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Na capital capixaba, um projeto mapeia as áreas de risco para prevenir e prever os impactos para toda a comunidade. O mapeamento e monitoramento das encostas municipais são importantes ferramentas com as quais o poder público pode contar para a avaliação preventiva de situações que podem levar a graves sinistros

Em muitos municípios do país, têm sido frequentes os movimentos de massa capazes de causar prejuízos de alto custo, mortes e pânico às populações – e, infelizmente, não são raros os decretos do estado de calamidade pública. A capital capixaba, Vitória, reúne características físicas e de ocupação que propiciam tais acidentes.

Esse cenário é comum em ambientes montanhosos do meio tropical úmido e está diretamente associado ao processo geológico de evolução natural das encostas, que ocorre tanto em áreas de mata virgem quanto – e principalmente – em áreas urbanas degradadas.

Assim, o Projeto Mapeamento das Áreas de Risco das Encostas do Município de Vitória (Mapenco) surge como uma iniciativa que tem por objetivo avançar nas pesquisas relativas a sistemas de alerta e monitoramento das encostas com foco em disponibilizar dados confiáveis ao poder público para a tomada de decisões em Planos Municipais de Proteção e Defesa Civil (PMPDC). Estes, por sua vez, atuam com a intenção de reduzir as perdas de vidas humanas, os danos materiais e os transtornos sociais e econômicos.

O Projeto atua desde 1995 como uma parceria da Secretaria Municipal de Obras da Prefeitura Municipal de Vitória e da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) com estudos e análises que esclarecem dados importantes que identificam previamente situações que podem levar a graves sinistros, como explica Rodolfo Moreira de Castro Junior.

“Os estudos e análises que são feitos pelo Projeto permitem os registros quanto à localização, à classificação e à caracterização das diversas feições de instabilidade, que podem ser induzidas ou não pela atividade antrópica. Esse tipo de acontecimento pode ser associado a diversos elementos condicionantes, como uso e ocupação do solo, declividade, geologia, características geológico-geotécnicas dos materiais e as condições hidrológicas e climáticas, que possibilitaram a manutenção de um banco de dados de zoneamento de risco”, afirma o professor e coordenador do Projeto.

Como o Projeto Mapenco auxilia na prevenção de deslizamentos de encostas?

O Projeto Mapenco atua na investigação de situações de risco de caráter geológico-geotécnico que auxiliam nas decisões do poder público municipal quanto à prevenção de deslizamentos de encostas.

“A meta do nosso Projeto é avançar nas pesquisas relacionadas a sistemas de gestão de situações de risco, com a implementação e manutenção de dispositivos de alerta e monitoramento de encostas para nortear as ações da administração pública municipal na minimização dos impactos negativos sobre o meio físico e as comunidades. Com isso, espera-se a redução de perdas de vidas humanas, de danos materiais públicos e privados e dos transtornos sociais e econômicos”, comenta Rodolfo.

Projeto 692

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