Fundação Espírito-santanse de Tecnologia

TELEFONE:
(27)3345-7555

E-MAIL:
superintendencia@fest.org.br

IARA, que é um carro que anda sozinho, é considerado projeto pioneiro no país. A iniciativa já ganhou repercussão nacional e fez viagem de 74 km entre Vitória e Guarapari

 

O carro que anda sozinho, que já viajou mais de 70 km entre Vitória e Guarapari e que já ganhou repercussão nacional, também já teve a mesma tecnologia utilizada em avião. É a IARA, nome escolhido por ser feminino e por representar o Brasil, desenvolvido pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A sigla passou a significar Intelligent Autonomous Robotic Automibile e segue, agora, um passo importante: desenvolver na IARA a Memória Episódica de Longo Prazo, que seria o veículo “lembrar” que fez uma determinada tarefa e tirar proveito dessa lembrança para a realização de novas tarefas.

Um dos idealizadores do projeto, o professor da Ufes Alberto Ferreira de Souza, destaca que a equipe está avançando nesse propósito. “Estamos avançando no que chamamos, hoje, de Memória Episódica de Longo Prazo, que é algo que fazemos cotidianamente, mas que ainda é um tema em aberto na ciência em como implementar”, disse. Essa será mais uma conquista da IARA, que já tem uma história e tanto desde 2009, quando o projeto surgiu no Laboratório de Alto Desempenho da universidade.

O grupo que estuda a iniciativa, formado também pelos professores Claudina Bader e Thiago Oliveira Santos, tem como objetivo, a longo prazo, entender cada vez mais como funciona o cérebro humano e caminhar na direção do que chamam de um cérebro artificial. “Seria um engenho matemático computacional que possa ser usado nas mais diversas aplicações, como na indústria, em casa e na gerência de cidades, por exemplo”, disse professor Alberto.

A curto prazo, dois objetivos já foram alcançados, que era, em 2014, a IARA dar uma volta na Ufes, sem nenhuma interferência, retornando ao mesmo local de partida, e a viagem de 74 km da capital a Guarapari. “A IARA saiu do Campus da Ufes, passou pela Reta da Penha, cruzou a Terceira Ponte, chegando em Guarapari, onde parou no local que havíamos programado. Foram poucas intervenções”, lembrou o professor.

Além destes testes, um dos desdobramentos mais importantes foi ter a tecnologia aplicada na IARA a um avião de passageiros, durante o taxiamento dentro de um aeroporto. “Por meio de uma parceria do projeto com a Embraer, em 2019, pela primeira vez no mundo, o deslocamento de uma aeronave de passageiros em solo foi feito de forma autônoma. E foi muito importante porque a aviação no futuro vai usar muito a autonomia no solo, como já usa no ar”, enfatizou Alberto.

O profissional enfatiza que um dos principais benefícios que pode ser gerado por meio de um carro autônomo é a segurança. “Cerca de 94% dos acidentes são ocasionados por falha humana e desatenção, principalmente. Como o veículo é controlado por um computador, medidas foram feitas no exterior que constatam que o carro autônomo reduz as chances de acidentes, que são muitos.”

Mesmo que algumas instituições em outros estados do País tenham iniciativas semelhantes, a IARA é considerada pioneira no Brasil por conseguir demonstrar em diferentes ações um veículo autônomo seguir um trajeto entre diferentes cidades, com poucas intervenções. “Chegar a um nível tão desenvolvido nos coloca em uma posição pioneira. Claro que é importante reconhecer que há outros colegas fazendo ações bem interessantes também no País”, lembrou Alberto.

O projeto é conduzido pelos professores da Ufes Alberto Ferreira de Souza, Claudina Bader e Thiago Oliveira Santos, todos do Departamento de Informática da universidade, e membros do Programa de Pós-Graduação, que conta com doutorado da computação e mestrado em Informática.

Participam também alunos, sendo cinco alunos de doutorado, 10 de mestrado e vários alunos de graduação. Há também parcerias, inclusive, de algumas startups de ex-alunos, como a Motora Technologies e a Lume Robotics, que colaboram com a pesquisa.

Também são parceiros: a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest); a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES (Fapes).

Fonte: www.agoraes.com.br

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo