O projeto de Extensão: “Produção Integrada da Pimenta-do-Reino” trata da elaboração de uma série de ações educativas voltadas para produtores rurais, técnicos e exportadores voltados para melhoria da qualidade de pimenta-do-reino produzida no Espírito Santo.
Esse projeto é vinculado ao Departamento de ciências agrárias e biológicas (DCAB/CEUNES), com gerenciamento administrativo e financeiro da FEST e conduzido em parceria com o Ministério da Agricultura, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper, Cooperativa e Exportadores de pimenta do reino.
O objetivo é qualificar os agentes da cadeia produtiva da pimenta-do-reino produtores rurais, responsáveis técnicos, trabalhadores rurais e exportadores) com enfoque na Norma Técnica específica da produção integrada da pimenta-do-reino, visando melhorar a qualidade da pimenta-do-reino, principalmente no que se refere a qualidade fitossanitária e microbiológica.
O presente projeto justifica-se porque várias são as fontes que podem levar à contaminação da pimenta-do-reino por Salmonella spp. e outras bactérias de origem fecal.
Pois na etapa de cultivo, é prática rotineira a adubação orgânica das plantas, pelo uso do esterco de galinha ou esterco de curral. Sabe-se que enterobactérias potencialmente patogênicas são contaminantes usuais do esterco, principalmente quando ele não é adequadamente comportado.
Fontes adicionais de contaminação direta ou indireta da pimenta-do-reino por patógenos seriam o manuseio em condições inadequadas de higiene e o contato com equipamentos ou utensílios não-sanitizados de forma adequada. Finalmente, não pode ser esquecida a possibilidade de contaminação cruzada pelo manuseio das espigas ou dos grãos por trabalhadores que anteriormente entraram em contato direto com o esterco.
Estas considerações realçam a necessidade e importância da adoção de medidas de Boas Práticas Agrícolas-BPA a nível de cultivo e em todo o sistema produtivo, minimizando a possibilidade de contaminação da pimenta-do-reino por salmonelas, Escherichia coli enterovirulenta, Shigella spp, vírus e parasitos, que são microrganismos de presença usual em matéria de origem fecal.
Além disso, pensando no impacto econômico e social para o país caso haja restrição à importação de pimenta-do-reino brasileira pela União Europeia (US$ 65mi em 2018 – 33% do total exportado pelo Brasil) e seguida por outros países importadores, o presente projeto propõe, de forma objetiva, adoção de tecnologias, melhoria da gestão da base produtiva, conservação dos recursos naturais e agregação de valor, através da adequação ao programa oficial de produção integrada, fomentando o acesso à conhecimentos que poderão, em curto prazo, melhorar o prognóstico para o agronegócio exportador da pimenta-do-reino frente a um mercado global cada vez mais exigente em qualidade, sustentabilidade ambiental, social e econômica e produtos sadios, rastreáveis e certificados.
Projeto 958
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