho do Estudo O estudo é desenhado para incluir um período de triagem, tratamento e acompanhamento. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), os pacientes hospitalizados com COVID-19 confirmada serão submetidos a procedimentos de triagem adicionais. Os indivíduos elegíveis serão randomizados na proporção de 2:1 para receberem BLD-2660 ou placebo, em combinação com o SOC, por 10 dias ou até a alta hospitalar, se ocorrer primeiro. O acompanhamento dos pacientes ocorrerá por pelo menos 18 dias após a última dose do medicamento, com avaliações nos dias 14, 21 e 28, e um contato adicional 60 dias após o estudo para coleta de informações sobre mortalidade e capacidade vital forçada (CVF).   Impacto Esperado Este estudo visa avaliar o BLD-2660 como uma terapia complementar ao SOC em indivíduos hospitalizados com COVID-19, com potencial para reduzir a resposta inflamatória improdutiva e a fibrose pulmonar, melhorando assim os desfechos clínicos dos pacientes. A pesquisa representa um passo importante na busca por tratamentos eficazes contra a COVID-19, contribuindo para o avanço do conhecimento científico e da prática clínica na área de infectologia. A Profa. Dra. Tânia Queiroz Reuter Motta e sua equipe estão comprometidos em continuar a explorar novas abordagens terapêuticas e em compartilhar os resultados desta pesquisa com a comunidade científica e médica, reforçando o papel da UFES, EBSERH e FEST na promoção de inovação e desenvolvimento na saúde pública. Texto Vanessa Pianca Projeto 914

898- Projeto Avalia Pobreza Multidimensional Rural e Estratégias Agroecológicas no Norte do Espírito Santo E Sul da Bahia

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e financiada pela Suzano, está liderando um projeto inovador intitulado “Pobreza Multidimensional Rural: Avaliação de Indicadores Sociais da Agricultura Familiar e das Estratégias de Produção Agroecológicas no Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia”. Coordenado pelo professor Dr. Marcelo Fetz de Almeida, do Departamento de Ciências Sociais do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN) da UFES, este projeto visa proporcionar uma compreensão aprofundada das condições socioeconômicas e dos desafios enfrentados pelas comunidades agrícolas da região. O principal objetivo do projeto é avaliar, por meio da metodologia da análise multidimensional, o desenvolvimento dos projetos de desenvolvimento rural territorial (PDRT) implantados pela Suzano Celulose. O foco está em entender a pobreza multidimensional rural, avaliando indicadores sociais da agricultura familiar e estratégias de produção agroecológicas praticadas pelos agricultores familiares. O estudo abrange comunidades localizadas em Fundão, Aracruz, São Mateus e Conceição da Barra, no Espírito Santo, e em Mucuri, Nova Viçosa, Caravelas, Alcobaça, Teixeira de Freitas e Ibirapuã, na Bahia. Essas comunidades são participantes do Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT) fomentado pela Suzano desde 2011, envolvendo cerca de 4.000 famílias.  Metodologia e Análise A pesquisa será conduzida em várias frentes: Diagnóstico Socioeconômico: Avaliação das condições socioeconômicas e da pobreza multidimensional das populações envolvidas. Processo Organizativo: Análise do processo organizativo das comunidades. Avaliação de Extensão Rural: Avaliação da atuação das equipes técnicas de extensão rural junto às populações alvo. Percepção da Comunidade: Caracterização da percepção da população sobre as ações de extensão rural desenvolvidas.  Impacto do PDRT O PDRT tem sido um instrumento crucial de mediação de conflitos entre empresas privadas e comunidades rurais, oferecendo uma solução que beneficia tanto as empresas quanto os governos locais e estaduais. O programa ajuda a amenizar os atritos causados por expropriações fundiárias, principalmente no contexto da produção de celulose. Os conflitos na região se dão entre diferentes grupos rurais, como MST, camponeses, pescadores, agronegócio, quilombolas, povos indígenas e pomeranos. Cada grupo tem suas próprias visões e práticas territoriais, muitas vezes em desacordo com os passivos ambientais das empresas que financiam o PDRT. Além disso, o uso de agrotóxicos no plantio de eucalipto representa um risco significativo para a saúde das pessoas e para o meio ambiente. Este projeto busca ir além das avaliações tradicionais, investigando a participação das famílias da agricultura familiar em projetos modernizantes e estratégias de produção agroecológica. A intenção é identificar práticas inovadoras que possam contribuir para uma agricultura mais sustentável e para a melhoria das condições de vida das comunidades envolvidas. A proposta de avaliar a pobreza multidimensional e as estratégias agroecológicas no meio rural do norte capixaba e sul baiano é um passo importante para entender melhor os desafios e oportunidades dessas comunidades. A UFES, com o apoio da FEST e o financiamento da Suzano, está empenhada em fornecer insights valiosos que possam guiar políticas públicas e ações de desenvolvimento sustentável na região. Texto Vanessa Pianca Projeto 898

