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1211 – Projeto Seascape Wind realiza primeira campanha de campo para estudo pioneiro sobre energia eólica offshore no Brasil

O projeto “Estudo da Paisagem Marinha em Parques Eólicos Offshore (Seascape Wind) – Fase I” avança com a conclusão de sua primeira campanha de campo, realizada entre os dias 5 de março e 2 de abril de 2025. Esse projeto que é pioneiro no Brasil,  é coordenada pelo Prof. Dr. Alex Cardoso Bastos do Laboratório de Geociências Marinhas (LaboGeo) do Centro de Ciência Humanas e Naturais (CCHN) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com laboratórios da Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de Brasília (UnB) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Financiado pela Petrobras no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da ANEEL, o Seascape Wind é um projeto inédito no Brasil, voltado à aplicação de novas metodologias e técnicas de análise ambiental e de risco geológico para o planejamento e implantação de Parques Eólicos Offshore (PEOs).

 Objetivo e relevância

O principal objetivo do projeto é desenvolver metodologias inovadoras para avaliar, de forma integrada, as características físicas, ecológicas e ambientais da paisagem marinha. Esses estudos visam subsidiar o planejamento de empreendimentos de energia eólica offshore no Brasil, uma alternativa de baixa emissão de gases de efeito estufa alinhada à transição energética global.

Com o aumento da demanda por licenciamento ambiental de empreendimentos ao longo da costa brasileira, torna-se fundamental realizar análises criteriosas de riscos ambientais, sociais e geotécnicos, garantindo que a instalação e a operação desses parques ocorram de forma segura e sustentável.

 Área de estudo

A área investigada está localizada na porção norte da Bacia de Campos, entre o Cabo de São Tomé (RJ) e o município de Guarapari (ES), abrangendo parte da plataforma continental brasileira.

A primeira campanha de campo foi dividida em duas etapas:

  1. Aquisição de dados acústicos do fundo e subfundo marinho, com uso de tecnologias como batimetria multifeixe, backscatter multiespectral e water column, perfilador de subfundo Chirp Meridata, sonar de varredura lateral e sísmica multicanal.
  2. Coleta de sedimentos e imagens subaquáticas, utilizando amostrador Van Veen e drop câmeras, para análises sedimentológicas, geoquímicas e da comunidade bentônica.

 Próximas etapas

O conjunto de dados coletados será agora processado e analisado pelas equipes envolvidas. Os resultados obtidos irão subsidiar a engenharia básica dos empreendimentos, além de contribuir para a prevenção, monitoramento, controle e mitigação de impactos ambientais associados à energia eólica offshore.

Segundo os pesquisadores, o Seascape Wind representa um passo fundamental para consolidar a pesquisa aplicada à transição energética no Brasil, fortalecendo a adoção de fontes renováveis de forma ambientalmente responsável.

 

Texto: Vanessa Pianca

Projeto 1211

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