Sob gestão da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest), a pesquisa está sendo coordenada por professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
Nomeada como “Modelagem e monitoramento dos poluentes atmosféricos na Região Metropolitana da Grande Vitória para fins da associação entre a qualidade de ar e sintomas de asma em crianças e adolescentes”, o objetivo do projeto de pesquisa é colaborar com a população local que vem sendo atingida por gases industriais, veiculares, residenciais, comerciais, entre outros, a fim de investigar a presença de materiais que possam estar diretamente relacionados ao impacto à saúde.
O estudo está sob coordenação do professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Neyval Costa Reis Junior, graduado em engenharia Mecânica e conta com mestrado e doutorado em Engenharia Ambiental pelo Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade de Manchester.
A pesquisa realiza o monitoramento e modelagem da qualidade do ar, a fim de simular os impactos dos poluentes de uma região. Além disso, analisa os dados individuais laterais do aparelho respiratório e qualidade do ar que vem sendo inserido pelas crianças e adolescentes da região.
De acordo com pesquisa, o processo de poluição está afetando a população há bastante tempo e seus efeitos são agravados pelas mudanças climáticas pelas quais o mundo passa.
Segundo o professor, as partículas na atmosfera são diferentes em tamanho, forma e dimensão.
“A resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente – Conama 03/1990 e o decreto estadual 3463-R/13 apontam quatro tipo de poluentes (PTS, partículas totais de suspensão, que engloba tudo; MP10, que são partículas inaláveis; fumaça, mais ligada à visibilidade do material; e MP2,5, que tem a tendência de ir até aos alvéolos pulmonares e podem até atingir a corrente sanguínea. Elas são mais nocivas e a maioria na atmosfera”, assegurou.
Neyval ainda destacou que os países utilizavam diferentes padrões referenciais para mensurar o valor da deposição de partículas sedimentáveis na atmosfera, mas que em geral variava de 3 a 15 g/m2 por mês.
“Alguns dividem de acordo com a área da cidade. Em Nova Iorque, por exemplo, é de 5 g/m2 na parte residencial e 10 na industrial. Todos os estudos, porém, são relacionados ao incômodo que as pessoas sentem com essa poluição”, disse.
O especialista falou que o inventário oficial, produzido em 2009, apontava quatro fontes de poluição principais: PTS, MP10, MP2,5 e SO2, e que o estudo indicou que a maior parte das partículas mais prejudiciais à saúde da população (MP 2,5) era proveniente de partículas de ressuspensão do ar, que incluiu uma grande variedade de fontes.
Importância
De acordo com o Instituto Internacional de Asma e Alergias na Infância (ISAAC), várias áreas no Brasil contam com a presença de pessoas com asma e rinite alérgica nos mais variados municípios do País, com uma média de 24% e 19%.
Vale salientar que a Asma é a terceiras causas de internação hospitalar e a quarta causa de morte por doenças respiratórias.
Como funciona?
A pesquisa vem sendo realizada em crianças e adolescentes (08 a 14), devido ao percurso realizado por eles entre casa, escola, ruas e ambientes abertos com maior frequência dentro do município de Vitória.
Entretanto, fica a critério do paciente participar ou não da pesquisa e saber os resultados dos exames realizados.
Para aqueles que desejam participar e saber o resultado, será disponibilizado os fatores genéticos que contribuem para contrair a asma.
O objetivo principal de todo trabalho é a divulgação da informação para a conscientização da doença nas Unidades de Saúde do Município de Vitória e em consultórios médicos, onde serão devidamente orientadas informações básicas sobre o projeto, a fim de que seja repassada aos munícipes e, para aqueles que possuem a doença o informativo correto para tratamento e locais.
Benefícios
A partir do momento em que ficarem prontos todos os exames e dependendo do resultado do teste genético, a revisão da leitura / análise de ligação ao alvo pode ser identificado ações potenciais terapêuticas para reduzir ou até mesmo melhorar o tratamento da asma.
Se forem identificadas, e uma consulta com o médico confirmar a segurança e potencial eficácia de tais ações, a informação aos participantes incluirá informação dos resultados e potencial eficácia de tais ações.
Sendo assim, o paciente poderá recorrer aos tratamentos corretos e saber os procedimentos corretos para intervenção da doença e melhorar a qualidade de vida. (Com informações da Assembleia Legislativa do Espírito Santo)
Fonte: www.agoraes.com.br