Projeto
ESTUDO CV-GENES REVELA O IMPACTO DO COMPONENTE GENÉTICO NAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UMA NOVA FRONTEIRA NA SAÚDE BRASILEIRA
15 de maio de 2024
ESTUDO CV-GENES REVELA O IMPACTO DO COMPONENTE GENÉTICO NAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UMA NOVA FRONTEIRA NA SAÚDE BRASILEIRA Na luta contra as doenças cardiovasculares, um novo e significativo capítulo está sendo escrito no Brasil. Trata-se do Estudo CV-Genes, que visa determinar a participação do componente genético na incidência de infarto do miocárdio na população brasileira. O estudo é patrocinado pelo Ministério da Saúde e coordenado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo. Como é um estudo de grande porte (3.800 participantes foram incluídos), que precisa ter representatividade da população brasileira como um todo, o projeto conta com 38 centros colaboradores distribuídos em 22 estados do Brasil. Um destes centros é o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que estabeleceu contrato de parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) para apoio administrativo ao projeto. No Hucam, o projeto é liderado pelo Prof. Dr. José Geraldo Mill, Departamento de Ciências Fisiológicas do Centro de Ciência da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e conta com o apoio da equipe de emergência que atende às pessoas com infarto. O estudo, intitulado “Avaliação do Impacto do Componente Genético como Fator de Risco para Doença Cardiovascular Aterosclerótica na População Brasileira”, busca entender a relação entre a predisposição genética e fatores ligados ao estilo de vida, como alimentação, tabagismo e exercício físico, no aparecimento do infarto. Determinar o peso de cada um desses fatores no contexto da população brasileira é o principal objetivo do CV-Genes. Com esses dados em mãos, será mais fácil adotar políticas de prevenção da doença para a população geral. Estudos similares já existem em outros países, como no Reino Unido. Entretanto, a população brasileira é uma das mais miscigenadas do mundo, resultante da mistura de indígenas, negros africanos, europeus e asiáticos que vieram ao longo dos séculos. Essa diversidade genética única torna essencial a realização de estudos genéticos no Brasil para que suas conclusões sejam aplicáveis à nossa população. As doenças cardiovasculares representam uma das maiores ameaças à saúde global, sendo responsáveis por um número alarmante de mortes a cada ano. No Brasil, os dados são igualmente preocupantes, com cerca de 300 mil óbitos por infarto do miocárdio a cada ano, sendo a doença que mais mata no país atualmente. Projeções apontam para um aumento substancial nesses números até 2040, destacando a urgência de intervenções eficazes. Dr. José Geraldo Mill, coordenador da pesquisa, ressalta: “A inclusão de pacientes já foi encerrada em todo o Brasil. No Hucam, incluímos 161 participantes, sendo 97 pacientes com infarto atendidos no hospital. Os demais são os ‘controles’, isto é, pessoas do mesmo sexo e faixa etária dos infartados, mas que nunca tiveram angina de peito, não colocaram stent e não foram acometidos de infarto. O trabalho atual é a ‘leitura’ do DNA dos cerca de 3.800 participantes para encontrar os polimorfismos (traços genéticos) específicos do grupo com infarto. Com o mapa genético dos dois grupos, será possível construir um escore de risco genético para infarto em qualquer indivíduo.” Além dos Fatores Tradicionais: O Papel da Genética nas Doenças Cardiovasculares Embora fatores como tabagismo, diabetes e hipertensão sejam bem conhecidos como impulsionadores das doenças cardiovasculares, o estudo CV-Genes amplia o escopo, investigando o papel dos componentes genéticos nesse contexto. Através da análise do perfil genético de pacientes com doença cardiovascular aterosclerótica, o estudo visa determinar a fração de risco atribuível à genética, ajustando-a para fatores comportamentais e fenotípicos. O estudo CV-Genes não apenas lança luz sobre a complexa interação entre genética e doenças cardiovasculares, mas também promove a visão da medicina de precisão. Ao fornecer uma compreensão mais profunda da predisposição genética dessas condições, abre-se um novo horizonte de prevenção e tratamento personalizados. Isso é particularmente significativo no contexto brasileiro, onde o Projeto Genomas Brasil está pavimentando o caminho para a integração da genômica na saúde pública. O estudo aborda uma amostra significativa de casos e controles, abrangendo diversas regiões do Brasil e utilizando métodos de coleta de dados avançados. A análise genômica será realizada em parceria com o Grupo Fleury, visando