960- Projeto de Plataformas Robóticas Inteligentes com dispositivos fotônicos integrados

Tecnologias Ópticas e Materiais Inteligentes para Sensoriamento e Comunicação em Aplicações Offshore A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), com o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e da 2 Solve Engenharia e Tecnologia, está conduzindo um projeto inovador sob a coordenação do Prof. Dr. Arnaldo Gomes Leal Junior, do Departamento de Engenharia Mecânica do Centro Tecnológico da UFES. Este projeto é focado no desenvolvimento de plataformas robóticas inteligentes utilizando dispositivos fotônicos integrados para monitoramento, reabilitação e auxílio à locomoção em ambientes offshore. O principal objetivo deste projeto é integrar tecnologias fotônicas e nanotecnológicas em novas abordagens tecnológicas que visam a produção offshore do futuro. Este esforço é segmentado em três eixos principais, focando tanto na melhoria dos processos exploratórios quanto nas vantagens proporcionadas pelas tecnologias ópticas. Comunicação via Luz Visível: Propõe-se a utilização de comunicação através de luz visível para a comunicação entre sensores sem fio já presentes nos processos offshore. Monitoramento Contínuo de Estruturas Cimentícias: A integração de sensores ópticos em estruturas cimentícias permitirá o monitoramento contínuo da saúde estrutural, umidade e dilatação em misturas cimentícias expansivas usadas para cimentação e tamponamento de poços. Riser Inteligente: Desenvolver um riser inteligente com sensores de fibra óptica integrados para monitoramento contínuo de sinais acústicos, perfil de temperatura, vazão, presença de gases, pressão e pH.  Metas Físicas M01 – Tecnologias em Comunicações via Luz Visível: Desenvolvimento de tecnologias para comunicações de dispositivos submersos em exploração offshore utilizando luz visível. M02 – Desenvolvimento de Riser Inteligente: Criação de um riser inteligente com dispositivos fotônicos integrados para sensoriamento de variáveis estruturais e de processo. M03 – Misturas Cimentícias com Sensores Integrados: Desenvolvimento de misturas cimentícias com sensores integrados para monitoramento contínuo em operações de cimentação e tamponamento de poços. M04 – Difusão e Formação de Recursos Humanos: Estratégias para difusão das tecnologias desenvolvidas, formação de recursos humanos e prospecção de novos projetos.  Impacto Esperado Este projeto promete revolucionar a produção offshore ao integrar tecnologias de ponta em fotônica e nanotecnologia, proporcionando uma comunicação mais eficiente entre dispositivos e um monitoramento mais preciso das estruturas e processos. As tecnologias desenvolvidas terão um impacto significativo na segurança, eficiência e sustentabilidade das operações offshore, além de contribuir para a formação de novos profissionais capacitados em tecnologias avançadas. A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) se orgulha de apoiar projetos inovadores como este, que colocam o Espírito Santo na vanguarda das pesquisas tecnológicas aplicadas ao setor offshore. Para mais informações sobre este projeto e outros desenvolvimentos tecnológicos, visite o site da FEST. Projeto 960 Texto Vanessa Pianca

959- Projeto de Acervos Digitais dos Museus do IBRAM: uma parceria entre UFES E IBRAM

No âmbito da preservação da memória e da cultura brasileira, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) tem desempenhado um papel crucial na digitalização e disponibilização dos acervos museológicos. Uma iniciativa que tem ganhado destaque é o projeto de Acervos Digitais dos Museus do Ibram, realizado em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), com o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia. Sob a coordenação da Profa. Dra. Daniela Lucas da Silva Lemos, do Departamento de Biblioteconomia do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas da UFES, o projeto visa intensificar a transformação digital das instituições de memória, facilitando a digitalização, documentação e ampliação do potencial dos dados bibliográficos, arquivísticos e museológicos disponibilizados. O projeto teve suas bases no debate promovido pelo Ministério da Cultura (MinC) sobre a digitalização dos acervos culturais. A parceria inicial entre a Universidade Federal de Goiás (UFG) e o MinC resultou no desenvolvimento do software Tainacan, uma solução livre de fácil utilização para a criação de repositórios de acervos digitais. Em 2016, a UFES e o Ibram uniram forças, dando início ao projeto “Plataforma Acervo: Inventário, Gestão e Difusão do Patrimônio Museológico”. Este projeto, diretamente ligado aos resultados anteriores, buscou aprofundar pesquisas com foco na colaboração e gestão social dos acervos museológicos. Uma das grandes conquistas do projeto foi a adesão de importantes instituições culturais do país ao software Tainacan, incluindo o Ibram, a Fundação Nacional das Artes (Funarte) e o Museu do Índio. Além disso, diversas universidades adotaram o software para organização de acervos e fins didáticos. A parceria entre a UFES e o Ibram continuou avançando, com foco no desenvolvimento de pesquisas e produtos alinhados às necessidades das instituições que adotaram o Tainacan. As ações para 2021 incluíram o desenvolvimento de um aplicativo para dispositivos móveis, integração com o Wikidata e Wikimedia Commons, além da concepção de um Manual de Boas Práticas e Formação em Qualidade de Dados para a Documentação Museológica. Além disso, a parceria entre a UFES o Ibram e FEST abre portas para a formação humana e o progresso da ciência, tecnologia e cultura em esfera nacional. A colaboração entre as universidades federais demonstra a importância da integração entre setores públicos federais, fortalecendo e ampliando a atuação das universidades junto a importantes entidades culturais. A UFES, em sintonia com seu Plano de Desenvolvimento Institucional, destaca a relevância das parcerias nacionais e internacionais para o desenvolvimento da educação, pesquisa e prestação de serviços à sociedade. O projeto de Acervos Digitais dos Museus do Ibram é um exemplo concreto dessa colaboração, resultando em avanços significativos na preservação e acessibilidade do patrimônio cultural brasileiro. Texto Vanessa Pianca Projeto 959

951- Projeto de viabilidade técnica da aplicação do FGD com escória de alto-forno em matrizes cimentícias

  A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), com o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) realizam o projeto vinculado ao Departamento de Engenharia Civil do Centro Tecnológico, coordenado pela Profa. Dr. Geilma Lima Vieira. Este estudo, intitulado “Estudo da Viabilidade Técnica da Aplicação do FGD com Escória de Alto-Forno em Incorporados em Matrizes Cimentícias – Análise de Desempenho de Argamassas de Assentamento e Revestimento”. O projeto tem como objetivo avaliar as propriedades físicas, mecânicas e de durabilidade de concretos produzidos com a incorporação de coprodutos do sistema de dessulfurização de gases (FGD) e escória de alto-forno. A meta é explorar o potencial desses materiais alternativos, que são resíduos industriais, para uso na construção civil, visando melhorar o desempenho dos concretos e promover a sustentabilidade. A utilização de resíduos industriais como materiais alternativos na Engenharia Civil vem ganhando destaque devido aos benefícios econômicos e ambientais. Muitos resíduos industriais apresentam características semelhantes aos materiais tradicionais da construção civil, podendo melhorar o desempenho mecânico e a durabilidade dos produtos finais, além de promover maior sustentabilidade no processo construtivo. Os resíduos do processo FGD, utilizado para controle de emissões de SOx na queima de carvão, e a escória de alto-forno, gerada em grandes quantidades na indústria siderúrgica, possuem características físicas e químicas que os tornam aptos para uso na produção de concretos e argamassas. Pesquisas anteriores no LEMAC/UFES já mostraram resultados promissores com o uso do resíduo FGD em concretos, indicando melhorias no desempenho mecânico e nas propriedades de trabalhabilidade. No entanto, o FGD contém um teor elevado de cloretos, o que pode comprometer o desempenho das estruturas de concreto. Este projeto visa explorar a utilização do FGD em matrizes cimentícias na produção de argamassas industrializadas, tanto de assentamento quanto de revestimento, combinado com a escória de alto-forno. A proposta inclui três subprojetos de pesquisa, cada um focado em diferentes aspectos da aplicação do FGD em matrizes cimentícias: Formações Vítreas em Matrizes Cimentícias: Avaliação da possibilidade de formações vítreas em matrizes de cimento Portland para produção de argamassas com FGD. Produção de Argamassas Industrializadas: Análise da viabilidade técnica da produção de argamassas utilizando FGD e escória de alto-forno, com enfoque no desempenho conforme parâmetros normativos. Desempenho de Argamassas de Assentamento e Revestimento: Verificação do desempenho físico-mecânico das argamassas de assentamento e revestimento produzidas com FGD e cimento Portland de alto-forno resistente a sulfatos. Este projeto é uma demonstração clara do compromisso da UFES e da FEST com a inovação, sustentabilidade e desenvolvimento tecnológico na área da Engenharia Civil. Esperamos que os resultados contribuam significativamente para a utilização de resíduos industriais na construção civil, promovendo práticas mais sustentáveis e eficientes. Para mais informações, acompanhe as atualizações no site da FEST e nos canais de comunicação da UFES. Projeto 951 Texto Vanessa Pianca  

