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UFES TEM PROJETO PARA ESTUDAR O PAPEL DE CÉLULAS CITOTÓXICAS SENESCENTES NA LEISHMANIOSE CUTÂNEA

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) possui um projeto de pesquisa intitulado “Avaliação do papel de células citotóxicas senescentes na imunopatologia da leishmaniose cutânea”. Coordenado pelo Prof. Dr. Daniel Cláudio de Oliveira Gomes, do Departamento de Patologia do Centro de Ciências da Saúde, este projeto conta com o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e é financiado pela University College London.

A leishmaniose cutânea (LC) é uma das formas clínicas mais prevalentes da leishmaniose, afetando entre 0,7 e 1,2 milhões de pessoas anualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO). O Brasil está entre os dez países endêmicos, contribuindo significativamente para a incidência global da doença. No Espírito Santo, a espécie L. braziliensi é a principal responsável pelos casos de LC, transmitida pelo vetor Lutzomyia intermedia.

A ausência de métodos profiláticos eficazes e a resistência crescente aos tratamentos medicamentosos tornam a pesquisa em terapias imunológicas uma prioridade. Estas terapias visam potencializar a resposta imune dos pacientes, utilizando leucócitos ou seus produtos para combater a infecção.

O principal objetivo do projeto é entender os mecanismos associados ao desenvolvimento de células citotóxicas terminalmente diferenciadas durante a infecção por L. braziliensis em humanos e seu papel na patogênese da LC. A pesquisa visa também explorar se a manipulação de vias de sinalização intracelulares, como o bloqueio da quinase p38 e do receptor PD-1, pode reverter a disfunção imunológica mediada por células citotóxicas.

  1. Interação e Função das Células Citotóxicas: Avaliar a interação das células citotóxicas altamente diferenciadas (AD) com macrófagos infectados, examinando a expressão de receptores de ativação e inibição, além da capacidade proliferativa e produção de citocinas inflamatórias.
  2. Perfil Fenotípico e Funcional: Investigar o perfil das células citotóxicas nas lesões dos pacientes, comparando-as com amostras de pele saudável. Análises incluirão marcadores de senescência, diferenciação e danos teloméricos.
  3. Via Intracelular de Disfunção: Avaliar a via da MAP-quinase p38 na aquisição de características disfuncionais em células citotóxicas durante a LC. Estudos preliminares já demonstraram aumento significativo da fosforilação de p38 em pacientes com LC.

Este projeto tem o potencial de revolucionar a compreensão da imunopatologia da leishmaniose cutânea, oferecendo insights valiosos para o desenvolvimento de novas terapias e vacinas. A manipulação de vias de sinalização intracelulares para reverter disfunções imunológicas pode abrir caminhos para tratamentos mais eficazes e menos tóxicos, beneficiando milhões de pessoas afetadas pela leishmaniose.

A UFES, em parceria com a FEST e a University College London, reafirma seu compromisso com a pesquisa científica de ponta, buscando soluções inovadoras para problemas de saúde pública. Este projeto representa um passo significativo na luta contra a leishmaniose cutânea, com potencial para transformar vidas e melhorar a saúde global.

Para mais informações, acompanhe as atualizações no site da UFES e nas redes sociais da FEST.

Projeto 932

Texto Vanessa Pianca

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