FEST – Fundação Espírito-santense de Tecnologia

1296- UFES e FEST unem forças para eliminar a infecção materno-fetal por Treponema pallidum no Espírito Santo

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), iniciou um novo projeto de extensão que tem como foco a eliminação da infecção materno-fetal por Treponema pallidum, bactéria causadora da sífilis congênita. Intitulado “Estratégia de busca ativa para eliminação da infecção materno-fetal por Treponema pallidum em municípios selecionados do estado do Espírito Santo”, o projeto é coordenado pelo professor Dr. Crispim Cerutti Junior, do Departamento de Saúde Coletiva do Centro  Ciências da  Saúde da UFES. O objetivo central da iniciativa é fortalecer as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis em gestantes e recém-nascidos, contribuindo para a erradicação da transmissão vertical da doença , ou seja, de mãe para filho durante a gestação. A proposta prevê a implementação de estratégias de busca ativa, por meio da articulação entre os serviços de saúde municipais e ações educativas junto às comunidades envolvidas. Entre as atividades planejadas estão oficinas, rodas de conversa, capacitações de profissionais de saúde e monitoramento de casos, sempre com foco na promoção da saúde materno-infantil e na redução das desigualdades no acesso ao diagnóstico e ao tratamento. O projeto também está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), especialmente o ODS 3, que visa assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos em todas as idades, e o ODS 5, que busca alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Para o coordenador, professor Dr. Crispim Cerutti Junior, “a busca ativa é uma estratégia essencial para quebrar o ciclo de transmissão da sífilis. Ela permite que identifiquemos precocemente as gestantes infectadas, garantindo tratamento oportuno e prevenindo complicações graves tanto para a mãe quanto para o bebê.” Com o apoio da FEST, o projeto reforça o compromisso da Universidade com o desenvolvimento científico e social do Espírito Santo, promovendo uma integração efetiva entre ensino, pesquisa e extensão em prol da saúde pública. Texto: Vanessa Pianca

1327- FEST e UFES avançam em pesquisa sobre produção de metanol verde com uso de plasma

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) apoia um novo projeto inovador desenvolvido pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), intitulado “Rota de Produção de Metanol Verde usando a Reforma a Seco via Plasma”. O trabalho integra um Termo de Cooperação com a Petrobras, voltado à realização de testes experimentais que utilizam uma tocha de plasma para promover a reforma a seco do gás natural (GN) com dióxido de carbono (CO₂), processo que busca aumentar a eficiência energética e reduzir impactos ambientais. O principal objetivo é determinar o rendimento na conversão do GN e CO₂ em gás de síntese (H₂ e CO) (base para a produção de metanol verde), e em material carbonoso, quando desejável. A pesquisa pretende contribuir para o desenvolvimento de tecnologias limpas e sustentáveis, alinhadas aos compromissos globais de descarbonização e transição energética. O projeto é coordenado pelo professor Dr. Alfredo Gonçalves Cunha, do Departamento de Física do Centro de Ciências Exatas (CCE) da UFES, e está estruturado em três eixos principais: Desenvolver técnicas de monitoramento em tempo real do comportamento da erosão dos eletrodos da tocha de plasma; Determinar a vida útil dos eletrodos de cobre e zircônio, buscando aumentar o tempo de operação e reduzir custos; Otimizar as condições de operação do reator, com foco na obtenção de um gás de síntese de alta qualidade, rico em hidrogênio (H₂) e monóxido de carbono (CO), minimizando a formação de carbono sólido. Além disso, o projeto contempla a caracterização das amostras sólidas para definir as melhores proporções entre as vazões de GN e CO₂ e as condições operacionais que maximizem o valor agregado ao carbono obtido. Também serão testadas diferentes configurações de ânodo, visando explorar novas aplicações do reator a plasma, e será realizada uma análise de impacto do uso do plasma na rede elétrica, considerando a integração segura e eficiente dessa tecnologia. Para o coordenador do projeto, prof. Dr. Arnaldo Leal Júnior, a iniciativa representa um avanço estratégico para o desenvolvimento de soluções energéticas sustentáveis no país: “Nosso objetivo é contribuir para a criação de rotas tecnológicas que utilizem o gás natural e o CO₂ de forma mais inteligente e menos poluente. O uso do plasma como agente de conversão nos permite alcançar resultados com alta eficiência energética e menor impacto ambiental, aproximando a pesquisa da UFES das demandas reais da indústria e da transição para uma economia de baixo carbono.” Com essa iniciativa, a UFES e a FEST reforçam sua atuação conjunta em projetos estratégicos que unem ciência, inovação e sustentabilidade, contribuindo para o avanço da pesquisa em rotas alternativas de produção de combustíveis limpos e para o fortalecimento da transição energética no Brasil. Projeto: 1327 Texto: Vanessa Pianca

1275- FEST firma nova parceria com a Petrobras para modernizar infraestrutura laboratorial da UFES

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) acaba de firmar um novo termo de cooperação com a Petrobras para a execução do “Projeto de Infraestrutura Laboratorial dos Equipamentos de Caracterização e Reforma de Equipamentos do Laboratório de Plasma Térmico”, coordenado pelo Prof. Dr. Alfredo Gonçalves Cunha, do Departamento de Física do Centro de Ciências Exatas (CCE) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O projeto tem como objetivo melhorar a infraestrutura de caracterização das amostras produzidas nos testes com reforma a seco do metano (CH₄) com plasma de CO₂, por meio da aquisição de equipamentos de última geração, modernização de sistemas laboratoriais e recuperação de estruturas desgastadas pelo tempo. Entre as principais ações previstas estão: Aquisição de novos equipamentos de caracterização dos produtos obtidos nos testes; Recuperação da infraestrutura do Laboratório de Plasma Térmico, garantindo condições adequadas de operação; Preparação para o uso de uma nova fonte de plasma de 400 (±50) kW, ampliando a capacidade experimental do laboratório; Caracterização detalhada das amostras sólidas, com o objetivo de definir parâmetros operacionais que maximizem o valor agregado ao carbono sólido produzido; Instalação de um osciloscópio e de um espectrômetro ótico, permitindo o desenvolvimento de técnicas de monitoramento em tempo real do plasma e da erosão dos eletrodos da tocha. De acordo com o coordenador do projeto, Prof. Alfredo Gonçalves Cunha, essa iniciativa representa um avanço significativo para a pesquisa científica e tecnológica na UFES: “Com essa parceria, teremos condições de aprimorar os experimentos de reforma de metano e ampliar o potencial do laboratório para investigações com plasma de alta potência. Isso fortalece nossa capacidade de gerar conhecimento aplicado e soluções inovadoras em energia e sustentabilidade.” A FEST é responsável pela gestão técnico-administrativa e financeira do projeto, garantindo o suporte necessário para o bom andamento das atividades, desde a aquisição de equipamentos até a execução das etapas de pesquisa. A nova cooperação reforça o compromisso da Fundação com o desenvolvimento científico e tecnológico capixaba: O projeto terá vigência de setembro de 2025 a agosto de 2027, consolidando um importante marco na modernização da infraestrutura laboratorial da UFES e na ampliação das possibilidades de pesquisa com tecnologias de plasma térmico. Projeto: 1275 Texto: Vanessa Pianca

1277- Show de Química um projeto da UFES com apoio da FEST

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) uniram forças para apoiar um dos mais emblemáticos e inspiradores projetos de divulgação científica do país: o Show de Química. Coordenado pelo professor Dr. Honério Coutinho de Jesus, do Departamento de Química do Centro de Ciências Exatas da UFES, o projeto tem como objetivo tornar o ensino da química mais acessível, dinâmico e encantador, despertando o interesse pela ciência em estudantes e professores de todo o Brasil. Criado originalmente em 1992, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o Show de Química foi registrado como projeto de extensão da UFES em 1996 e, desde então, vem levando experiências visuais e interativas a escolas, feiras e eventos científicos. Com mais de 230 apresentações realizadas, o projeto é reconhecido por unir conhecimento, entretenimento e experimentação de forma lúdica e envolvente. Entre os destaques das atividades estão as demonstrações ao vivo, que mostram reações químicas coloridas, luminosas e até explosivas — tudo com segurança e rigor técnico —, além de oficinas de capacitação para professores e o desenvolvimento de kits experimentais com mais de 250 experiências possíveis. O projeto também conta com o Almanaque Show de Química, publicação que reúne experimentos, curiosidades e explicações acessíveis para todos os públicos. Para o professor Honério Coutinho de Jesus, o apoio da FEST representa uma nova fase de crescimento e consolidação do projeto: “A parceria com a FEST fortalece nossa missão de aproximar a universidade da sociedade”. O Show de Química nasceu para despertar o brilho nos olhos dos estudantes e mostrar que a ciência está presente em tudo ao nosso redor. Agora, com o apoio institucional da Fundação, poderemos ampliar o alcance das ações e inspirar ainda mais jovens pelo Espírito Santo e pelo Brasil”, destaca o coordenador. Com o suporte da FEST, o Show de Química ampliará suas ações de extensão e divulgação científica, levando o encantamento da química a novos públicos e contribuindo para a formação de professores e estudantes mais curiosos, críticos e apaixonados pela ciência. A iniciativa reforça o compromisso da UFES e da FEST com o desenvolvimento científico e tecnológico do Espírito Santo, ao investir em projetos que unem educação, inovação e cidadania. Projeto 1277 Texto: Vanessa Pianca

996- UFES e FEST desenvolvem novas técnicas de bioimpressão 4D para aplicações na área da saúde

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) apoia mais um projeto inovador da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), coordenado pelo Professor Dr. Arnaldo Leal Junior, do Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Tecnológico. O projeto, intitulado “Novas técnicas de bioimpressão 4D em materiais avançados opticamente ativos: adicionando forma e função em tecnologias habilitadoras na área de saúde (OPTPRINT4D)”, é financiado pelo MCTI/FINEP, no âmbito da linha de apoio a Materiais Avançados e Minerais Estratégicos. Com duração de 36 meses, a iniciativa tem como propósito desenvolver tecnologias inovadoras baseadas em bioimpressão 4D, ampliando as fronteiras da engenharia biomédica e da manufatura de dispositivos voltados ao cuidado com a saúde. A pesquisa busca criar materiais biocompatíveis, biodegradáveis e responsivos a estímulos ópticos, possibilitando novas formas e funções em dispositivos médicos inteligentes. Entre as principais metas do projeto estão: o desenvolvimento de curativos inteligentes capazes de liberar medicamentos e monitorar o processo de cicatrização em tempo real; a criação de sistemas vestíveis transparentes para o monitoramento remoto de parâmetros fisiológicos, hormonais e imunológicos; e o desenvolvimento de músculos e tendões artificiais fotônicos, aplicáveis em robôs vestíveis orgânicos voltados à reabilitação e assistência de movimentos. De acordo com o professor Arnaldo Leal Junior, o projeto representa um avanço significativo na integração entre engenharia, ciência dos materiais e tecnologia da saúde. “Nosso objetivo é transformar o conhecimento científico em soluções práticas e acessíveis, que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população e para o fortalecimento da pesquisa em saúde no Brasil”, destaca o coordenador. A proposta também contempla etapas de validação de protótipos com voluntários, além de ações de transferência de tecnologia e inovação em parceria com empresas e instituições públicas. Assim, o OPTPRINT4D reforça o compromisso da UFES e da FEST com a produção científica de excelência e com o desenvolvimento de soluções sustentáveis e socialmente relevantes. Projeto: 996 Texto: Vanessa Pianca

967-UFES e FEST desenvolvem soluções sustentáveis para engenharia civil com resíduos da mineração e siderurgia

Com o objetivo de transformar desafios ambientais em oportunidades tecnológicas, a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), com apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), desenvolve o projeto “Desenvolvimento de Soluções Sustentáveis para Engenharia Civil com Uso de Resíduos de Mineração e Siderurgia”. A iniciativa busca consolidar o uso de coprodutos siderúrgicos, especialmente os gerados pela ArcelorMittal Tubarão, na produção de materiais aplicáveis em obras de engenharia civil. O projeto é coordenado pelo professor Dr. Patrício José Moreira Pires, do Departamento de Engenharia Civil do Centro Tecnológico, e conta com a participação de pesquisadores, mestrandos e alunos de graduação do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFES. A FEST é responsável pela gestão administrativa e financeira do projeto. A proposta tem como foco o aproveitamento de escórias e outros coprodutos da siderurgia como substitutos de materiais naturais em aplicações como pavimentação, concreto e argamassas. A pesquisa se desdobra em cinco subprojetos principais, que avaliam desde o comportamento mecânico e ambiental desses materiais até a sua eficiência técnica em diferentes composições construtivas. Entre as linhas de investigação estão: Efeito da expansão de misturas com escórias em aterros; Avanços na dosagem de microrevestimentos asfálticos; Produção de camadas porosas de atrito (CPA) com escória LD; Análise do ciclo de vida da aplicação de coprodutos siderúrgicos em pavimentos; Uso da escória como aditivo expansor em argamassas de alto desempenho. Essas pesquisas buscam não apenas soluções técnicas eficientes, mas também reduzir o impacto ambiental da indústria siderúrgica, ao promover a reutilização de resíduos e diminuir a necessidade de extração de recursos naturais. Segundo o professor Patrício Pires, o projeto reforça o papel da universidade na inovação sustentável e na integração entre ciência e indústria: “Estamos desenvolvendo conhecimento aplicado, que contribui diretamente para a sustentabilidade e para o avanço tecnológico da engenharia civil. A parceria com a FEST é fundamental para viabilizar esse trabalho de forma estruturada e eficiente.” O projeto, com execução prevista até 2024, reafirma o compromisso da UFES e da FEST em promover a pesquisa científica voltada à sustentabilidade, transformando resíduos industriais em materiais de alto valor agregado para o setor da construção civil.

1367 – Vitória recebe encontro internacional sobre Saúde e Meio Ambiente na UFES, às vésperas da COP 30

Quando partículas finas no ar, mudanças climáticas e perda de serviços ecossistêmicos passam a ser tema de saúde pública, a ciência e a sociedade precisam conversar. É essa ponte que o 1st International Meeting of Biological and Health Sciences (IBHS) constrói, de 29 a 31 de outubro, no Teatro Universitário da UFES, em Vitória. Promovido pela Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), o evento reúne especialistas do Brasil e do exterior para conectar evidências científicas a decisões que impactam diretamente o dia a dia da população. A sessão de abertura, no dia 29 de outubro, contará com duas conferências de destaque sobre saúde humana e mudanças climáticas, ministradas pelo médico patologista Dr. Paulo Saldiva (USP), membro da Academia Brasileira de Ciências e referência internacional em poluição atmosférica e saúde, e pela jurista Dra. Carla Amado Gomes (Universidade de Lisboa), pesquisadora de renome em Direito Ambiental com longa interlocução com o Brasil. Juntas, as palestras apresentam um panorama atual dos riscos, das oportunidades e dos direitos envolvidos na proteção à saúde em um planeta que aquece rapidamente. Ao longo de três dias, a programação do IBHS incluirá simpósios, comunicações orais, pôsteres e minitalks sobre temas como exposição ambiental e biomarcadores; equidade em saúde; potenciais bioativos naturais e inovação sustentável; e integração entre fisiologia, toxicologia e terapêutica em doenças cardiorrespiratórias. O evento contará com a participação de pesquisadores de instituições de ponta do Brasil e de centros da Europa, América do Norte e Oceania, reforçando seu caráter colaborativo e internacional. Multidisciplinar por concepção, o IBHS é resultado do consórcio entre os Programas de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas e em Ciências Fisiológicas do Centro de Ciências da Saúde da UFES, com sessões majoritariamente em português e parte em inglês. Voltado a estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores e profissionais das Ciências da Saúde, Ambientais e Sociais, o encontro promove atualização, troca de experiências e a formação de redes de cooperação científica. Às portas da COP 30, o IBHS posiciona Vitória no circuito de debates que aproximam ciência, saúde, políticas públicas e justiça ambiental, fortalecendo o compromisso da FEST em apoiar iniciativas que integram conhecimento científico e impacto socioambiental. Serviço 📍 Evento: 1st International Meeting of Biological and Health Sciences (IBHS) 🎯 Tema: Saúde e Meio Ambiente 📅 Data: 29 a 31 de outubro de 2025 🏛️ Local: Teatro Universitário da UFES (Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, Vitória-ES) 🌐 Site oficial: ibhs.eventize.com.br 📸 Instagram: @ibhs_oficial 📧 Contato: organization.ibhs@gmail.com Texto: Vanessa Pianca Projeto: 1367

1062- Residência Tecnológica em Siderurgia forma profissionais para inovação na indústria capixaba

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) apoia o projeto “Programa de Residência Tecnológica em Siderurgia (PRETESI): Se Desenvolver para Inovar na Indústria”, vinculado ao Departamento de Engenharia Mecânica do Centro Tecnológico da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Coordenado pelo professor Dr. Marcio Ferreira Martins, o projeto tem duração prevista até abril de 2026 e é financiado pela ArcelorMittal Tubarão. O PRETESI tem como principal objetivo selecionar e capacitar estudantes dos cursos de Engenharia Mecânica e Ambiental da UFES, promovendo uma formação técnica e profissional voltada ao setor siderúrgico. Por meio de bolsas de estudo, taxa de bancada e atividades de imersão profissional, o programa busca preparar jovens engenheiros para atuar com excelência e inovação no mercado industrial. De acordo com o professor Marcio Martins, o programa fortalece a integração entre universidade e indústria, contribuindo para o desenvolvimento de soluções tecnológicas e sustentáveis para desafios reais do setor. “Além de formar profissionais qualificados, o PRETESI estimula a pesquisa aplicada e a criação de novos produtos e processos, com potencial de impacto positivo na economia e na sustentabilidade ambiental”, explica. Entre os resultados esperados estão o aumento da empregabilidade dos participantes, a geração de novos contratos e convênios com empresas parceiras e a manutenção da infraestrutura laboratorial da UFES, especialmente do Laboratório de Fenômenos de Transporte Computacional (LFTC), onde são realizadas as principais atividades do projeto. O laboratório dispõe de computadores de alto desempenho, clusters de processamento paralelo e softwares de uso industrial, o que garante aos estudantes uma formação alinhada às demandas tecnológicas do setor produtivo. Com o apoio da FEST, o projeto conta com gestão administrativa e financeira eficiente, assegurando o cumprimento dos prazos e a transparência na aplicação dos recursos. A Fundação é responsável pela execução de serviços, aquisições e contratações necessárias para o bom andamento das atividades. O PRETESI representa uma importante iniciativa de estímulo à inovação, aproximando a academia das demandas da indústria e contribuindo para a formação de profissionais preparados para os desafios da siderurgia moderna. Projeto: 1062 Texto: Vanessa Pianca

1225- Estudos de Incrustação Carbonática em Sistemas Pressurizados: Projeto da UFES e Petrobras Avança Pesquisa Inovadora

O projeto coordenado pelo Prof. Dr. Bruno Venturini Loureiro do Departamento de Engenharia Mecânica do Centro Tecnológico da UFES, está realizando avanços na área de incrustação carbonática em sistemas pressurizados, com o apoio da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e Petrobras. Essa pesquisa é pioneira no estudo das complexas interações que ocorrem entre a incrustação de carbonato de cálcio (CaCO3), óleo e o dióxido de carbono (CO2) em ambientes de alta pressão e temperatura, simulando condições encontradas em poços petrolíferos. Desde 2012, o tema da incrustação carbonática vem sendo estudado na UFES. O fenômeno ocorre quando o CaCO3 precipita e se deposita nas paredes de tubulações, válvulas e outros equipamentos, reduzindo a eficiência de operações de extração de petróleo e aumentando os custos de manutenção. Embora a termodinâmica da precipitação de carbonato de cálcio seja bem compreendida em condições padrão (25°C e 1 atm), pouco se sabe sobre o comportamento do CaCO3 em condições extremas, com injeção de CO2 e presença de óleo. A pesquisa visa suprir essa lacuna de conhecimento, explorando as influências do CO2, da fase oleosa, da temperatura, de íons como sulfato e magnésio, e até do efeito de campos magnéticos no processo de incrustação. O estudo possui uma série de objetivos específicos, como: Adequar a unidade experimental do reator pressurizado para executar experimentos com emulsões óleo-água; Desenvolver metodologias para o preparo de emulsões água-óleo em sistemas pressurizados; Compreender o polimorfismo do carbonato de cálcio na presença de óleo e quantificar a incrustação em cupons metálicos; Investigar o efeito de campos magnéticos na formação de incrustações em sistemas pressurizados com óleo e CO2; Estudar as taxas de incrustação em diferentes vazões e regimes de escoamento, identificando fatores que influenciam a formação e aderência de cristais de CaCO3. O projeto envolve o uso de dois protótipos experimentais que simulam condições reais de poços petrolíferos, permitindo testes controlados para estudar a incrustação em ambientes pressurizados. Esses sistemas operam em até 100 bar de pressão e 90°C de temperatura, com a possibilidade de injeção de CO2 e controle preciso da salinidade e composição química. Desde 2021, a necessidade de estudar a fase oleosa marcou uma nova fase do projeto, com o desenvolvimento de uma unidade experimental patenteada entre a UFES e a Petrobras. Nos experimentos iniciais, observou-se a predominância da forma aragonita do carbonato de cálcio, ao invés das formas calcita e vaterita, com maior interação com o óleo, um fenômeno ainda não bem documentado na literatura científica. Outro aspecto relevante é a investigação sobre a molhabilidade do carbonato de cálcio – a capacidade de o CaCO3 ser molhado por água ou óleo, dependendo da polaridade de sua superfície. Isso é crucial para entender como o CaCO3 interage com o óleo em ambientes reais de poços petrolíferos. Além disso, o projeto também explora o uso de campos magnéticos para mitigar a formação de incrustações. A hipótese é que o campo magnético pode influenciar a formação de cristais, reduzindo a aderência deles às superfícies metálicas dos equipamentos. O estudo busca gerar uma série de resultados inovadores, como: Avaliar a influência do CaCO3 na estabilidade de emulsões água-óleo; Compreender o polimorfismo do carbonato de cálcio na presença de óleo; Investigar o efeito de campos magnéticos na incrustação em sistemas pressurizados; Quantificar a incrustação em diferentes regimes de escoamento. Contribuições para o Setor Petrolífero Os resultados desse estudo têm o potencial de impactar diretamente o setor de extração de petróleo. Ao compreender melhor os mecanismos de incrustação em condições extremas, será possível desenvolver estratégias mais eficazes para prevenir e mitigar a formação de incrustações, aumentando a eficiência e a segurança das operações em poços petrolíferos. O projeto reafirma o compromisso da UFES em promover inovações científicas e tecnológicas que atendam às necessidades da indústria, colaborando com parceiros estratégicos, como a Petrobras e a FEST, para enfrentar desafios tecnológicos complexos. A pesquisa coordenada pelo Prof. Dr. Bruno Venturini Loureiro é um exemplo de como a ciência aplicada pode fornecer soluções para problemas reais da indústria petrolífera, com potencial para reduzir custos e otimizar processos de extração de petróleo em ambientes extremos. O trabalho desenvolvido promete contribuir significativamente para o entendimento e mitigação da incrustação carbonática, um dos principais desafios operacionais na indústria de óleo e gás

1174- Projeto da FEST e UFES visa estimar consumo de sal em crianças e adolescentes

Um novo projeto de pesquisa iniciado em Vitória, Espírito Santo, está buscando entender e quantificar o consumo de sal em crianças e adolescentes, visando fornecer dados fundamentais para a saúde pública. A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), em colaboração com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), deu início à coleta de dados para o projeto, que tem como objetivo validar as equações de Tanaka e Kawasaki para estimar o consumo de sal nessa faixa etária. O Prof. Dr. José Geraldo Mill, Departamento de Clínica Médica, no Centro de Ciências da Saúde, destacou a importância dessa iniciativa: “A falta de estudos sobre o consumo de sódio em crianças e adolescentes é uma lacuna que precisa ser preenchida. Este projeto não só fornecerá dados cruciais para entender os hábitos alimentares nessa faixa etária, mas também ajudará a estabelecer padrões de referência que poderão ser aplicados em todo o país.” A pesquisa, realizada em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria Municipal de Educação (SEME) de Vitória, tem como base a preocupação com a qualidade da dieta da população brasileira, que muitas vezes é caracterizada por um alto consumo de sódio e baixo de potássio. Essa dieta inadequada pode levar ao desenvolvimento de doenças crônicas, como hipertensão e obesidade, ressaltando a importância de medidas preventivas. O projeto prevê a inclusão de 720 crianças e adolescentes, entre 6 e 17 anos, de ambos os sexos, inicialmente recrutados em escolas públicas de Vitória. Até o momento, cerca de 60 voluntários já se inscreveram para participar. Os participantes serão submetidos a uma série de exames na Clínica de Investigação Cardiovascular da UFES, incluindo eletrocardiograma, pressão arterial e composição corporal, além de responderem a questionários sobre seus hábitos alimentares. Um dos pontos-chaves do projeto é a coleta de urina durante 24 horas de cada participante, o que permitirá medir o consumo de sódio e potássio, além de fornecer informações importantes sobre o funcionamento dos rins e do coração. Esses dados serão cruciais para entender melhor os padrões de consumo de sal nessa faixa etária e suas implicações para a saúde. O Prof. Dr. Mill ressaltou a importância de cuidar da saúde das crianças desde cedo: “Muitas doenças crônicas têm origem na infância ou até mesmo antes do nascimento. Por isso, é fundamental entender e promover hábitos alimentares saudáveis desde cedo, para prevenir problemas futuros.” O Ministério da Saúde está comprometido em criar um ambiente mais propício para uma alimentação saudável em toda a população, e iniciativas como essa são essenciais para alcançar esse objetivo. Ao estabelecer referenciais de consumo para diferentes segmentos da população, como está sendo feito com esse projeto em Vitória, espera-se contribuir para a melhoria da saúde pública no Brasil. Com o apoio da FEST, UFES, SEME e demais parceiros, espera-se que esse projeto forneça insights valiosos para orientar políticas de saúde e promover hábitos alimentares mais saudáveis entre as crianças e adolescentes de Vitória e, potencialmente, de todo o país.   Projeto 1174 Texto Vanessa Pianca