identificar polimorfismos associados às doenças cardiovasculares e correlacioná-los com fatores fenotípicos e comportamentais. À medida que o Estudo CV-Genes avança, espera-se que suas descobertas não apenas informem estratégias de prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares, mas também alimentem políticas de saúde pública mais eficazes. Com dados sólidos e uma abordagem integrativa, o estudo está preparado para desempenhar um papel transformador na saúde cardiovascular da população brasileira. O Estudo CV-Genes representa um marco significativo na jornada contínua para compreender e combater as doenças cardiovasculares. À medida que o conhecimento avança e as fronteiras da medicina se expandem, a esperança de um futuro mais saudável para todos se torna cada vez mais tangível. Projeto 1005 Texto: Vanessa Pianca
MISSÃO TECNOLÓGICA DE ECONOMIA DO MAR E CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA ATIVIDADE PESQUEIRA NO LITORAL DO ESPÍRITO SANTO
9 de maio de 2024
MISSÃO TECNOLÓGICA DE ECONOMIA DO MAR E CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA ATIVIDADE PESQUEIRA NO LITORAL DO ESPÍRITO SANTO Nesta quarta-feira (08), foi realizada reunião com o Ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, juntamente com o Reitor da Universidade Federal do Espírito Santo, Professor Doutor Eustáquio Vinicius Ribeiro de Castro; a Professora Doutora Cristina Engel de Alvarez, Pró-Reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UFES; o Professor e Pesquisador Dr. Maurício Hostim; o Professor Doutor Armando Biondo Filho, Superintendente da FEST; e Patrícia Bourguignon, Gerente de Projetos da FEST para tratarmos dos assuntos inerentes a economia do mar e caracterização socioeconômica de atividade pesqueira no litoral do Espírito Santo com o objetivo para alavancar parcerias entre a Universidade, FEST e Ministério da Pesca e Aquicultura. Em uma iniciativa conjunta entre a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (FEST), o Programa de Monitoramento e Caracterização Socioeconômica da Atividade Pesqueira no Litoral Norte do Estado do Espírito Santo vem se ressaltando como um ponto crucial na compreensão e gestão da pesca no Estado. O Programa tem como objetivo geral analisar a dinâmica da pesca, monitorando e caracterizando a atividade pesqueira das frotas capixabas nos portos de desembarque do litoral do Espírito Santo. Para alcançar esse propósito, são trabalhados o levantamento de informações sobre a produção da pesca extrativa, a caracterização das embarcações pesqueiras, a identificação dos aparelhos de pesca utilizados, entre outros. Os resultados incluem a coleta, verificação e armazenamento de dados de produção pesqueira, a manutenção de um banco de dados informatizado público, a elaboração de boletins estatísticos anuais e a atualização de um painel itinerante da atividade pesqueira no litoral do Espírito Santo. A UFES com apoio da FEST possui um histórico sólido nessa área, com o Programa de Estatística Pesqueira no Litoral Capixaba sendo desenvolvido desde 2010 pelo Laboratório de Estatística Pesqueira (LABPESCA), coordenado pelo Dr. Maurício Hostim. Esse programa, estabelecido por meio de acordo de cooperação entre o Ministério da Pesca e Aquicultura e a UFES, realizou um levantamento abrangente em 23 portos de descarga pesqueira no litoral capixaba entre abril de 2011 e março de 2012. Atualmente, a UFES mantém um convênio de cooperação técnica com diversas instituições, incluindo o Instituto de Pesca (SP), a FEST e a Fundepag, com apoio financeiro da Fundação Renova. O projeto de monitoramento e caracterização da atividade pesqueira no Rio Doce e litoral do Espírito Santo, iniciado em março de 2020, já realizou aproximadamente 25.000 entrevistas com pescadores, além de outras atividades fundamentais para compreensão da atividade pesqueira na região. Patrícia Bourguignon, Gerente de Projetos da FEST, ressaltou a importância desse trabalho para as comunidades pesqueiras, afirmando: “Este projeto vem se tornando uma referência para as lideranças no estado do Espírito Santo. É essencial garantir um aporte financeiro para a continuidade das atividades e a manutenção dos benefícios que ele traz para as comunidades locais assim como para a economia do Estado do Espírito Santo e para o país.” Com um compromisso contínuo com a pesquisa, o monitoramento e o apoio às comunidades pesqueiras, o Programa de Monitoramento e Caracterização Socioeconômica da Atividade Pesqueira do Estado do Espírito Santo destaca-se como uma iniciativa essencial para a gestão sustentável dos recursos pesqueiros e o desenvolvimento socioeconômico da região.