932 – UFES e FEST possuem projeto para estudar o papel de células citotóxicas senescentes na Leishmaniose Cutânea

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) possui um projeto de pesquisa intitulado “Avaliação do papel de células citotóxicas senescentes na imunopatologia da leishmaniose cutânea”. Coordenado pelo Prof. Dr. Daniel Cláudio de Oliveira Gomes, do Departamento de Patologia do Centro de Ciências da Saúde, este projeto conta com o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e é financiado pela University College London. A leishmaniose cutânea (LC) é uma das formas clínicas mais prevalentes da leishmaniose, afetando entre 0,7 e 1,2 milhões de pessoas anualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO). O Brasil está entre os dez países endêmicos, contribuindo significativamente para a incidência global da doença. No Espírito Santo, a espécie L. braziliensi é a principal responsável pelos casos de LC, transmitida pelo vetor Lutzomyia intermedia. A ausência de métodos profiláticos eficazes e a resistência crescente aos tratamentos medicamentosos tornam a pesquisa em terapias imunológicas uma prioridade. Estas terapias visam potencializar a resposta imune dos pacientes, utilizando leucócitos ou seus produtos para combater a infecção. O principal objetivo do projeto é entender os mecanismos associados ao desenvolvimento de células citotóxicas terminalmente diferenciadas durante a infecção por L. braziliensis em humanos e seu papel na patogênese da LC. A pesquisa visa também explorar se a manipulação de vias de sinalização intracelulares, como o bloqueio da quinase p38 e do receptor PD-1, pode reverter a disfunção imunológica mediada por células citotóxicas. Interação e Função das Células Citotóxicas: Avaliar a interação das células citotóxicas altamente diferenciadas (AD) com macrófagos infectados, examinando a expressão de receptores de ativação e inibição, além da capacidade proliferativa e produção de citocinas inflamatórias. Perfil Fenotípico e Funcional: Investigar o perfil das células citotóxicas nas lesões dos pacientes, comparando-as com amostras de pele saudável. Análises incluirão marcadores de senescência, diferenciação e danos teloméricos. Via Intracelular de Disfunção: Avaliar a via da MAP-quinase p38 na aquisição de características disfuncionais em células citotóxicas durante a LC. Estudos preliminares já demonstraram aumento significativo da fosforilação de p38 em pacientes com LC. Este projeto tem o potencial de revolucionar a compreensão da imunopatologia da leishmaniose cutânea, oferecendo insights valiosos para o desenvolvimento de novas terapias e vacinas. A manipulação de vias de sinalização intracelulares para reverter disfunções imunológicas pode abrir caminhos para tratamentos mais eficazes e menos tóxicos, beneficiando milhões de pessoas afetadas pela leishmaniose. A UFES, em parceria com a FEST e a University College London, reafirma seu compromisso com a pesquisa científica de ponta, buscando soluções inovadoras para problemas de saúde pública. Este projeto representa um passo significativo na luta contra a leishmaniose cutânea, com potencial para transformar vidas e melhorar a saúde global. Para mais informações, acompanhe as atualizações no site da UFES e nas redes sociais da FEST. Projeto 932 Texto Vanessa Pianca

928 – Projeto DAI-NEXA: Avanço Tecnológico em Eletrodos para a Indústria com Apoio da FEST e UFES

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), está desenvolvendo o projeto DAI-NEXA, coordenado pelo Prof. Dr. Josimar Ribeiro do Departamento de Química do Centro de Ciências Exatas da UFES. Este projeto ambicioso busca preparar e investigar eletrodos do tipo M/RuO2-SnO2-TiO2-Ta2O5 (M = Ti, Al ou Cu) para aplicação na indústria NEXA. O projeto tem como principal objetivo a preparação e investigação de eletrodos altamente eficientes e duráveis, especificamente desenvolvidos para otimizar processos industriais. Esses eletrodos são essenciais para diversas aplicações na indústria eletroquímica, incluindo a produção de cloro-álcali e gases especiais. Os Ânodos Dimensionalmente Estáveis (ADE®) têm sido um componente crucial para a reação de desprendimento de oxigênio (RDO) há várias décadas. Introduzidos no mercado na metade do século XX, esses eletrodos possuem uma morfologia definida e uma microestrutura porosa, sendo continuamente estudados e aprimorados desde os anos 1960. Na década de 1980, pesquisas conduzidas pelo grupo do professor Comninellis identificaram materiais catalíticos eficientes, como dióxido de titânio (TiO2), dióxido de estanho (SnO2), pentóxido de tântalo (Ta2O5), entre outros, que são adicionados para reduzir custos e estabilizar a estrutura dos eletrodos, além de modular sua atividade catalítica. No Brasil, a empresa De Nora Do Brasil Ltda. comercializa eletrodos com composições tradicionais utilizadas na indústria cloro-álcali e na produção de gases especiais, como 70-TiO2/30-RuO2 e 45-IrO2/55-Ta2O5. Estudos conduzidos por Ribeiro e De Andrade (2004) demonstraram a alta eficiência eletrocatalítica do RuO2 na RDO, especialmente devido à sua excelente condutividade metálica e aos estabilizadores TiO2 e Ta2O5. O TiO2, além de ser mais econômico, contribui para a viabilidade comercial dos eletrodos, enquanto o Ta2O5 proporciona maior atividade eletroquímica, robustez e estabilidade. O Brasil, como principal produtor de tântalo no mundo, com 29,1% da produção global e reservas significativas, tem uma oportunidade única de transformar essa matéria-prima em um produto tecnológico de alto valor agregado. Isso permitiria ao país não apenas consumir, mas também exportar tecnologia avançada, aumentando sua competitividade no mercado global. O projeto DAI-NEXA, liderado pelo Prof. Dr. Josimar Ribeiro, representa um avanço significativo na pesquisa e desenvolvimento de eletrodos para a indústria. Com o apoio da FEST, a UFES está na vanguarda da inovação tecnológica, contribuindo para o fortalecimento da indústria nacional e a criação de soluções mais eficientes e sustentáveis. Acompanhe mais sobre este e outros projetos inovadores no site da FEST. Projeto 928 texto Vanessa Pianca

926- Projeto de Laboratório de Instrumentação Dinâmica: uma Inovação na Engenharia Mecânica da UFES

