FEST – Fundação Espírito-santense de Tecnologia

1124- Aberta as inscrições para 61 bolsas de pesquisa no projeto GEF terrestre

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia – FEST, em parceria com o Fundo Brasileiro para Biodiversidade – FUNBIO e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIO, estão com as inscrições abertas para 61 bolsas de pesquisa no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre). Essas bolsas visam apoiar a implementação de ações cruciais para a preservação e manejo de ecossistemas vitais. O projeto oferece oportunidades de pesquisa em centros e coordenações do ICMBio, com foco em diversas áreas, incluindo: Elaboração de protocolos de monitoramento da biodiversidade em Unidades de Conservação. Avaliação da efetividade das Unidades de Conservação na proteção de espécies ameaçadas. Elaboração e publicação de Planos de Ação Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PANs) territoriais. Implementação de PANs territoriais. Elaboração de sistemas e bancos de dados do ICMBio para integração. Avaliação do estado de conservação de espécies. As inscrições para estas bolsas de pesquisa estarão abertas até o dia 17 de dezembro. Este é um convite para pesquisadores comprometidos com a conservação ambiental e interessados em contribuir ativamente para a preservação da biodiversidade em diferentes ecossistemas do Brasil. “Acreditamos que essas bolsas de pesquisa representam uma oportunidade crucial para impulsionar ações concretas na preservação da biodiversidade em importantes regiões como a Caatinga, Pampa e Pantanal. Estamos ansiosos para receber propostas de pesquisa de alta qualidade e impacto positivo”, afirmou o Superintendente da FEST, Armando Biondo. Projeto 1124 Para mais informações sobre o edital e o processo de inscrição, os interessados podem acessar https://fest.org.br/editais/ SOBRE A FESt: A  FEST é uma instituição jurídica de Direito Privado, sem fins lucrativos, com atividades dirigidas ao ensino, à pesquisa e transferência de conhecimento, ao desenvolvimento institucional, tecnológico, proteção do meio ambiente e de apoio a Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, ao Fundo Brasileiro para Biodiversidade – FUNBIO e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIO. A instituição acumula anos de experiência e atuação no Estado, sendo criada em 1998, visando gerenciar e apoiar a execução de programas e projetos em ciência, tecnologia e inovação e de negócios, em parceria com entidades públicas e privadas.

1134- Uruçu Capixaba: Salvaguardando a Abelha do Espírito Santo

O projeto “Uruçu Capixaba: uma estratégia multidisciplinar para conservar a abelha do Espírito Santo” é uma iniciativa crucial para preservar a Melipona capixaba, uma espécie de abelha sem ferrão ameaçada de extinção no estado. Ao longo de 36 meses, a Fundação Espírito-santense de Tecnologia – FEST, em parceria com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO promoverá diversas ações, desde o mapeamento da distribuição da espécie até a avaliação dos impactos ambientais e a criação de programas de reintrodução em áreas específicas. O projeto visa reavaliar a distribuição da espécie no Espírito Santo, revisar coleções científicas, avaliar os efeitos de poluentes sobre a biologia das abelhas e seus produtos, analisar a estrutura genética das populações, criar um programa de reintrodução e desenvolver ações de educação ambiental. Segundo o Coordenador do projeto, o Professor Gustavo Martins é de conhecimento de todos o quão dependemos das abelhas para o cultivo de plantas pelo serviço essencial prestado por elas: a polinização. “Sem contar a produção de mel  e própolis. Esse projeto multidisciplinar envolve a Universidade Federal de Viçosa (UFV, MG) e várias instituições de ensino, pesquisa e extensão do Espírito Santo. A abelha em questão é uma espécie com distribuição geográfica muito restrita, ocorrendo apenas na nas regiões de montanhas, e corre risco de extinção.” Pontuou Para atingir esses objetivos, estão previstas expedições de coleta em todo o estado, análises das características ambientais, avaliação dos efeitos dos poluentes da barragem sobre a espécie, estudo da microbiota das abelhas, impacto dos poluentes na obtenção de recursos florais e identificação de possíveis competidores ou hibridações prejudiciais à Melipona capixaba. “O projeto contará com um time grande de pesquisadores, estudantes e técnicos para  fazer um diagnóstico atual da espécie, considerando os fatores estressores pelos quais ela passa. Além disso, com as ações propostas de educação ambiental, mitigaremos os problemas advindos das atividades humanas na região, com o intuito de preservá-la. As expectativas são ótimas, no âmbito acadêmico e aplicado”. Finalizou Gustavo. Essa iniciativa é crucial não apenas para preservar a espécie em si, mas também para entender os impactos ambientais, orientar ações de conservação e educação ambiental e criar estratégias para proteger não apenas a abelha, mas todo o ecossistema que depende dela para a polinização. Com isso, o projeto não apenas visa a preservação da Melipona capixaba, mas também o equilíbrio ecológico das áreas onde ela habita, promovendo a conscientização e ações práticas para a conservação da biodiversidade no Espírito Santo.   Texto: Vanessa Pianca Projeto 1134