ASSINADO ACORDO PARA DESENVOLVIMENTO DA 3ª ESTAÇÃO CIENTÍFICA DO ARQUIPÉLAGO SÃO PEDRO E SÃO PAULO
7 de maio de 2024
ASSINADO ACORDO PARA DESENVOLVIMENTO DA 3ª ESTAÇÃO CIENTÍFICA DO ARQUIPÉLAGO SÃO PEDRO E SÃO PAULO Explorando os Limites da Ciência e da Sustentabilidade: Um Novo Capítulo para o Arquipélago São Pedro e São Paulo. Nesta terça-feira (07), um marco significativo foi alcançado no âmbito da pesquisa científica e da conservação da biodiversidade. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), e com o apoio da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e da Marinha do Brasil, formalizaram um acordo de cooperação técnica (ACT) para o desenvolvimento e implantação da 3ª Estação Científica do Arquipélago São Pedro e São Paulo. A cerimônia de assinatura, realizada em Brasília, contou com a presença ilustre de autoridades e representantes de instituições de destaque. Entre os presentes estavam o Contra-Almirante Ricardo Jaques Ferreira, Secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM); Sra. Iara Vasco Diretora do ICMBio representando o Sr. Mauro Oliveira Pires, Presidente do ICMBio; Professor Doutor Eustáquio Vinicius Ribeiro de Castro, Reitor da UFES; Professora Doutora Cristina Engel de Alvarez, Pró Reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UFES, Professor Doutor Armando Biondo Filho, Superintendente da FEST e Patrícia Bourguignon Soares, Gerente de Projetos da FEST. Em um forte discurso, o Superintendente da FEST, Armando Biondo Filho, destacou a importância deste acordo para a ciência, para a preservação ambiental e para o avanço tecnológico. “Este projeto não é apenas a construção de uma estação científica, mas sim a materialização de um compromisso com a pesquisa, a inovação e a sustentabilidade. Estamos honrados em liderar este empreendimento e estamos confiantes de que ele terá um impacto duradouro em nosso meio ambiente e em nossas futuras gerações”, afirmou Armando. O Projeto de desenvolvimento e implantação da 3ª Estação Científica do Arquipélago São Pedro e São Paulo representa um passo significativo em direção à exploração e compreensão de uma das regiões mais singulares e desafiadoras do nosso país. Com a união de esforços entre instituições de renome, podemos antever um futuro de descobertas científicas, conservação ambiental e avanço tecnológico. CURIOSIDADES SOBRE O ARQUIPÉLAGO SÃO PEDRO E SÃO PAULO: Único conjunto de ilhas oceânicas brasileiras acima da linha do Equador. Localizado a 1.100 km do litoral do Rio Grande do Norte. Formação singular originada de uma rachadura na crosta terrestre. Marcado por desafios históricos e geológicos, incluindo a destruição de um farol por um tremor tectônico em 1933. Possui uma extensa Zona Econômica Exclusiva para exploração econômica de recursos vivos e não-vivos. Desde a era das caravelas até os dias atuais, o Arquipélago São Pedro e São Paulo é testemunha de uma história fascinante. Emergindo das profundezas do oceano há 10 mil anos, essas ilhas únicas, situadas acima da linha do Equador, foram batizadas após um evento marcante em 1511. Marinheiros naufragados foram resgatados pela caravela São Paulo, dando origem ao nome do arquipélago. Texto: Vanessa Pianca
FEST E ICMBIO UNEM ESFORÇOS EM NOVO PROJETO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
23 de abril de 2024
FEST E ICMBIO UNEM ESFORÇOS EM NOVO PROJETO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) em parceria estratégica com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançam um projeto inovador voltado para a preservação da biodiversidade brasileira. Intitulado “Estratégias para Conservação da Biodiversidade“, este projeto visa avaliar e implementar medidas para aprimorar diversas ferramentas essenciais para a conservação da fauna e flora do país. Sob a coordenação de Tatiani Elisa Chapla, do ICMBio, e Patrícia Bourguignon, da FEST, este projeto abrange uma série de objetivos, incluindo a avaliação do risco de extinção de espécies, a disponibilização de informações sobre a fauna brasileira para a sociedade e gestores, e a implementação de estratégias para o manejo de espécies exóticas invasoras. Além disso, o projeto visa aperfeiçoar a metodologia dos Planos de Ação Nacional (PAN) para a conservação de espécies ameaçadas, integrar informações do Plano de Redução de Impactos sobre a Biodiversidade (PRIM) em sistemas de gestão de Unidades de Conservação (UC) e promover a restauração ecológica de áreas degradadas. Com uma abordagem multidisciplinar e colaborativa, a FEST e o ICMBio estão comprometidos em desenvolver soluções inovadoras para enfrentar os desafios da conservação da biodiversidade no Brasil. Este projeto não apenas busca avaliar e estabelecer medidas, mas também implementá-las de forma eficaz, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações. Para mais informações sobre o projeto “Estratégias para Conservação da Biodiversidade” e outras iniciativas da Fundação Espírito-santense de Tecnologia, visite o site oficial. Projeto 1189 Vanessa Pianca
FEST E ICMBIO UNEM ESFORÇOS PARA FORTALECER A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL EM UNIDADES FEDERAIS
23 de abril de 2024
FEST E ICMBIO UNEM ESFORÇOS PARA FORTALECER A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL EM UNIDADES FEDERAIS Parceria visa promover gestão compartilhada e inclusão social através do Programa Bolsa Verde A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), embarca em um novo projeto de extrema importância nacional. Sob o título “Fortalecimento do Programa de Apoio à Conservação Ambiental nas Unidades de Conservação Federais: Gestão compartilhada e inclusão social e produtiva“, essa iniciativa visa não só promover a conservação dos ecossistemas, mas também incentivar a cidadania, melhorar as condições de vida e elevar a renda das populações envolvidas. Patrícia Bourguignon, Gerente de Projetos da FEST, destaca a relevância dessa parceria: “Estamos comprometidos em fortalecer a implementação do Programa Bolsa Verde nas unidades de conservação federais, buscando não apenas a proteção ambiental, mas também a inclusão social e produtiva das comunidades locais”. O projeto, executado pela FEST em parceria com o ICMBio, tem como objetivo geral o fortalecimento da implementação do Programa Bolsa Verde, buscando incentivar a conservação dos ecossistemas e promover a cidadania e a melhoria das condições de vida das populações em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para alcançar esses objetivos, foram estabelecidos diversos objetivos específicos, incluindo a identificação de famílias tradicionais em unidades de conservação de uso sustentável, melhoria da gestão de dados dessas famílias, instituição de instâncias de governança do Programa Bolsa Verde e implementação do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade em unidades contempladas com o programa. O fluxo de recursos para o projeto parte do Ministério do Meio Ambiente para o ICMBio e, finalmente, para a Fundação FEST. A coordenação está a cargo de Mara Nottingham, do ICMBio, e de Patrícia Bourguignon, da FEST. É importante ressaltar o papel fundamental das comunidades tradicionais na conservação dos ecossistemas, reconhecido internacionalmente e respaldado por diversos instrumentos legais no Brasil. No entanto, a gestão desses territórios enfrenta desafios complexos, como a desigualdade social e a precarização das instituições públicas. Nesse contexto, o Programa Bolsa Verde se destaca por sua abordagem inovadora, que combina transferência de renda com conservação ambiental, reconhecendo e remunerando as comunidades por seus serviços ambientais. Além disso, o projeto busca fortalecer a governança e a participação social, garantindo uma implementação adequada das políticas públicas. Com a implementação desse projeto, espera-se não apenas fortalecer a conservação ambiental, mas também promover o desenvolvimento socioeconômico das comunidades envolvidas, contribuindo para a construção de um futuro mais sustentável e inclusivo para todos. Texto: Vanessa Pianca Projeto 1156
PRESERVANDO AS RAÍZES: PROJETO NACIONAL RESGATA SABERES DOS POVOS DAS ÁGUAS NA BAÍA DO IGUAPE
19 de abril de 2024
PRESERVANDO AS RAÍZES: PROJETO NACIONAL RESGATA SABERES DOS POVOS DAS ÁGUAS NA BAÍA DO IGUAPE Parceria entre FEST e ICMBio busca elaboração participativa do Inventário de Referências Culturais para proteção dos modos de vida tradicionais. A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) unem esforços em um projeto voltado para a preservação dos saberes e práticas dos Povos das Águas da Baía do Iguape. Sob o título “Elaboração participativa do Inventário de Referências Culturais Saberes e Práticas dos Povos das Águas da Baía do Iguape” uma das área mais conservada da Baía de Todos os Santos, no Estado da Bahia, o projeto visa não apenas documentar, mas também fortalecer e proteger as tradições culturais dessas comunidades. O projeto, executado dentro da Plataforma Transferegov, é financiado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e conduzido em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A FEST assume o papel de executora do projeto, destacando-se pela responsabilidade primordial para o seu sucesso e conclusão. O objeto do convênio é a elaboração participativa do Inventário de Referências Culturais, junto aos povos e comunidades tradicionais beneficiários da Reserva Extrativista Marinha da Baía do Iguape. Este inventário, baseado no método desenvolvido e disponibilizado pelo IPHAN, tem por objetivo identificar, descrever e registrar as referências culturais dessas populações, incluindo detentores, o status das matérias-primas utilizadas, ameaças e potencialidades. Segundo Patrícia Bourguignon, coordenadora do projeto na FEST, “este trabalho é um marco na história de preservação cultural e ambiental da região”. Ela ressalta a importância de envolver as comunidades locais de forma participativa, garantindo a valorização dos modos de vida tradicionais e a conservação de suas tradições. O projeto busca alcançar diversos resultados, desde a elaboração de diagnósticos das referências culturais até a produção de materiais educativos e documentários temáticos sobre os saberes e práticas dos povos das águas da Baía do Iguape. Além disso, propõe a inclusão do inventário das referências culturais como anexo do Plano de Manejo da RESEX, fortalecendo a competência do ICMBio e do IPHAN na proteção desses patrimônios culturais. Com essa iniciativa, FEST e ICMBio reafirmam o compromisso com a preservação da diversidade cultural e ambiental do Brasil, promovendo o diálogo, a valorização das comunidades tradicionais e a construção de políticas patrimoniais que garantam a perpetuação dessas preciosas heranças para as futuras gerações. Projeto 1157 Texto: Vanessa Pianca
PROJETO FITORREMEDIAÇÃO: PARCERIA ENTRE FEST, UFES E PETROBRAS PARA GESTÃO AMBIENTAL
15 de abril de 2024
PROJETO FITORREMEDIAÇÃO: PARCERIA ENTRE FEST, UFES E PETROBRAS PARA GESTÃO AMBIENTAL A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em colaboração com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e a Petrobras, lideraram um projeto inovador de fitorremediação para lidar com a contaminação por metais pesados no norte do Espírito Santo. Coordenado pelo Prof. Dr. Fábio Pires, da UFES – Campus São Mateus, do departamento de Ciências Agrárias e Biológicas, o projeto visa oferecer uma solução ambientalmente amigável e economicamente viável para os desafios ambientais enfrentados pela região. A necessidade de intervenção surgiu devido a um incidente que resultou na possibilidade de contaminação ambiental dos recursos naturais locais. Especificamente, a presença de bário em ambiente alagado, altamente tóxico para humanos e animais, exigiu ações de remediação urgentes. A fitorremediação emergiu como uma alternativa promissora devido aos seus resultados comprovados em diferentes partes do mundo. O projeto envolveu a implementação, condução e avaliação de experimentos de fitorremediação, com o objetivo de absorver e imobilizar metais pesados no solo e nos efluentes. A equipe técnica multidisciplinar da UFES – Campus São Mateus liderou as atividades de pesquisa, com foco na identificação das espécies vegetais mais adequadas para a remediação da área e sua avaliação quanto à eficiência na descontaminação do solo. RESULTADOS DO PROJETO Segundo o professor Fábio Pires, após cinco anos de pesquisa, o projeto alcançou resultados significativos. Foram identificadas duas espécies vegetais, a Typha domingensis (taboa) e a Eleocharis acutangula (junco), com capacidade comprovada de reduzir os níveis de bário em ambientes alagados. Essas descobertas não apenas contribuem para a gestão ambiental da região, mas também abrem caminho para a replicação dessas práticas em áreas semelhantes de contaminação. Um dos diferenciais do projeto é a validação a campo dos resultados obtidos em condições controladas. Após avaliações preliminares em condições controladas, três experimentos de campo bem-sucedidos confirmaram a eficácia das técnicas de fitorremediação, refinando ainda mais as informações obtidas. Além disso, os principais resultados, provenientes de quatro dissertações de mestrado orientadas durante a condução do projeto, foram publicados em revistas de alto impacto, garantindo sua disseminação e reconhecimento pela comunidade científica internacional. O projeto não apenas cumpre condicionantes ambientais e promove a remediação da área afetada, mas também fortalece as parcerias entre instituições acadêmicas e empresas como a Petrobras. Além disso, abre novas oportunidades de pesquisa e envolvimento de alunos de pós-graduação e graduação em áreas relacionadas à agricultura tropical e à mitigação de danos ambientais. “A fitorremediação não é apenas uma técnica, mas sim um compromisso com a sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais. Ao trabalharmos em colaboração, exploramos o potencial das plantas para restaurar ecossistemas comprometidos, proporcionando não apenas benefícios ambientais, mas também oportunidades de pesquisa e desenvolvimento para as gerações futuras.” – Professor Fábio Pires. O compromisso da FEST, UFES e Petrobras com a sustentabilidade e a gestão ambiental responsável é evidenciado por iniciativas como o projeto de fitorremediação. Ao promover práticas de remediação eficazes e econômicas, o projeto contribui para a preservação dos recursos naturais essenciais para a vida no planeta, notadamente solo e água. Em um momento em que a proteção do meio ambiente é crucial, a área de fitorremediação se destaca como uma solução valiosa e replicável para desafios ambientais complexos. Texto: Vanessa Pianca Projeto 491
PROJETO DE INFRAESTRUTURA TECNOLÓGICA IMPULSIONA REFLORESTAMENTO DA MATA ATLÂNTICA NO ESPÍRITO SANTO
1 de abril de 2024
PROJETO DE INFRAESTRUTURA TECNOLÓGICA IMPULSIONA REFLORESTAMENTO DA MATA ATLÂNTICA NO ESPÍRITO SANTO A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) se une à Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) para impulsionar um projeto de grande relevância ambiental e social: a construção de infraestrutura tecnológica para produção de mudas destinadas ao reflorestamento da Mata Atlântica. Sob a liderança da Profa. Dra. Diolina Moura Silva, do Departamento de Ciências Biológicas do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), o projeto está vinculado ao Instituto Tecnológico da UFES (ITUFES) e visa fortalecer o Plano ABC+ do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) através da abordagem integrada da paisagem em propriedades rurais, com ênfase na implementação de infraestrutura tecnológica para produção de mudas das principais espécies nativas da região. A recuperação florestal é crucial não apenas para a conservação da biodiversidade, mas também para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover o desenvolvimento rural sustentável. A Mata Atlântica, um dos biomas mais biodiversos do mundo, enfrenta sérios desafios devido à degradação causada pela expansão agrícola e urbana. Com apenas 12,5% de sua cobertura original preservada, a urgência em restaurar e proteger esse ecossistema é evidente. O projeto liderado pela UFES tem como objetivo principal a implementação de infraestrutura tecnológica para a produção de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, visando subsidiar a recomposição florestal. A ampliação da área técnica de infraestrutura existente permitirá o escalonamento das ações de implementação dos viveiros, fortalecendo programas de pós-graduação como o PPGBV e o PPGBiotec. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA: Além da importância ambiental, o projeto busca promover o desenvolvimento agrícola sustentável, envolvendo as comunidades locais. A seleção das espécies a serem cultivadas leva em consideração não apenas seu papel na manutenção dos ecossistemas, mas também seu potencial econômico. Ações de capacitação serão oferecidas para formar multiplicadores em manejo sustentável, visando a compreensão e participação ativa das comunidades na restauração ecológica. A infraestrutura de produção de mudas, localizada no Campus da UFES em Goiabeiras, Vitória, será um importante centro para a promoção da sustentabilidade no agronegócio capixaba. Espera-se que o projeto não apenas contribua para a recuperação da Mata Atlântica, mas também gere impactos positivos em termos de emprego, renda e conscientização ambiental. O projeto de construção de infraestrutura tecnológica para produção de mudas destinadas ao reflorestamento da Mata Atlântica, liderado pela UFES em parceria com a FEST, representa um passo significativo em direção à promoção do desenvolvimento sustentável no Espírito Santo. Ao unir conhecimento científico, tecnológico e participação comunitária, essa iniciativa demonstra o compromisso das instituições envolvidas com a conservação ambiental e o bem-estar das gerações futuras. Projeto 975 Texto: Vanessa Pianca
PROJETO DA UFES COM APOIO DA FEST VISA FORTALECER RECOMPOSIÇÃO FLORESTAL NO TERRITÓRIO MEIO-NORTE CAPIXABA
1 de abril de 2024
PROJETO DA UFES COM APOIO DA FEST VISA FORTALECER RECOMPOSIÇÃO FLORESTAL NO TERRITÓRIO MEIO-NORTE CAPIXABA A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), em colaboração com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), está apoiando um projeto crucial para a região do Território Meio-Norte Capixaba. Sob o título “Estratégias de Avaliação da Qualidade de Sementes para Subsidiar a Recomposição Florestal”, o projeto está sendo conduzido pelo Instituto Tecnológico (ITUFES) da UFES, com o objetivo de estabelecer uma infraestrutura tecnológica para avaliação de sementes utilizadas na recomposição florestal. Essa iniciativa visa não apenas a redução dos passivos ambientais, mas também o fomento ao desenvolvimento rural sustentável da região. O projeto tem como principal objetivo a implementação de infraestrutura tecnológica para avaliação da qualidade e vigor de sementes empregadas na recomposição florestal. Sob a coordenação da renomada Professora Dra. Diolina Moura Silva, lotada no Departamento de Ciências Biológicas do Centro de Ciências Naturais e Humanas (CCHN) da UFES, e com o apoio da FEST, busca-se um avanço significativo na capacidade de produção e utilização de sementes para fins ambientais. O Território Meio-Norte Capixaba (TMNC), composto por 16 municípios, enfrenta desafios socioeconômicos significativos, com indicadores como o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) e a renda per capita abaixo da média estadual. Nesse cenário, a agricultura familiar desempenha um papel crucial na economia local, sendo a principal força produtiva na região. O projeto enfrenta desafios relacionados à degradação ambiental e à necessidade de melhorias na infraestrutura tecnológica disponível para os agricultores familiares. Estratégias inovadoras, como a implementação de sistemas agroflorestais e o uso de tecnologias para avaliação de sementes, são fundamentais para promover a recuperação de áreas degradadas e fortalecer a agricultura sustentável na região. Impacto e Perspectivas Futuras A expectativa é que a infraestrutura tecnológica proposta pelo projeto resulte em um aumento significativo na qualidade e quantidade de sementes disponíveis para a recomposição florestal. Além disso, espera-se que a capacitação dos agricultores e viveiristas locais leve a uma melhoria geral na eficiência e sustentabilidade das práticas agrícolas na região. O projeto “Estratégias de Avaliação da Qualidade de Sementes para Subsidiar a Recomposição Florestal” representa um passo importante em direção ao desenvolvimento sustentável do Território Meio-Norte Capixaba. Ao fortalecer a infraestrutura tecnológica e promover a capacitação dos atores locais, o projeto visa não apenas a recuperação ambiental, mas também o fortalecimento da economia regional por meio de práticas agrícolas sustentáveis. Projeto 976 Texto Vanessa Pianca
UFES E FEST SE UNEM PARA PROMOVER PROJETO DE EXTENSÃO EM PARCERIA COM O MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA (MST)
27 de março de 2024
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – UFES E FUNDAÇÃO ESPÍRITO-SANTENSE DE TECNOLOGIA- FEST SE UNEM PARA PROMOVER PROJETO DE EXTENSÃO EM PARCERIA COM O MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA (MST) O Programa de Extensão “Núcleo Universitário de Agroecologia e Reforma Agrária Popular (NUARA)” é uma iniciativa colaborativa entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a Fundação Espírito-santense de Tecnologia-FEST, com o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que visa a formação, educação e capacitação de jovens, homens e mulheres de áreas de reforma agrária do Espírito Santo. Coordenado pela Profa. Dra. Renata Couto Moreira, do Departamento de Economia/CCJE da UFES, o projeto tem como objetivo principal contribuir para a formação e capacitação de diversos segmentos da população, como homens e mulheres, jovens, idosos e públicos LGBTQIA+, ligados aos assentamentos de reforma agrária do estado, promovendo um processo de construção coletiva da formação social e pessoal por meio de atividades de extensão como encontros, cursos e práticas pedagógicas. “Estamos comprometidos em promover uma formação abrangente e inclusiva, que atenda às necessidades e realidades específicas dos indivíduos ligados aos assentamentos de reforma agrária. Acreditamos no poder transformador da educação e da capacitação para impulsionar o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida dessas comunidades.” Pontuou. Atualmente, o estado do Espírito Santo conta com 62 assentamentos que passaram pelo processo de reforma agrária, abrigando mais de 4.400 famílias que desempenham um papel fundamental na sociedade, seja por meio da educação, produção agrícola, cooperativismo, saúde popular ou participação ativa em seus espaços de atuação. O projeto busca reconhecer e fortalecer a importância social, econômica, cultural e política dos assentados, promovendo uma educação alinhada às realidades do campo e dos territórios aos quais estão vinculados. Além disso, visa ampliar a disseminação do conhecimento adquirido, incentivando a multiplicação dos processos formativos nas comunidades. A universidade pública desempenha um papel fundamental na produção e disseminação de conhecimento, e a extensão universitária é a ponte que possibilita a partilha desse conhecimento com o público externo à academia. Por meio de alianças positivas com organizações sociais e espaços coletivos da sociedade, é possível construir uma extensão pública com caráter popular, proporcionando diálogos enriquecedores e práticas transformadoras. Entre as atividades propostas pelo projeto, destacam-se: Curso Estadual de Mulheres, Agroecologia e Reforma Agrária Escola Básica de Formação em Agroecologia Escola Estadual de Formação em Agroecologia Semana de Arte e Cultura da Terra, envolvendo crianças, jovens, mulheres e homens ligados às escolas dos assentamentos e territórios da reforma agrária. Essas atividades visam garantir um processo de excelência, contribuindo para o fortalecimento e a valorização das comunidades rurais, bem como para a promoção de práticas sustentáveis e inclusivas no meio rural. Por meio dessa parceria entre UFES, FEST e MST, espera-se promover um impacto positivo e duradouro na vida dos indivíduos e comunidades envolvidas, consolidando a importância da educação e da capacitação como instrumentos de transformação social e desenvolvimento humano. Acesse o site da FEST para mais informações sobre o projeto e como participar das atividades propostas. Projeto 1119 Texto: Vanessa Pianca