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), com apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e financiamento da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. (PETROBRAS), está desenvolvendo um projeto inovador no campo da instrumentação dinâmica. Este projeto foca na fabricação de peças utilizando impressão 3D em resinas, além de desenhos técnicos e modelos 3D de peças fornecidas. A solução proposta envolve a integração de diferentes sensores em fibra óptica em um sistema independente, capaz de armazenar e transmitir as leituras realizadas. O desenvolvimento inicial consiste em testes laboratoriais com diversos sensores para avaliar suas performances e adequação aos padrões requisitados pelo contratante. Os sensores desenvolvidos são compactos e aplicáveis em diversos pontos de medição, incluindo locais remotos. Isto requer não apenas o armazenamento dos dados, mas também um protocolo de comunicação para envio das informações coletadas. Após definir os componentes ópticos e eletrônicos, a unidade de alimentação do sistema será dimensionada conforme os parâmetros de tempo de medição e quantidade de amostras estabelecidas pelo contratante. Atividade 1 (A1): Revisão do Estado da Arte Será realizado um levantamento bibliográfico das principais técnicas de sensoriamento em fibras ópticas para monitoramento da qualidade da água, incluindo parâmetros como temperatura, vazão, pH, turbidez e condutividade. A tecnologia de fibra óptica mais promissora e capaz de atender aos requisitos de performance será selecionada. Atividade 2 (A2): Desenvolvimento de Protótipos de Sensores de Temperatura e Vazão para Testes em Laboratório Os sensores de temperatura e vazão serão desenvolvidos utilizando tecnologias como variação de intensidade, efeitos não-lineares em fibra, interferometria ou redes de Bragg em fibra óptica. Após análise de performance, robustez e resistência, a tecnologia será selecionada e os sensores construídos, encapsulados e testados em laboratório. Atividade 3 (A3): Desenvolvimento e Testes de Sensores de Turbidez, pH e Condutividade Similarmente aos sensores de temperatura e vazão, os sensores de turbidez, pH e condutividade serão desenvolvidos utilizando tecnologias como fluorescência/absorbância, ressonância plasmônica de superfície e interferometria. Após seleção da tecnologia mais adequada, os sensores serão construídos, encapsulados e testados em laboratório. Atividade 4 (A4): Dimensionamento do Sistema de Alimentação dos Sensores Para garantir portabilidade e alimentação própria, foi proposto um sistema de alimentação com baterias recarregáveis. O sistema será dimensionado conforme os componentes de alimentação dos sensores, como fonte óptica (laser ou LED), fotodetectores, espectrômetros e unidade de armazenamento de dados. Coordenado pelo Prof. Dr. Arnaldo Gomes Leal Junior do Laboratório de Instrumentação Dinâmica do Departamento de Engenharia Mecânica do Centro Tecnológico da UFES, o desenvolvimento de sensores ópticos avançados para monitoramento de qualidade da água, utilizando impressão 3D, representa uma significativa inovação tecnológica. Este projeto não apenas fortalece a pesquisa e desenvolvimento na UFES, mas também contribui para o avanço da engenharia mecânica e da instrumentação dinâmica. A parceria com a PETROBRAS e o apoio da FEST são fundamentais para a concretização e sucesso deste projeto, que promete oferecer soluções eficientes e avançadas para monitoramento ambiental. Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) A FEST apoia iniciativas tecnológicas inovadoras, colaborando com instituições de ensino e empresas para promover o desenvolvimento científico e tecnológico no Espírito Santo. Texto Vanessa Pianca Projeto 926

923 – Estudo de fase 3 liderado pela EBSERH avalia eficácia e segurança do CSL112 EM pacientes com síndrome coronária aguda

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), em colaboração com a FEST e financiada pela CSL Behring LLC, realizaram o Projeto AEGIS (CSL112_3001), um estudo de fase 3 inovador e de grande escala. O Projeto AEGIS, coordenado pelo Prof. Dr. Roberto de Sá Cunha, da Educação Integrada em Saúde da UFES, é um estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado, controlado por placebo e de grupo paralelo. Seu principal objetivo é investigar a eficácia e segurança do CSL112 em pacientes diagnosticados com Síndrome Coronária Aguda (SCA), incluindo aqueles com infarto do miocárdio com elevação do segmento ST (STEMI) ou sem elevação do segmento ST (NSTEMI), independentemente do tratamento prévio com intervenção coronária percutânea (ICP) ou controle clínico. Este estudo de fase 3 é crucial, pois visa avaliar a capacidade do CSL112 em reduzir o risco de eventos cardiovasculares adversos graves (MACE), como morte cardiovascular (CV), infarto do miocárdio (IM) e acidente vascular cerebral, em uma população de pacientes com SCA. O CSL112 é uma intervenção promissora que oferece potencial para melhorar significativamente os desfechos clínicos nesse grupo de pacientes de alto risco. A metodologia rigorosa do estudo, com seu desenho de duplo-cego e randomizado, garante a robustez dos resultados obtidos, proporcionando insights valiosos sobre a eficácia e segurança do CSL112. A colaboração entre instituições de saúde, apoio de organizações como a FEST e o financiamento da CSL Behring LLC destacam o compromisso conjunto em avançar no tratamento da Síndrome Coronária Aguda e melhorar os resultados clínicos para os pacientes. Com a inclusão de centros de pesquisa em todo o país, o Projeto AEGIS está comprometido em recrutar uma ampla gama de pacientes, garantindo a representatividade e a generalização dos resultados. A EBSERH, a FEST e a CSL Behring LLC expressam sua gratidão aos pacientes e investigadores participantes por seu papel vital na condução deste estudo pioneiro. Projeto 923 Texto Vanessa Pianca

