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Com financiamento da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest), o objetivo do projeto é quantificar todas as substâncias contidas dentro dos tanques de processamento e produção de petróleo, desde o momento em que o óleo bruto é extraído da natureza

 

Estamos acostumados a visualizar fibras ópticas todos os dias: no caminho para a casa, ou trabalho, em qualquer lugar da cidade, e até mesmo muitas vezes no campo. Normalmente, elas são usadas apenas para a transmissão de dados em longas distâncias e Internet.

De acordo com um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória, elas podem ser consideradas como um “tubo” de vidro – mais fino que um fio de cabelo, criado para transportar dados em forma de luz e, por isso, podem ser utilizadas para outras funções, como, por exemplo, a melhoria do processamento de separação de óleo e água durante a extração do petróleo.

No projeto “Fibra Óptica na Medição de Nível e de Interface Água-Óleo em Tanques de Produção”, com gestão da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest), a ideia é aproveitar algumas informações embutidas nessa luz para que sejam medidas a pressão, temperatura, vibrações mecânicas e até mesmo ondas sonoras.

De acordo com o coordenador do projeto e professor da Ufes, Anselmo Neto, a pesquisa é uma inovação tecnológica que faz uso das propriedades físicas de uma fibra óptica, tornando-a capaz de se comportar como um sensor de medição de grandezas físicas do meio ambiente.

“O objetivo do estudo é aproveitar a sensibilidade da fibra óptica à pressões e temperaturas, por meio de sistemas de hardware e software especializados, a fim de realizar a medição das diferentes quantidades de substâncias contidas dentro dos tanques de processamento e produção de petróleo do momento em que o óleo bruto é extraído da natureza, misturado em água salgada, areia e gases, até o momento em que o petróleo puro é obtido”, disse.

Com desenvolvimento na Ufes, os testes foram realizados em Aracaju (SE), em um laboratório da Petrobras, que possibilita a simulação da extração real do petróleo. “Um fator competitivo deste novo sistema em relação às atuais soluções de mercado, é que ele é bem mais seguro para ser usado em ambientes inflamáveis (atmosferas explosivas) e o seu custo é menor que a metade do custo dos produtos concorrentes”, acrescentou o professor.

Os benefícios e resultados deste projeto possuem aplicação a todos os estados e cidades em que existam parques de produção e navios plataformas (FPSO), usados na exploração e beneficiamento de petróleo.

Como funciona?

O Perfilador Óptico é um produto desenvolvido pelo projeto, composto por diversos elementos sensores enfileirados e modulares. O mesmo é instalado dentro do tanque de processamento de óleo bruto. Conectado a ele, uma outra fibra óptica transporta os dados das medições de temperatura e pressão até uma sala de operações da Petrobras, na qual, no seu interior, conta com um outro produto, também desenvolvido pelo projeto, chamado de Interrogador Óptico. Este Interrogador converte os dados em informações de níveis de interface e de fluidos do tanque e as apresenta em um formato inteligente aos operadores humanos.

Desenvolvimento

Na Ufes, o projeto é executado dentro do LABTEL (Laboratório de Telecomunicações) da Engenharia Elétrica, nos Laboratórios da Engenharia Mecânica e no NEMOG (Núcleo de Estudos em Escoamento e Medição de Óleo e Gás). E os testes mais robustos foram realizados no Laboratório NEAT (Núcleo Experimental de Atalaia “Engenheiro José Otávio Amaral Baruzzi”), da Petrobras, localizado em Aracaju.

Sobre o projeto

Com financiamento da Petrobrás, execução da Ufes e gestão da Fest, o projeto teve início em setembro de 2018, com duração de três anos. Entretanto, a interrupção das atividades e o fechamento dos laboratórios devido à pandemia da Covid-19, fez com que o projeto fosse prorrogado por mais um ano e, portanto, a sua conclusão ocorrerá em setembro de 2022.

Entre professores pesquisadores, alunos do programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica da Ufes (bolsistas doutorandos, mestrandos e graduandos), técnicos profissionais e parceiros, já se passaram 42 pessoas pelo projeto, das quais 33 são ou foram bolsistas. Nos meses de maior intensidade de trabalho, o projeto teve 18 pesquisadores atuando simultaneamente. E, no momento, em sua reta final, está com 10 pesquisadores ativos.

Fonte: www.agoraes.com.br

Projeto 811

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