1125- FEST lança projeto ENEC para restauração de Manguezais Na Região Norte Capixaba

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) em parceria com a FUNBio e a Universidade Federal do Espírito Santo anunciam o lançamento do novo projeto “Manutenção do Estoque Natural: Experiências Compartilhadas com a Comunidade Extrativista (ENEC)”, visando promover a recuperação dos manguezais no sistema estuarino dos rios Piraquê-Açú e Mirim, de forma comunitária e participativa entre os diversos atores sociais dependentes desse ecossistema. O projeto será desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Aracruz, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Municipal Piraquê Açú e Piraquê Mirim. Durante anos, a região Norte Capixaba foi negligenciada em termos de políticas públicas para o desenvolvimento local, limitando-se à exploração de recursos naturais como petróleo, rochas ornamentais e silvicultura para a indústria de celulose. Essa dinâmica resultou em conflitos sociais, marginalização de comunidades tradicionais e povos indígenas, além da perda de capital natural. Serão restaurados 200 hectares de área degradada desde 2015 pela equipe multidisciplinar que conta com docentes da UFES dos cursos de Ciências Biológicas do CEUNES e de Oceanografia, além de contemplar os cursos de pós-graduação em Oceanografia Ambiental, Biologia Vegetal e Agricultura Tropical. A coordenadora do projeto, Professora Mônica Maria Pereira Tognella, do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas (DCAB) do CEUNES , destaca: “O projeto vai recuperar área degradada desde 2015 com extensão de 700 ha e estudar os dados de vazão de água doce da bacia em questão. Permitirá o compartilhamento de ações de restauração ambiental com a comunidade tradicional local visando o estabelecimento de técnicas de replantio e cuidado com a saúde do ambiente de fácil replicação para outros manguezais degradados, tornando-os promotores destas iniciativas.” “Dentro das nossas expectativas, além da restauração ambiental e renovação dos bens e serviços ambientais, está também a possibilidade do projeto viabilizar o uso sustentável deste manguezal para o ecoturismo, proporcionando à comunidade tradicional outra fonte de renda. Durante o projeto serão elaborados painéis informativos sobre a reserva e construção de passarelas para os estudos do meio pelas escolas e passeios integrados, trazendo benefício econômico para o turismo local”, acrescenta a coordenadora. A área de Aracruz é de vital importância para a conectividade com o banco de Abrolhos, destacando-se pela escassez de manguezais no litoral brasileiro. O projeto ENEC representa um passo fundamental para a revitalização dos manguezais na região, garantindo a manutenção dos ecossistemas, a preservação da biodiversidade e o bem-estar das comunidades locais. Projeto 1125 Texto: Vanessa Pianca

947 – PROJETO REDES DE CIDADANIA: mobilização social para acesso aos direitos e oportunidades de pescadores artesanais!

Desde 2018 o Laboratório de Educação Ambiental -LabEA/UFES, desenvolve o projeto de extensão Comunidade Participativa ao promover a mobilização e organização social em comunidades tradicionais do norte do Espírito Santo. Em 2022 o LabEA/UFES, por meio da Fundação Espírito Santense de Tecnologia (FEST), firmou convênio com a empresa Petróleo Brasileiro S.A (Petrobras) para desenvolver o projeto de educação ambiental Redes de Cidadania – Fase 2 (PEA RdC), no qual foi incorporado às atividades do projeto Comunidade Participativa. O PEA RdC constitui uma condicionante ambiental definida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), para o fornecimento de licença para as atividades sísmicas da Petrobras na bacia do Espírito Santo. A iniciativa é uma forma de reduzir os impactos produzidos pela empresa sobre a atividade da pesca artesanal. O projeto conta com uma equipe especializada, coordenada pelo professor Dr. Marcos Teixeira e é composta por técnicos e bolsistas de diferentes áreas. A atuação do projeto envolve ações de mobilização comunitária, organização social, ofertas de cursos e outras atividades aos pescadores e marisqueiras, com o objetivo de fomentar o acesso aos direitos e oportunidades dessa população. Deseja saber mais sobre os projetos que a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) apoia? Então confira esse conteúdo produzido por nós, do Blog da FEST, em parceria com nossos especialistas. Boa leitura! Veja também: PMAP-ES: conheça o projeto e sua importância para o setor de pesca Conheça a história do projeto Comunidade Participativa! De 2018 a 2020, o projeto Comunidade Participativa conta com o patrocínio do programa Petrobras Socioambiental e, tem como objetivo promover a formação de novas lideranças em 6 comunidades tradicionais entre quilombolas e pescadores artesanais, nos municípios de Conceição da Barra, São Mateus e Jaguaré. A partir dessas ações, o projeto foi indicado ao primeiro lugar do prêmio de Mérito Extensionista Maria Filina, da Pró-reitoria de extensão da Universidades Federal do Espírito Santo (Ufes). Nesse sentido, um dos principais produtos dessa fase do projeto foi a publicação do livro “Uma paisagem, um ambiente, um lugar, um território cultural: a Planície Costeira do Rio Doce na perspectiva da Educação Crítica”. A partir de 2021, por meio de um convênio entre a FEST, UFES e Petrobras, o projeto Comunidade Participativa passou a abrigar o PEA RdC – Fase 2, com duração prevista até outubro de 2025. Com isso, as ações de educação ambiental, mobilização comunitária, organização social, e oferta de cursos de qualificação foram expandidas para 18 comunidades tradicionais do litoral do Espírito Santo, localizadas em 7 municípios: Vila Velha, Vitória, Serra, Aracruz, Linhares, São Mateus e Conceição da Barra. Conheça os benefícios do Projeto para a população local!   Uma das estratégias de ação do PEA RdC é o envolvimento dos pescadores, pescadoras e marisqueiras na identificação dos problemas socioambientais e na tomada de decisão sobre as estratégias de enfrentamento desses problemas. Contudo, as principais atividades do ano de 2023 têm sido a realização do diagnóstico socioambiental participativo. Para isso, os moradores são mobilizados para integrarem as reuniões comunitárias, onde são identificadas as principais demandas, potencialidades e pontos de melhoria das comunidades. A partir do diagnóstico, a equipe do PEA RdC e os grupos organizados por comunidade elaboram um plano de ação que visa o acesso aos direitos e oportunidades geradas pelas ações compensatórias da pesca artesanal e de outros arranjos produtivos atuantes em seus territórios. Acompanhe a FEST Conheça nossa agenda completa de cursos e acompanhe nossas redes sociais para ter acesso às nossas novidades em primeira mão! Projeto 947 Texto Agência Tipz Conheça o LinkedIn da FEST Confira o Instagram da FEST

887 – Monitoramento e Caracterização Socioeconômica da Atividade Pesqueira no Rio Doce e no Litoral do Espírito Santo

O projeto denominado “Monitoramento e caracterização socioeconômica da atividade pesqueira do Rio Doce e litoral do Espírito Santo”, é desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Pesca e Aquicultura (LabPesca), do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), no campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em São Mateus. O trabalho de monitoramento da pesca e a caracterização socioeconômica dos pescadores objetiva organizar e disponibilizar informações essenciais para o desenvolvimento das atividades pesqueiras, extrativistas e aquícolas na região. Por meio do mapeamento, o projeto pretende identificar os recursos naturais disponíveis para a pesca, as modalidades e apetrechos utilizados, além de traçar o perfil social e econômico dos pescadores da região na bacia do Rio Doce e litoral, que há seis anos sofreu os efeitos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. Projeto 887 Texto Agência Agora ES …

882/862 – Projeto Harpia – Núcleo Mata Atlântica

O Projeto Harpia, através do seu núcleo na Mata Atlântica, coordenado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), realiza ações para o monitoramento de indivíduos e ninhos de Harpia na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Estação Veracel e Parque Nacional Parna do Pau-Brasil. As ações buscam monitorar os ninhos e o comportamento de indivíduos de harpia nas áreas protegidas, realizar buscas por novos ninhos de Harpia nas áreas protegidas e entorno, e identificar geneticamente os indivíduos de Harpia e o parentesco entre eles, utilizando como fonte de DNA amostras de penas caídas. Os resultados das ações melhorarão o entendimento sobre a ocorrência, número de indivíduos, área de uso, grau de parentesco, dieta e reprodução das harpias nas áreas protegidas. Este conhecimento poderá ser aplicado na conservação dessa espécie na Mata Atlântica. O desenvolvimento dessa proposta proporcionará uma melhor convivência entre as pessoas e as Harpias nas áreas protegidas privadas e públicas do sul da Bahia O Projeto Harpia monitora cerca de 60 ninhos de gavião-real na Amazônia, no Cerrado, no Pantanal e na Mata Atlântica – no Espírito Santo e no sul da Bahia, com quatro ninhos nas reservas Vale e Biológica de Sooretama. Projeto 882 e 862 …

858/1059 – Monitoramento de Harpia Harpyja Na Reserva Natural Vale E Reserva Biológica de Sooretama

O projeto tem como objetivo realizar ações para o monitoramento de indivíduos e ninhos de Harpia haryja na Reserva Natural Vale (RNV) e Reserva Biológica (Rebio) de Sooretama, localizadas na região Norte do Espírito Santo e desenvolver a educação ambiental com as pessoas das comunidades entorno e visitantes das reservas, utilizando como tema a Harpia, e desenvolver o turismo de observação de ninhos da ave da Reserva Natural da Vale. O projeto Harpia existe há 20 anos no Brasil, onde tem monitorado as Harpias no país. O projeto foi iniciado em 1997, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, após a descoberta do primeiro ninho de Harpia em uma floresta de terra firme, região próxima de Manaus. Atualmente, o projeto cerca de 60 ninhos de gavião-real na Amazônia, no Cerrado, no Pantanal e na Mata Atlântica – no Espírito Santo e no sul da Bahia, com ninhos nas reservas Vale e Biológica de Sooretama. Projeto 858/1059 …  

956 – Internalização de nano partículas metálicas presentes no material particulado atmosférico em células

O projeto está vinculado ao Departamento de Ciências Biológicas Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCNH) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e tem como objeto quantificar e traçar a rota das nanopartículas oriundas do material particulado atmosférico sedimentável em compartimentos subcelulares –  desde a sua entrada até a compartimentalização em alga, in vitro –   e avaliar as respostas celulares. Considerando que a atividade siderúrgica presente em Vitória promove uma importante produção de material particulado atmosférico (MPA) de composição complexa em tipos, quantidades e aspectos físicos de seus componentes e que a presença indiscriminada de contaminantes e de possíveis consequências adversas, principalmente ao ambiente aquático, o fitoplâncton pode ser considerado um potente instrumento para a avaliação do risco ecológico de metais livres e nanopartículas (NPs) metálicas presentes em MPA e/ou de seus níveis de segurança no ecossistema aquático.  Para a avaliação desses efeitos, o fitoplâncton é considerado o mais adequado para a investigação por compor o potencial alvo direto do extrato mais básico da cadeia trófica, sendo responsável pela possível bioacumulação e posterior biomagnificação. Esses organismos são sensíveis às mudanças no seu ambiente e as respostas biológicas podem ser alteradas mesmo em níveis baixos de contaminação. O projeto de pesquisa dará continuidade aos estudos já efetuados com a biota estuarina em uma região de intensa atividade siderúrgica (região de Vitória, Espírito Santo), e frente aos resultados já obtidos, o presente projeto, de maneira inovadora, pretende elucidar questões associadas à contaminação aquática por MPA sedimentável, uma vez que, até o presente momento, a identificação/quantificação de contaminantes emergentes presentes nas MPA nunca foram consideradas nos estudos do ecossistema. Resultados esperados Os principais resultados esperados com a implantação do projeto  é a formação de profissionais qualificados e a produção de trabalhos científicos em relação ao acúmulo e distribuição dos contaminantes emergentes e não emergentes em compartimentos celulares do fitoplâncton e a identificação do estado de oxidação e estrutura cristalográfica desses contaminantes. Projeto 956 Texto: Agência Agora ES

Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática da área ambiental I – porção capixaba do rio Doce e região marinha e costeira adjacente

O Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática – Área Ambiental I Porção Capixaba do Rio Doce e Região Costeira e Marinha Adjacente (PMBA)  – é executado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) por meio da Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (Fest) e tem o objetivo de apoiar as ações reparatórias de interesse público relacionadas aos impactos causados pelo rompimento da barragem de Fundão na biodiversidade aquática. O mapa de atuação do PMBA compreende ambientes continentais (rios, estuários, lagos) e marinhos (praias, costa e mar), contemplando a porção capixaba da bacia hidrográfica do rio Doce e faixa marítima de Guarapari (ES) até Abrolhos (BA). O programa tem o objetivo de identificar os impactos agudo e crônico sobre as espécies e a cadeia alimentar, além de avaliar o habitat de fundo marinho, a qualidade da água e a ecotoxicidade, ou seja, o potencial tóxico de contaminação por metais nos organismos vivos e físico-químicos (sedimentos, água, temperatura, luz, etc). Para realização do monitoramento, estão envolvidos cerca de 500 profissionais, entre eles colaboradores, pesquisadores e acadêmicos. Além disso, é priorizada a contratação de mão de obra local, como pescadores e catadores de caranguejo. São utilizados na pesquisa drones, aeronaves e embarcações de pequeno, médio e grande portes, além de sensores de diversos tipos, imagens de satélites e boias automatizadas, equipadas com instrumentos específicos para esse tipo de estudo. O PMBA é dividido em três ambientes (Dulcícola, Costeiro e Marinho) e 34 áreas temáticas. Cada uma delas realiza expedições de coletas e estudos específicos voltados ao seu campo de atuação. São elas: Ambiente Dulcícola: Modelagem hidrológica A Modelagem Hidrológica possibilita conhecer melhor as condições de chuva, vazão e sedimentos das áreas monitoradas pelo PMBA. O estudo fornece informações sobre as características abióticas dos pontos onde acontecem as coletas de amostras para posterior análise, necessárias para a complementação da avaliação dos impactos do rejeito. O método utilizado é de fundamental importância para a verificação do balanço hídrico da bacia do rio Doce, que permite conhecer a quantidade de água aportada na foz do rio, ambiente estuarino-marinho localizado em Regência, Linhares (ES). Além de permitir conhecer os dados climáticos da bacia do Doce, tais como velocidade do vento, umidade relativa do ar, precipitação pluviométrica e incidência de radiação solar, com a modelagem hidrológica é possível saber, também, o percentual de água que vem das diversas regiões existentes na bacia, ou seja, dos principais afluentes do rio Doce. A partir de 2022, foi incorporada ao monitoramento a modelagem de sedimentos, facilitando o reconhecimento da locomoção do rejeito na bacia. Avaliação de uso e ocupação do solo da bacia x qualidade da água Esta área temática é responsável pela caracterização e análise das inter-relações envolvendo ações na bacia hidrográfica do rio Doce e os aspectos que envolvem a quantidade e qualidade da água e a biodiversidade aquática. Para isso, a equipe acompanha as ações de compensação e recuperação ambiental desenvolvidas pela Fundação Renova, propondo medidas de controle e melhorias e buscando maximizar os impactos positivos e minimizar os impactos negativos. O levantamento e análise dessas informações, bem como sua espacialização sobre território delimitado pela bacia do rio Doce, subsidiam mais elementos para qualificar as análises de dados. A partir da investigação feita por meio da modelagem e otimização, é possível compreender os efeitos dessas ações na quantidade e qualidade da água, na biodiversidade e também nos fluxos de água, no sedimento e nos nutrientes. Hidrologia e Transporte de Sedimentos A área temática Hidrologia e Transporte de Sedimentos realiza o monitoramento dos aportes de águas (vazões) e de descargas de sedimentos no rio Doce. Também são avaliadas concentrações de sedimentos e os tamanhos dos grãos (granulometria) dos sedimentos no leito e suspensos na água. Os dados monitorados permitem estabelecer uma relação entre altura do nível da água do rio e sua vazão, para que possam ser calculados os aportes de água e, posteriormente, de sedimentos. Além dos fluxos de sedimentos, também são feitas estimativas de fluxos de nutrientes e de metais no rio Doce com o objetivo de subsidiar outras áreas temáticas do PMBA, auxiliando na interpretação conjunta dos resultados, principalmente, no que diz respeito à contribuição continental sobre a qualidade da água na região costeira adjacente à foz do rio Doce. O excesso de sedimentos nos corpos d’água pode alterar suas características físico-químicas, reduzir a camada onde ocorre a penetração da luz, causar assoreamento, alterar processos químicos naturais e liberar poluentes agregados às partículas dos materiais sedimentares (nutrientes e metais pesados, por exemplo). Além disso, podem prejudicar muitos organismos aquáticos por causa do soterramento e entupimento de suas estruturas respiratórias (brânquias) por dificultar a coleta (seres filtradores) e a busca visual por alimento. As alterações nos fluxos de nutrientes e de metais no ambiente aquático podem impactar a dinâmica das comunidades biológicas, prejudicando todo o ecossistema. É durante os períodos chuvosos, vazões mais altas, que ocorre maior aporte e transporte de sedimentos nos cursos d’água, alterando processos ecológicos com aumento de turbidez ou ressuspensão de contaminantes depositados no leito e margens do rio. Limnologia Os estudos limnológicos têm como objetivo avaliar as condições ecológicas dos ecossistemas aquáticos dos rios, lagos e lagoas com ênfase em aspectos físicos, químicos e hidrobiológicos. Para isso, são coletadas amostras de água e sedimento nos ecossistemas aquáticos da região do baixo rio Doce, localizada no estado do Espírito Santo, em até 45 metros de profundidade como no caso do Lago Palmas, em Linhares. São analisados parâmetros físicos (temperatura, turbidez, material particulado em suspensão), físico-químicos (pH, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica e potencial Redox), hidroquímicos (salinidade, nitrogênio, fósforo e silício) e hidrobiológicos (clorofila-a). É estudada a composição do sedimento dos rios e lagos através de análises de granulometria (cascalho, areia e lama), densidade e concentrações de matéria orgânica e diferentes formas de fósforo. Minerologia O estudo mineralógico no rico Doce, lagos e lagoas busca fornecer subsídios para melhor compreender a dinâmica físico-química e biogeoquímica desses ecossistemas aquáticos. Através da identificação e estimativa quantitativa da composição mineralógica dos sedimentos e dos materiais particulados em suspensão na … Ler mais