905- UFES e ARCELOR MITTAL TUBARÃO iniciam projetos inovadores para aproveitamento de coprodutos siderúrgicos no setor de saneamento

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e a Arcelor Mittal Tubarão, desenvolveu dois projetos inovadores coordenados pelo Prof. Dr. Ricardo Franci Gonçalves, do Departamento de Engenharia Ambiental do Centro Tecnológico da UFES. Esses projetos visam promover a utilização de coprodutos siderúrgicos no setor de saneamento, abordando questões ambientais críticas e propondo soluções sustentáveis. O principal objetivo desses projetos é apoiar a implementação de iniciativas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) que envolvam o aproveitamento de coprodutos siderúrgicos para melhorias no saneamento. Projeto 1: Desfosfatação do Efluente de um Wetlands Francês Este projeto tem como foco a remoção de fósforo e outros poluentes de esgoto sanitário utilizando um sistema de wetlands francês em conjunto com um filtro reativo de escória de aciaria. A meta é avaliar a eficácia desse sistema híbrido em escala piloto. Determinar as cargas hidráulica e orgânica para alcançar a remoção desejada de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e turbidez. Estabelecer as cargas de fósforo no filtro de escória para atingir a qualidade desejada do efluente tratado. Avaliar o desempenho da macrófita Thypha domingensis no crescimento e na manutenção do leito vegetado. Estimar o período de saturação do leito de escória do filtro reativo com fósforo. Será implantado um piloto na ETE Araçás, operada pela Vila Velha Ambiental. O piloto incluirá uma estação elevatória de esgoto, um wetlands francês composto por dois módulos, e um filtro reativo de escória. Diferentes cargas hidráulicas serão testadas ao longo de seis meses. Amostras serão coletadas duas vezes por semana para análise laboratorial de parâmetros como pH, turbidez, DBO, DQO, NTK, Ptotal e E. coli. Projeto 2: Higienização de Lodos de ETEs Este projeto visa desenvolver tecnologias para a higienização de lodos de estações de tratamento de esgoto (ETEs) utilizando resíduos siderúrgicos, com o objetivo de produzir biossólidos classe A para uso agrícola. Problema ambiental emergente e crescente com o aumento de ETEs. Alternativa sustentável e econômica frente às opções de disposição final. Fonte alternativa de nutrientes para plantas, reduzindo a necessidade de fertilizantes minerais. Melhoria da estruturação dos solos, resistência à erosão e qualidade dos recursos hídricos. Potencial aumento da produtividade agrícola e resistência a patógenos. Definir dosagens de resíduos siderúrgicos para higienizar diferentes tipos de lodos. Avaliar a qualidade dos biossólidos produzidos. Testar o desempenho dos biossólidos em culturas agronômicas e florestais. Estudar a viabilidade econômica de uma central de produção de biossólidos. Realizar avaliação do ciclo de vida dos biossólidos produzidos. Os testes de higienização serão realizados inicialmente em escala de bancada na UFES, utilizando lodos fornecidos pela AEGEA e resíduos siderúrgicos da ARCELORMITTAL. Diferentes resíduos, como escória de aciaria e escória de alto forno, serão testados. A qualidade dos biossólidos será avaliada com base em parâmetros como ferro, manganês, cádmio, chumbo, cromo, magnésio, boro, zinco, alumínio e níquel. Ensaios de campo serão realizados em viveiros da UFES e fazendas experimentais do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER). Esses projetos representam um avanço significativo na aplicação de coprodutos siderúrgicos para soluções de saneamento sustentável. A colaboração entre UFES, FEST e Arcelor Mittal Tub.   Texto: Vanessa Pianca Projeto 905